Camilo Castelo Branco escreveu este romance quando estava preso na Cadeia da Relação, no Porto (foi editado em 1861). Foi o mais querido romance do escritor. Segundo as suas palavras no prefácio, este livro podia ser a sua profecia que ele aventurava para o futuro. Mas um homem rico não chegou a ser, se materializarmos este desejo. Mas o seu mundo interior e espiritual que o fez dotar de inspiração e da feliz capacidade de engendrar obras, “dum dia, duas horas de leitura, recreio a ócios de quem os não sabia gastar melhor”, foi notável!
Confessa nesta obra, que as personagens que viveram noite e dia com ele na Cadeia, povoaram a sua vida e os seus romance, este e o Amor de perdição, e que vivendo fora da prisão, as saudades do Padre Álvaro, da Maria da Glória e da Leonor, personagens que não encontra à luz em cheio do sol, o deixam nostálgico.
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