Rudyard Kipling tornou-se famoso como autor de magníficos clássicos infantis. Exatamente por essa razão, nunca foi associado à literatura do sobrenatural.
Contudo, diz Peter Haining, "torna-se claro que ele escreveu histórias do sobrenatural a vida toda, estivesse ele na Índia, na Grã-Bretanha e em viagens. Kipling parecia irresistivelmente atraído pelo mundo que existe atrás do véu onde sonhos se misturam com pesadelos, e espíritos de mortos de mesclam com fantasmas de vivos. Parece também que ele teve razoável cora de ocorrências inexplicáveis e conviveu com pessoas que fugiram das trevas e lhe contaram o que viram lá". Reunidos pela primeira vez num único volume, aqui estão trinta e três contos de Kipling - magistralmente traduzidos por José J. Veiga - que compreendem sua criação sobrenatural.
Organizados em ordem cronológica, de "O Sonho de Duncan Parrenness", de 1884 a "O Jardineiro", de 1926, escrito dez anos antes da sua morte, esta coletânea também inclui contos famosos como "O Signo da Besta" e "Eles".