Himmlers Hirn heiBt Heydrich: "o cérebro de Himmler se chama Heydrich". Laurent Binet, um apaixonado por Praga e pela história da resistência antinazista, escreve o eletrizante romance HHhH, em que ficção e realidade se confundem, colocando em evidência a natureza fugidia e multifacetada da verdade histórica. Até 1941, Jan Kubis e Jozef Gabcík não passavam de obscuros sargentos do Exército tchecoslovaco. No entanto, na primavera daquele ano — que marcaria o auge da expansão do império hitlerista —, o governo tchecoslovaco no exílio decide partir para o contra-ataque. As brutalidades cometidas contra a população tcheca seriam vingadas numa ação espetacular, cujo alvo era Reinhard Heydrich. Após uma rigorosa triagem, Gabcík e Kubis são os militares incumbidos dessa missão heroica, na prática uma empreitada suicida:
Dois pára-quedistas tchecoslovacos enviados de Londres são encarregados de assassinar Reinhard Heydrich, chefe da Gestapo, chefe do serviço secreto nazista, planejador da solução final, protetor da Boêmia-Morávia, apelidado de "o carrasco", "a besta loira", " o homem mais perigoso do Terceiro Reich". Após meses de preparação, ele finalmente leva um tiro em seu Mercedes. Segue-se uma perseguição louca que termina numa igreja no centro de Praga. HHhH é uma sigla inventada pelos SS que significa em alemão: "o cérebro de Himmler chama-se Heydrich" (Himmlers Hirn heisst Heydrich).
A maior parte da história se passa entre 1938 e 1942. A história é estruturada como um funil: capítulos curtos narram diferentes episódios em diferentes lugares e em diferentes momentos, todos convergindo para Praga, onde ocorreu o ataque. Todos os personagens deste livro realmente existiram ou ainda existem. O autor relatou os fatos com a maior fidelidade possível, mas teve que resistir à tentação do romance. Como contar a história? Essa pergunta leva, por vezes, o autor a se encenar para dar conta de suas condições de escrita, de suas pesquisas, de suas hesitações. A verdade histórica acaba sendo uma obsessão neurótica e uma busca sem fim. . .
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