No texto que figura numa das orelhas do livro, o professor e escritor Guilherme Henrique define Gonzaga Neto como um poeta do nosso tempo e completa, dizendo que virar as costas para sua poesia é virar as costas para o que acontece aqui e agora. De fato, o autor nos deixa antever uma série de qualidades em seu livro de estreia. A capacidade de transformar suas leituras em referências que produzem um rico material poético é notável, a habilidade em selecionar e organizar bons poemas também. Os capítulos do livro são sequenciados de acordo com figuras de linguagem: metáfora, metonímia, eufemismo, anáfora, até o ápice experimentado no capítulo que dá nome ao livro: hipérbole. A leitura deste livro nos dá a oportunidade de tomar contato com um dos bons autores que têm surgido em nossas hostes poéticas, alguém que nos vai parecer bastante familiar, pois como afirma o professor Guilherme Henrique, Gonzaga Neto elabora imagens íntimas ao nosso cotidiano.