A filosofia de Hegel funcionou como a mediação fundamental desse diálogo. Entretanto, a fenomenologia de Hursserl, a filosofia existencial de Heidegger e a filosofia de Sartre e Meleau-Ponty ocuparam um lugar importante nesse diálogo com a psicanálise. A dimensão metafísica da psicanálise se esboça com traço bem delineados para Hyppolite, que sublinha no que existe de mais fundamental no discurso freudiano uma “inquietação filosófica fundamental de Freud, que se dissimula atrás de uma ‘técnica terapêutica’. Por isso mesmo, é preciso repensar o que significa a ideia de ‘cura’ pela psicanálise e se deve indagar se esta é uma modalidade de terapêutica”, pois na perspectiva freudiana a problemática da “cura” assume uma dimensão metafísica, já que implica no acesso do sujeito à verdade de sua história e de seu desejo. Enfim, a questão da “cura” pela psicanálise desemboca na problemática da verdade que é a questão filosófica por excelência.
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