Irmã outsider

Irmã outsider Audre Lorde




Resenhas - Irmã Outsider


39 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


huntzbergf 21/04/2022

olha pessoal vou dizer é uma obra prima
não sou a maior fã de poesia e afins mas tive que ler esse livro porque era uma das leituras obrigatórias da faculdade e acabei me apaixonado totalmente pela audre e sua escrita. ela consegue ser direta e tratar de coisas doloras de uma forma tão bonita que não tem como não se envolver e sentir o que ela sente também. nunca tinha ouvido falar dela mas acredito que a partir de agora ela se tornou uma das minhas autoras favoritas.
comentários(0)comente



Maia 22/01/2022

Demorei alguns meses nesta leitura, é densa e potente, precisa ser absorvida aos poucos. São relatos que pulsam verdades muitas vezes ignoradas por pessoas não negras como eu. Meus ensaios preferidos são o primeiro e o último, especialmente o último, sobre a arrogância e banditismo dos Estados Unidos e sua política externa de desrespeito e invasões.
comentários(0)comente



Thalita 16/01/2022

Meu cinco estrelas!
Costumamos dizer sobre algumas autoras que elas escrevem o que sentimos e não conseguíamos colocar em palavras. Pois bem, a leitura de irmã outsider pra mim foi diferente, Audre Lorde consegue escrever sentimentos que eu nem sabia que sentia, que eu não conseguia acessar e que aos poucos ela vai descortinando de forma muito sincera e cirúrgica. Não é uma obra para se ler de uma vez, e com certeza é uma obra que precisa ser revisitada em diferentes momentos da vida. Ela fala sobre amor, raiva, classismo, machismo, lesbianismo, maternidade, racismo? Enfim, só lendo pra sentir.
comentários(0)comente



Natália Tomazeli 29/12/2021

Leiam Audre Lorde, mulheres!
"A dor é um acontecimento, uma experiência que deve ser reconhecida, nomeada e, então, usada de alguma forma para que a experiência mude, para que seja transformada em outra coisa, seja força, conhecimento ou ação. O sofrimento, por outro lado, é o pesadelo de reviver a dor que não foi investigada e metabolizada. Quando vivo a dor sem reconhecê-la, deliberadamente, eu me privo do poder que pode advir do uso dessa dor, o poder de incitar algum movimento para além dela. Eu me condeno a reviver essa dor, uma vez após a outra, sempre que ela é desencadeada por algo. E isso é sofrimento, um ciclo aparentemente inescapável."

Esse foi um dos melhores livros que eu li em 2021 e virou também um dos meus livros favoritos da vida. Conheci Audre Lorde através dos meus estudos acerca do feminismo, e sabendo dessa visão não heteronormativa dela sobre o feminismo e os relacionamentos, coloquei ela na minha lista obrigatória de leituras, já que venho buscando conhecer a literatura escrita por lésbicas.

Audre foi uma mulher lésbica negra nos Estados Unidos da década de 70 e 80. Poeta, professora e mãe, era ativista dos diretos civis, uma grande potência dentro do movimento negro e um dos maiores nomes dentro do feminismo. Foi ela quem cunhou o conceito de interseccionalidade dentro do feminismo, uma importante ferramenta de análise sem a qual, na minha opinião, o feminismo sequer continuaria existindo. Foi ela também quem primeiro falou sobre o "mulherismo" e sobre mulheres priorizarem mulheres, além de diversos outros conceitos propagados massivamente pelas mulheres feministas do século XXI.

Em uma cerimônia de nomeação africana, antes de sua morte, Lorde recebeu o nome de Gambda Adisa, que significa ?guerreira: ela que faz sua significância conhecida?. E eu acho que esse nome não poderia definir melhor ela! Uma mulher tão importante, com uma trabalho gigante dentro da poesia e com um trabalho teórico de igual tamanho. O "outsider" do título é um conceito explorado através de todo o livro, onde ela fala sobre a relação entre Idade, raça, classe e sexo.

É difícil dissertar sobre o quanto Audre Lorde é uma mulher tão singular. Ela me ajudou em momentos muito sombrios. Diversas foram as madrugadas sendo confortada por ela. Quando eu precisava de uma palavra amiga, ia lá ler um dos ensaios de "Irmã Outsider" e na verdade até hoje faço isso. Ela me acolheu quando honestamente ninguém podia e nem sabia como. As experiências dela, principalmente quando ela fala da vivência lésbica, são para mim, fonte de conforto. Ela ama e muito mais do que isso, ela acredita de coração nas mulheres, acreditava quando ninguém nem ao menos tentava. Confiava no nosso poder criativo de uma maneira tão visceral, tão viva, tão gentil e ao mesmo tempo exigente. Ela tem esperança. Minha coisa favorita nela é como, apesar de tudo, ela ainda tem esperança na humanidade. Ela parece enxergar a verdade e sinceridade onde ninguém mais vê, e quando leio ela, me sinto menos sozinha no mundo.

O que mais me deixa intrigada, é o quanto pouco se fala de Audre (como pessoa) dentro e fora do feminismo. Fui conhecer o nome dela através de uma página que falava sobre visibilidade lésbica. No meio heterossexual, ela ainda é bem pouco mencionada, apesar de suas falas e conceitos (muitas vezes frases e pensamentos inteiros) serem reproduzidos e declamados dentro desse mesmo meio. Isso é ótimo, porque mostra como as idéias "são à prova de balas", aquela coisa bem V de Vingança, mas eu queria muito que também conhecessem a mulher maravilhosa que Audre ainda segue sendo, mesmo após a morte.

"Revolução não é algo que aconteça uma vez e pronto. Revolução é se atentar cada vez mais para as mínimas oportunidades de promover mudanças verdadeiras nas reações estabelecidas e ultrapassadas; é, por exemplo, aprender a abordar com respeito as diferenças que há entre nós."
comentários(0)comente



acarolfeliz 29/12/2021

Sem duvidas este livro foi uma das melhores leituras da minha vida. Por ele tive o primeiro contato com Audre Lorde e vou levar seus ensinamentos para sempre.
comentários(0)comente



Wallace17 19/12/2021

Monumento Audre Lorde
"Estudar a literatura de mulheres negras exige efetivamente que sejamos vistas como pessoas inteiras em nossas complexidades reais"

Comprometimento é conhecer, aprender e apreciar a produção de mulheres negras, em todas as esferas do conhecimento. Tem que ser compromisso de toda pessoa que quer imaginar outros futuros.

Minha experiência ao ler os textos de Irmã Outsider foi arrebatadora. Já faz mais de 15 dias que li, e os textos seguem me acompanhando aonde quer que eu vá.

É como se pudesse escutar a Audre Lorde: "Cara, A POESIA NÃO É LUXO, observe o tanto de coisa inútil que nos alcança, paradas que não nos representa. E aí, qual é o seu grau relacionamento com as pretas? Tá buscando as palavras que você ainda não tem para transformar o seu silêncio em linguagem e depois em ação? E sou sua irmã, mano. Não esqueça disso!!!

A cada ensaio lido, a sensação era de estar trocando maior ideia com a Audre. Ela é uma autora propositiva e combativa. Os textos são densos, mas ela tece reflexões interessantes e o mais importante, aponta caminhos para a mudança.

Sentir que ela abriu o coração com muita sinceridade. Sobretudo, quando ela narra os desapontamentos, frustrações e raiva que sentiu na vida por conta de ser uma mulher negra, lésbica e mãe. Contudo, não são sentimentalismos destrutivos, trata-se de uma mulher negra, crítica e inteligente, buscando entender suas complexidades existenciais, dentro de um sistema racista/sexista/classista que a programou para desumanizá-la. A consciência deste cenário desfavorável nos faz visualizar com mais nitidez as violências contra as mulheres negras (e aqui voltamos para o início do texto: "estude a literatura de mulheres negras").

Já estou ansioso para acessar outras publicações da Audre Lorde.
comentários(0)comente



Laíssa 23/11/2021

só sinto isso

"Ultimamente, tem havido tanta morte e tanta perda ao meu redor, sem metáforas nem símbolos redentores, que às vezes me sinto presa a um único vocábulo: sofrimento; e seu adendo: suportar."
comentários(0)comente



Erikcsen 05/09/2021

Um abraço em cada palavra
Nesse compilado de textos, Audre Lorde desabafa seus sentimentos e sua vivência enquanto mulher, negra e lésbica de sua época. Ao mesmo tempo, nos obriga a prestar atenção que aquele tempo ainda perpetua nos dias de hoje. O feminismo ainda não é plenamente interseccional e o liberal, infelizmente, ainda perdura; o racismo segue estruturando as relações sociais e políticas; e a lgbtfobia continua fazendo vítimas.

O olhar de Lorde para as mazelas humanas, que também são suas e, em diferenças medidas, nossas, reforçam a necessidade da unicidade da luta e da educação libertadora. Se existe algum tipo de liberdade, que seja garantida, ainda que através da luta e da revolução.

Quem lê Lorde nunca está só!
comentários(0)comente



Ana Luiza Silva 09/08/2021

Irmã Outsider é uma leitura obrigatória para quem está começando a estudar sobre feminismo negro e também para quem é veterano/a nesses estudos. A Audre Lorde não poupa seus sentimentos na hora de expor análises precisas sobre a ação do racismo e do patriarcado sobre os corpos negros e femininos nos Estados Unidos. A autora também escreve várias vezes ao longo do livro sobre os chamados "países de Terceiro Mundo", que sempre são atingidos pela política imperialista dos Estados Unidos, em uma escrita profundamente dolorida e certeira. Recomendo demais a leitura!
comentários(0)comente



Julia Gusmao 11/05/2021

Uma leitura bem reflexiva, com variações em estilo e teor, uma vez que é um compilado de textos de Audre Lorde escritos e vividos em momentos diversos de sua vida. Super atual e político, é uma leitura imprescindível pra repensarmos como nos colocamos no mundo e como nos relacionamos umas com as outras. Indico demais.
comentários(0)comente



Lais Duanne 11/05/2021

Indispensável
Comecei a ler por saber que Audre em seus escritos fala sobre raiva e é/era isso que eu senti/a nos últimos dias e foi importante ler o que ela aborda sobre.

Um livro indispensável para a população preta, enriquecedor dms.
comentários(0)comente



Grace @arteaoseuredor 03/03/2021

?Irmã Outsider, de Audre Lorde

?Audre Lorde nasceu em Nova York em 1934, faleceu de câncer de mama em 1992, se tornou uma das referências do feminismo negro americano. Nesse livro originalmente publicado em 1984, temos 15 ensaios e conferências, sobre muitos temas, como feminismo, violência contra mulher, capitalismo, o ser diferente, militância, todos fortes e intensos.
.
??Sendo eu uma le?sbica negra e ma?e de dois, incluindo um menino, em um casamento inter-racial, havia sempre uma parte de mim que ofendia os conforta?veis preconceitos dos outros sobre quem eu deveria ser. Foi assim que aprendi que, se eu mesma na?o me definisse, eu seria abocanhada e engolida viva pelas fantasias dos outros a meu respeito."
.
?Revoluc?a?o na?o e? algo que acontec?a uma vez e pronto. Revoluc?a?o e? se atentar cada vez mais para as mi?nimas oportunidades de promover mudanc?as verdadeiras nas reac?o?es estabelecidas e ultrapassadas; e?, por exemplo, aprender a abordar com respeito as diferenc?as que ha? entre no?s.?
.
?"Nos anos 1960, o politicamente correto se tornou na?o um guia para a vida, mas um novo par de algemas. Uma parte pequena, mas ruidosa, da comunidade negra perdeu de vista que unidade na?o significa unanimidade ? pessoas negras na?o sa?o um amontoado padronizado e simples de digerir. Para trabalharmos juntos, na?o e? preciso que nos tornemos uma mistura de parti?culas indistintas que se assemelhem a um barril de leite achocolatado homogeneizado. Unidade implica a reunia?o de elementos que sa?o, para comec?ar, variados e diversos em suas naturezas individuais."
comentários(0)comente



Alexia201 28/01/2021

Um livro para se ter ao lado da cabeceira da cama
Audre Lorde é uma mulher, é negra e é LGBT, dentre as interseções que circundam a sua vida, ela nos ensina sobre feminismo, sobre maternidade, sobre ser uma mulher lésbica e negra em um contexto repleto de preconceito e acima de tudo sobre resistência, através de seus escritos e de sua poesia.
Com Audre Lorde eu aprendi sobre o poder da minha voz e da minha raiva, entendi mais sobre sentimentos que antes não sabia nomear e como não era errados senti-los.
Esse livro é primoroso e deve ser lido por todos.
comentários(0)comente



raíssa 28/01/2021

AULAS!
Que livro necessário! Logo de cara me identifiquei com algumas vivências e sentimentos, mas não demorou a me surpreender com as perspectivas sociais de Lorde, principalmente em relação ao erotismo. A forma humana como ela se expressa dá a sensação de que estava numa conversa muito íntima com alguém que entende as dores, dúvidas e delícias de ser uma mulher lésbica e não branca numa sociedade zuada.

"Conheço a raiva que existe dentro de mim como conheço a batida do meu coração e o gosto da minha saliva. É mais fácil ter raiva do que ferir, e ter raiva é o que faço de melhor. É mais fácil ter fúria do que anseio. Mais fácil crucificar o que há de mim em você do que enfrentar o ameaçador universo da branquitude ao admitir que merecemos querer bem umas às outras."
comentários(0)comente



Jana 21/01/2021

Essencial
Não sou boa com palavras, então não sei descrever a importância desse livro e o quanto ele mexeu comigo.

O penúltimo texto, "olho no olho: ódio e raiva" é extremamente tocante e doloroso. Eu pausava a leitura por umas horas porque a descrição da dor causada pelo racismo me deixava com um mal estar.

Minha mãe é negra retinta e com certeza deve ter passado por coisas parecidas, mas infelizmente ela internalizou o ódio contra negros e reproduz inúmeros preconceitos.

É o melhor livro que já li até hoje dentro dessa temática.
comentários(0)comente



39 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR