'A morte de Napoleão' vira pelo avesso o mito napoleônico e nos revela como seria a personagem mais popular da história européia sem sua máscara histriônica. 'O imperador morreu!', anunciaram num dia de 1821 bonapartistas de toda a Europa, desconsolados com a morte de Napoleão, que, derrotado em Waterloo pelos ingleses, vivia exilado na ilha de Santa Helena. Mas eles se enganavam. O verdadeiro Napoleão estava vivo. Aliás, também ouviu a trágica notícia de sua morte, e foi aí que tudo mudou. Alguns anos antes, graças a um complô de antigos fiéis que tramavam reconduzi-lo ao trono, Napoleão deixara em Santa Helena um sósia e embarcara para a Europa como marinheiro de um barco de pescar focas. Em Paris, seus dotes de genial estrategista só servem mesmo para vender melões e melancias. E, do famoso Exército imperial, resta agora uma esquálida tropa de quitandeiros ambulantes. O que fazer? Quem irá reconhecê-lo, agora que mais ninguém o espera? Se insistir em dizer que é o autêntico Napoleão, corre o risco de acabar num daqueles hospícios que visitou, onde circulavam dezenas de napoleões mais convincentes do que o verdadeiro.
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