Dark Room

Dark Room Rafael Gurgel




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"Dark Room", o primeiro romance de Rafael Gurgel, é parte, pois, de um conjunto de obras que constituem a literatura brasileira contemporânea que caracteriza-se pelo transbordamento das fronteiras entre gêneros, discursos, dentre outros campos de força. Duas vozes, dois narradores. Um estudante de Letras de 25 anos: autor (Rafael?). Um professor de Letras de 43 anos: personagem (André). No entanto, o autor também é personagem e o personagem também é autor. Ambos contam de si mesmos e do outro. Um livro dentro do livro: jogo de espelhos. Se o professor é personagem do estudante, o estudante também é personagem do professor e, sugere-se ao leitor, “Se você quiser trocar as coisas de lugar, fique à vontade”. Somos, portanto, livres na nossa leitura que, se realizada rapidamente, pode parecer simples (não encontrei outra palavra). (...) Histórias de #transas de dois homens brancos de diferentes gerações, soteropolitanos, de classe média, gays. Sexo, muito sexo, e alguma droga, cultura pop. Contudo, nesta simplicidade, há crítica e teoria literárias: “É meu diário, minhas entradas, eu eu eu, a patética comédia do escritor semimascarado (como diz Laddaga)”; há, sem nenhum tom apologético, discussões sobre identidades sexuais e sobre a extrema violência homofóbica que, muitas vezes, começa em casa: “então meu genitor chegou. [...]. me surrou. com a fivela do cinto. socou meu rosto, me empurrou na parede. bateu minha cabeça repetidamente, dizendo que sempre soube que eu ia dar pra isso, um mariquinha”. Há discussões existenciais: “E eu sou tudo que você não queria [mamãe]. Mas já sofri muito ajoelhando papai do céu tira isso de mim.” Há metalinguagem: “Parece que escrevi um livro juvenil. Mas não falo isso de um jeito pejorativo.” Há poesia: “Choro abraçado às minhas pernas. Corujas, fadas, gnomos e pirilampos saem às ruas”. Há muitas outras potencias. Tudo isso apresentado de modo frenético, fragmentário, como a vida contemporânea. Mas vá devagar, leitor, ou leia de novo, pois cabe a nós preencher os silêncios, expandir os rastros e adentrar neste quarto escuro, que é belo e excitante"

- Trecho de orelha de Mônica Menezes





Dark Room

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Resenhas para Dark Room (4)

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Ainda estou tentando capturar meus sentimentos após essa leitura de Gurgel. Foi em um sopro. Demorei um quarto de hora para me acostumar com a escrita. Fazia um tempo em que não lia esse tipo de narrativa que diz tanto de si; e creio que é um tipo de leitura que fica mais difícil quando se conhece o autor. Até o momento em que fica mais fácil - mesmo que não menos doída. Li em algum canto que é uma leitura com T. E concordo. Para mim mais tristeza do que tesão, na verdade, mas d...
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