Venenos de Deus, Remédios do Diabo

Venenos de Deus, Remédios do Diabo Mia Couto




PDF - Venenos de Deus, Remédios do Diabo


Neste romance, o aclamado autor moçambicano confronta verdades e mentiras na história de um médico português e seu paciente africano, ligados pelo destino de uma misteriosa mulher.

Bartolomeu Sozinho é um velho mecânico naval moçambicano, aposentado do trabalho, mas não dos sonhos ardentes e dos pesadelos ressentidos que elabora em seu escuro quarto de doente terminal. Ele é atendido em domicílio por Sidónio Rosa, médico português. A narrativa entrelaça a vida de Bartolomeu, de sua rancorosa mulher, Munda, da ausente e quase mitológica Deolinda, filha do casal, do dedicado Doutor "Sidonho", bem como de Suacelência, o suarento e corrupto administrador de Vila Cacimba, um lugarejo imerso em poeira e cacimbas (neblinas) enganadoras. São vidas feitas de mentiras e ilusões que tornam difícil diferenciar o sonho da realidade. Aparentemente, Sidónio veio de Lisboa para curar a vila de uma epidemia. Mas é o amor pela desaparecida Deolinda, por quem se apaixonara em Lisboa, que impulsiona seus passos mais íntimos. Quando Deolinda voltou para sua terra natal, Sidónio viu-se teleguiado pelo sonho de reencontrá-la. Mas Vila Cacimba não é o lugar do médico, nem poderá ser jamais. "No fundo, o português não era uma pessoa. Ele era uma raça que caminhava, solitária, nos atalhos de uma vila africana", diz o engenhoso narrador deste belo romance.





Venenos de Deus, Remédios do Diabo

O PDF do primeiro capítulo ainda não está disponível

O Skoob é a maior rede social para leitores do Brasil, temos como missão incentivar e compartilhar o hábito da leitura. Fornecemos, em parceira com as maiores editoras do país, os PDFs dos primeiros capítulos dos principais lançamentos editoriais.

Resenhas para Venenos de Deus, Remédios do Diabo (79)

ver mais
IDENTIDADE E POESIA


O romance conta uma história no pós 75 de Moçambique. Adeus, Salazar:agora é que são elas... A Vila Cacimba vive um tempo em que os soldados adoecem de meningite e perambulam como cadáveres ambulantes. É um tempo posterior à presença da Companhia Colonial de Navegação.As relações de força do antes e do depois da independência se misturam, revelando os resquícios da ideologia colonial ainda presente nas relações cotidianas. O que ilustra muito bem esta permanência pode ser lido no enfre...