O livro conta a trajetória de três irmãos que se tornaram mendigos, numa história que remonta ao fim dos anos 1800 e culmina com a angústia tecnológica dos anos 2000. No casebre onde estabelecem seu reduto de delírio, os irmãos estão presos ao labirinto do capital e a si próprios. Fragmentos de memória, vozes dissonantes e questionamentos de uma mulher de quarenta anos permeiam a narrativa, descortinando a fragilidade das convenções sociais e os limites da sanidade. Desnorteio, ao contrário do que o título sugere, nos insere em meio à vertigem da psique, para criar uma visão de mundo entranhada no real.