Lançado em 1965 pela Editora Civilização Brasileira, Lugar Público é sempre citado como estranho e ao mesmo tempo inovador, diferente. Um romance que pela primeira vez no Brasil apresentou uma nova narrativa, identificada com as correntes literárias de vanguarda da época.
Apesar de reconhecido como um marco pela crítica, estudado em teses universitárias, Lugar Público nunca mais foi reeditado e se tornou um ícone cultural daquele período. A edição de 1965, com “orelhas” assinadas pelo jornalista e escritor Carlos Heitor Cony e capa de Eugênio Hirsch, passou a ser um objeto raro e disputado.
Só depois de 39 anos, em 2004, Lugar Público chegou à segunda edição, com nova capa (a pedido do autor, criada pelo artista plástico Antonio Peticov), reprodução da capa original de Eugênio Hirsch e do texto de Carlos Heitor Cony.
Escrito quando o autor tinha 28 anos, o romance é, segundo o professor da USP, Celso Favaretto (estudioso da literatura do período que abrange o tropicalismo e autor de Tropicália, alegoria alegria) “o momento mais avançado da pesquisa romanesca entre nós, com um grau de invenção de linguagem que não se conhecia até então no Brasil”.