Alane.Sthefany 23/07/2022
O Poder do Silêncio - Eckhart Tolle
Acho que o autor só faz uma repetição de tudo que ensina em todos os livros, já está batido a ideia do "Agora", primeiro no livro "O Poder do Agora", seguido do livro "Como Praticar o Poder do Agora", e depois, nesse livro "O Poder do Silêncio", que ele menciona novamente sobre a importância do Agora, se tornando algo muito chato e repetitivo.
Possui algumas reflexões interessantes, mas eu não gostei tanto dos livros anteriores e nem mesmo desse.
Não serve para mim, quem sabe para outro público, principalmente pessoas muito ansiosas e preocupadas com o futuro ou presas no passado.
Partes Interessantes do Livro ?????
A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada.
Além da Mente Pensante
A maioria das pessoas passa a vida toda aprisionada nos limites dos próprios pensamentos. Nunca vai além das estreitas ideias já feitas, do sentido do "eu" condicionado ao passado.
Não leve seus pensamentos muito a sério.
O EU autocentrado
Ao se relacionar com as pessoas, você é capaz de perceber em si mesmo sentimentos sutis de superioridade ou inferioridade em relação a elas? Quando isso acontece, é o ego que está se manifestando, porque ele precisa da comparação para se afirmar.
A inveja é um subproduto do ego que se sente diminuído quando algo de bom acontece com alguém, quando alguém possui mais, sabe mais ou tem mais poder do que ele. (...)
Quando nada disso funciona, as pessoas procuram fortalecer seu ego considerando-se mais injustamente tratadas pela vida, mais doentes ou mais infelizes do que os outros.
Você se sente culpado por algo que fez - ou deixou de fazer - no passado? Uma coisa é certa: você agiu de acordo com o nível de consciência ou de inconsciência que tinha na época.
O Agora
A divisão da vida em passado, presente e futuro é uma construção da mente, em última análise ilusória. Passado e futuro são formas de pensamento, abstrações mentais. O passado só pode ser lembrado Agora. O que você lembra é um fato que aconteceu no Agora e do qual você se lembra Agora. O futuro, quando chega, é o Agora. Portanto, a única coisa real, a única coisa que sempre existe, é o Agora.
Concentrar-se no Agora não é dizer "Não vou me preocupar mais com as coisas, pois só existe o Agora". (...)
Veja o que é prioritário e faça do Agora seu amigo, não seu inimigo.
Quando você passa a dar atenção ao Agora (...)
Não sobra lugar para criar problemas. Só esse momento, tal como ele é.
Quando concentra sua atenção no Agora, você se dá conta de que a vida é sagrada. Existe algo de sagrado em tudo que você percebe quando se concentra no presente.
A maior parte das pessoas confunde o Agora com o que acontece no Agora. Mas não é isso. O Agora é mais profundo do que o que ocorre nele. É o espaço no qual tudo acontece.
Você não pode encontrar a si mesmo no passado ou no futuro. O único lugar onde você pode se encontrar é no Agora.
Ser uma pessoa que está em busca significa que você precisa do futuro. Se é nisso que você acredita, isso se torna verdade para você: precisará de tempo até perceber que não precisa de tempo para ser quem você é.
A vida da maioria das pessoas é conduzida pelo desejo e pelo medo.
O desejo é a necessidade de acrescentar algo a você para ser mais plenamente você mesmo. Todos os medos são medo de perder alguma coisa e, portanto, tornar-se menor, ser menos.
Esses dois movimentos nos impedem de perceber que Ser não é algo que possa ser dado ou tirado. O Ser em sua plenitude já está dentro de você.
O mundo não pode lhe oferecer nada que tenha um valor permanente.
Relacionamentos
Todo ser humano foi condicionado a pensar e agir de determinada forma - condicionado por sua herança genética, pelas experiências da infância e pelo ambiente cultural em que vive.
Tudo isso não mostra o que a pessoa é, mas como parece ser. (...)
Nossos julgamentos também têm origem em padrões inconscientes e condicionados. Você dá aos outros uma identidade criada por esses padrões, e essa falsa identidade se transforma numa prisão tanto para aqueles que você julga quanto para você mesmo.
Ao ficar totalmente presente com qualquer pessoa, você se desapega da identidade que criou para ela. Essa identidade é fruto da sua interpretação de quem a pessoa é e do que fez no passado. Ao agir assim, você se torna capaz de relacionar-se sem os mecanismos autocentrados de desejo e medo.
Se o passado de uma pessoa fosse o seu passado, se a dor dessa pessoa fosse a sua dor, se o nível de consciência dela fosse o seu, você pensaria e agiria exatamente como ela. Ao compreender isso, fica mais fácil perdoar, desenvolver a compaixão e alcançar a paz.
Para conhecer outro ser humano em sua essência você não precisa saber nada a respeito do passado ou da história dele. Confundimos o saber a respeito de alguém com um conhecimento mais profundo que não é baseado em conceitos. Saber a respeito e conhecer são coisas totalmente diversas.
A Morte e o Eterno
Você sabe que um dia vai morrer, mas isso permanece apenas como uma idéia, até que você seja confrontado pela primeira vez com a morte.
Ela pode chegar através de uma doença grave, de um acidente que atinja você pessoalmente ou da morte de um ente querido. Nesse momento a morte entra em sua vida e você toma consciência de que é um ser mortal.
A maioria das pessoas procura ignorar esse fato, mas, se enfrenta a realidade de que seu corpo é passageiro e pode acabar a qualquer instante, você consegue separar sua forma física do seu "eu".
A cultura ocidental ainda nega amplamente a morte. Até as pessoas idosas procuram não falar ou pensar na morte, e os corpos dos mortos são mantidos a distância. Uma cultura que nega a morte torna-se inevitavelmente superficial, preocupada apenas com a aparência das coisas. Quando se nega a morte, a vida perde a profundidade. A possibilidade de saber quem somos para além do nome e da forma física - a nossa dimensão transcendental - desaparece, pois a morte é a abertura para essa dimensão.
As pessoas, de um modo geral, se sentem profundamente perturbadas com qualquer coisa que acaba, porque todo fim é uma pequena morte.
É por isso que em muitas culturas as pessoas preferem se despedir dizendo algo equivalente a "até logo", o que significa "nos vemos depois".
Se você aprender a aceitar e até acolher os pequenos e grandes fins que acontecem em sua vida, pode descobrir que o sentimento de vazio que a princípio causou tanto desconforto se transforma num espaço interno profundamente cheio de paz.
Aprendendo a morrer assim a cada dia, você se abre para a Vida.