Há exatamente quatro anos (neste 15 de junho de 2016) ocorria em Marina Kue, Curuguaty, no Paraguai, um massacre que resultou na morte de 17 pessoas, 11 camponeses e seis policiais.
As terras públicas ocupadas pelos sem-terra “foram griladas pela família de Blas Riquelme, ex-presidente do Partido Colorado — o mesmo do ditador Alfredo Stroessner, que governou o país com mão de ferro durante 35 anos, entre 1954 e 1989 — e o promotor do caso é Jalil Rachid, filho de Blader Rachid, também ex-presidente do Partido Colorado”.
Da ação que resultou no massacre participaram 324 policiais com treinamento especializado, muitos treinados por militares norte-americanos e por técnicos da CIA, contra
60 camponeses, muitos deles mulheres, crianças e idosos.
Esse acontecimento foi usado pela direita para fazer através da imprensa uma campanha destruidora a fim de derrubar o governo nacionalista burguês de Fernando Lugo, através de um impeachment que foi aprovado no Parlamento sete dias depois.massacre curuguaty
Foi um golpe relâmpago. A ausência de resistência do governo que poderia ter contato até mesmo com o apoio de setores de dentro das Forças Armadas contribuiu para o sucesso do golpe.
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