Horto de Incêndio

Horto de Incêndio Al Berto


Compartilhe


Horto de Incêndio





Acordar tarde
tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva — e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte
procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos — e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais — nada a fazer
irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia

Poemas, poesias

Edições (1)

ver mais
Horto de Incêndio

Similares

(1) ver mais
outono azul a sul

Estatísticas

Desejam2
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.2 / 6
5
ranking 33
33%
4
ranking 50
50%
3
ranking 17
17%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

60%

40%

cristinaparga
cadastrou em:
18/11/2012 12:34:16

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR