Os contos "O Recado do Morro", "Cara-de-Bronze" e "A História de Lélio e Lina", que inicialmente fizeram parte da obra Corpo de Baile (1956), seriam posteriormente desmembradas do livro para integrar um novo volume, que receberia do autor o título No Urubuquaquá, No Pinhém.
Em "O Recado do Morro", o leitor acompanha cinco homens - Pedro Osório, seo Alquiste, frei Sinfrão, seo Jujuca do Açude e Ivo de Tal - que realizam uma travessia e vão encontrando, pelas estradas por onde passam e nas fazendas onde pedem abrigo, almoço e jantar, pessoas que vão mudar a maneira como eles veem o mundo e a si mesmos.
O conto "Cara-de-Bronze", por sua vez, traz a chegada à fazenda do Urubuquaquá de um forasteiro que se esforça para compor, com os depoimentos fragmentários dos vaqueiros, o retrato do velho fazendeiro apelidado Cara-de-Bronze, o qual, doente recluso em seu quarto, administra a sua propriedade.
E por fim temos "A História de Lélio e Lina". Ansiando por uma mulher, Lélio aporta ao Pinhém. Nessa fazenda, é com uma senhora, dona Rosalina, que Lélio estabelece uma sincera e profunda amizade. Confessando suas paixões, ele recebe de Lina respostas a perguntas ainda não formuladas.
A edição da Global conta com uma fotografia de Araquém Alcântara para a capa do livro, e também um texto de apoio de Regina Zilberman, doutora em romanística pela Universidade de Heidelberg, intitulado "O recado do morro: uma teoria da linguagem, uma alegoria do Brasil".