Resumo tudo numa única pergunta: de toda a sua alma, quer verdadeiramente servir ao próximo, ouvindo-lhe as mais profundas necessidades da vida? Como lhe haveria eu de explicar essa verdade que ouvi-la não basta, se estiver distraído? É que não nos entendemos diretamente com a individualidade das pessoas, mas com os laços que nos unem. Se o espírito é distante e a consciência dorme, não há o que dizer. Sabe o bom terapeuta, o bom amigo, o filósofo, que a operação de falar implica a de escutar, e que ninguém pode se esquecer disso. Os ouvidos ouvem, a alma escuta. Se houver algo a ser dito entre dois, que seja um encontro.