Fugindo incansável à solidão, Iara morreu só, sem Lamarca, sem velhos amigos, acuada, na mira da repressão. Foi uma entre tantas meninas de bairro que na onda dos 60 chega à universidade e adere a organizações que acenam com um mundo justo e humano.. Esse bem-intencionado passo redundou em clandestinidade, prisões, exílio e mortes. Os que sobreviveram, os amigos de infância, os que seguiram sonhos menos perigosos, falam de Iara e de si à jornalista que durante sete anos viveu os vinte e sete de Iara. Muitos amores, nenhum livro, nenhum diário, nem árvore nem filho tão desejado. A Iara de Judith é a história de uma geração que acreditou.