As peculiaridades e a originalidade da narrativa colocam este romance em uma posição ímpar em meio ao grande volume das obras que constituem a literatura libertina vitoriana. Ele é narrado em primeira pessoa por uma pulga que, por seu íntimo contato com a pele humana, consegue testemunhar atos praticados no mais absoluto segredo.
Com ironia e sarcasmo, o livro elenca uma grande variedade de práticas sexuais consideradas tabu na época, como o adultério, a sodomia, a homossexualidade e o incesto. Publicado em Londres em 1885, provavelmente pelo célebre pornógrafo Charles Carrington, foi escrito anonimamente por “um certo advogado inglês, bem conhecido em Londres”. Várias foram as hipóteses quanto à identidade de seu autor, porém o mais provável dos nomes levantados teria sido o de Stanislas de Rhodes, a quem outros três títulos de literatura erótica foram atribuídos.