Thiago Oliveira expõe nos contos de “Brutos e insensíveis” um Brasil plural e contemporâneo, transgressivo e invisibilizado. Sem medo de mergulhar nos detalhes mais lodosos, o livro coloca o leitor em uma espiral de violência, desejos, fetiches, lutos, amores, solidão e perdas.
Aqui, mais do que um reflexo do país, nos deparamos com um reflexo nosso. Por isso esta leitura nos assombra tanto. Fazemos parte dessa miscelânea. Somos também brutos e insensíveis e seremos obrigados a abrir janelas emperradas sobre a nossa própria existência.
Nesta odisseia não há inocentes. Nós também não somos. Por isso os contos de “Brutos e Insensíveis” inquietam, pois nos mostram sem filtros, como uma autópsia. É a verdade crua na forma de uma literatura em estado bruto.
Contos / Literatura Brasileira