Os dicionários definem terror como uma sensação que "implica medo intenso relativamente prolongado e pode se referir a perigos imaginários ou futuros". Quando Alfred Hitchcock escolhe histórias para provocar terror, é meticulosamente fiel a essa definição. E sabe, também, que tudo pode acontecer. Como encontrar em plena selva amazônica "O Homem que Gostava de Dickens".
Ou que tudo pode acontecer quando há um tarado à solta, você volta sozinha do cinema depois de meia-noite. . . e "A Cidade Está Dormindo". Às vezes, o terror pode vir das coisas mais inocentes, como os "Nossos Amigos Emplumados". Ou de uma estranha mariposa que saiu de "O Casulo". Alfred Hitchcock escolheu as histórias para este livro, selecionando autores de renome internacional, como Ray Bradbury, Evelyn Waugh, Jerome Bixby, Henry Slesar e muitos outros.
São histórias garantidas para aterrorizar as pessoas mais normais e até mesmo algumas anormais. Como todo mundo sabe, o britânico Hitchcock é especialista em macabro e bizarro. Quando lhe foi pedido que explicasse a maneira como encara o crime na ficção, ele escreveu:
"O crime estúpido, a quadrilha impiedosa, o assassino profissional sempre me pareceram positivamente indelicados. O crime é uma arte e precisa do adorno de uma imaginação sofisticada. Os verdadeiros aficionados preferem ter os nervos abalados pela ameaça implícita, os Borgias ao invés dá Máfia. O que pode haver de mais delicioso do que um crime doméstico, quando executado com sutileza e imaginação? Deixo a outros talentos mais prosaicos os materiais baseados em relatos de jornais. Crimes verdadeiros? Que coisa horrível! Infelizmente, a maioria é insípida e não apresenta qualquer indício do planejamento cuidadoso e pensamento extremoso que devem ser inerentes a qualquer atividade humana tão gratificante como o crime."
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