Irlanda, anos 1940. Numa pequena comunidade rural e conservadora, Catherine Goggin vira alvo de humilhação por estar grávida e solteira aos dezesseis anos. Expulsa da paróquia e de casa, a jovem parte para Dublin, onde dá a luz e entrega o bebê para adoção, recomeçando a vida sem saber o paradeiro do filho.
O menino é acolhido e batizado de Cyril pelos excêntricos Maude e Charles Avery, que apesar de lhe proporcionarem uma vida confortável, não fazem nenhuma questão de que ele se sinta parte da família. Ainda criança, conhece Julian, filho do advogado de Charles, e começa a perceber que não é exatamente como os outros garotos de sua idade.
A partir desse episódio, acompanhamos Cyril ao longo de sessenta anos, numa odisseia para descobrir, afinal, quem ele de fato é. Depois de tentar sem sucesso viver de acordo com as convenções sociais, parte para a liberal Amsterdam. Anos mais tarde, muda-se para Nova York, onde tem contato com o início da epidemia da aids e com os estigmas que recaem sobre jovens gays. Retornando à Irlanda, busca se reconciliar com seu passado e sua história.
Ao longo desse tortuoso percurso, Cyril tem de lidar não apenas com seus conflitos internos, mas com a homofobia e o preconceito de uma sociedade repressora e intolerante à diferença. No entanto, também conhece uma série de personagens dispostos a ampará-lo e cruza mais de uma vez com uma certa sra. Goggin, que mesmo sem saber, talvez tenha as respostas para boa parte de suas perguntas.
Autor de best-seller O menino do pijama listrado e outros celebrados romances históricos, John Boyne nos apresenta à sua maior empreitada literária até o momento, construindo uma saga arrebatadora sobre aceitar-se e ser aceito num mundo diversas vezes hostil. Uma leitura necessária para os dias de hoje, que reitera o poder do amor, das esperança e da tolerância.
Ficção / Literatura Estrangeira