"O Homem da areia" dá bem a medida do potencial literário de Hoffmann, num fluxo de influências que percorre gerações de escritores através dos tempos, marcando em nossos dias sua presença até mesmo em algumas cenas de filmes de terror, como Drácula e Frankeisntein.
Quantos leitores não tiveram na infância o seu "homem da areia", invençao dos pais para assustar os filhos, por não quererem dormir? Nenhuma, porém, tão horripilante como o homem que jogava areia nos olhos das criancinhas, para depois arrancá-los e comê-los.
Já o autômato, com quem o personagem divide seu afeto pela noiva, vem a ser uma espécie de prenúncio do robô de nosso tempo, atirando o jovem ás garras do eterno dilema entre o bem e o mal.
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