Na vida tudo se repete, mas nada é igual: a afirmação de Peter Rossi em um de seus textos traduz seu olhar de cronista. Ele se recusa a ver o cotidiano de forma apressada, porque
sabe que cada dia, cada pessoa e cada cena que presencia são únicos, assim como é único cada pedaço de memória que resgata. A bicicleta da infância, o par de meias na gaveta, uma
sessão de cinema ou o encontro inusitado com um elefante de circo, tudo merece seu olhar atento e é dele que nascem estes textos – líricos, nostálgicos e bem-humorados. Mais que
um livro de crônicas, “Desenhos do Tempo” é o diário de bordo de alguém que viaja pela vida sem medo de se deixar surpreender e, acima de tudo, de se emocionar.
Crônicas