De maneira clara e focada, Vera Malaguti ilumina a questão do envolvimento da juventude pobre e o tráfico de drogas. A autora expõe as diferenças entre repressão ao jovem de classe média e ao jovem menos favorecido, afirma que a destruição das estruturas previdenciárias só tende a incrementar o já tão congestionado Estado penal. Deixa claro que a droga é utilizada como conforto para os jovens excluídos da sociedade neoliberal, e a necessidade de manter este vício aliada à já existente criminalização garante a introdução desse jovem no mundo do crime.
Faz referência aos projetos de descriminalização dos usuários, que transferem toda a responsabilidade para os traficantes, o que segundo ela apenas deixa mais enfatizada a criminalização (ela faz uso do conceito "demonização") das principais vítimas das injustas regras da sociedade globalizada: "a juventude pobre de nossas cidades".
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