As Relações Perigosas

As Relações Perigosas Choderlos de Laclos




Resenhas - As Relações Perigosas


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Oliver9 15/10/2022

O quão longe a obsessão e a ambição podem ir?
Nesse belíssimo livro, Laclos constrói com maestria uma história onde não há vencedores, apenas perdedores.
Em meio a diversões no jogo do amor, aqui encontramos um casal ousado e vulgar, que busca manipular e corromper as pessoas por mera diversão. Porém, como nem tudo é um mar de rosas, o desenvolvimento é amargo e a dissimulação não é somente a única arma que fere. As cartas são o instrumento de maior destruição nessa trama, e a mesma que irá levar o declínio do destino de cada pessoa.
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Vinicius 13/10/2022

Durante alguns meses, um grupo peculiar da nobreza francesa troca cartas secretamente. No centro da intriga está o libertino visconde de Valmont, que tenta conquistar a presidenta de Tourvel, e a dissimulada marquesa de Merteuil, suposta confidente da jovem Cécile, a quem ela tenta convencer a se entregar a outro homem antes de se casar.

Contado através de 175 cartas, a narrativa de Chordelos de Laclos pode causar estranhamento e ser definida como uma história com meia dúzia de ricos que não tem absolutamente nada para fazer e nem com o que se preocupar.

Mas fazendo um estudo um pouco mais aprofundado da obra, o leitor consegue perceber que Chordelos, um general do exército, nomeado por Napoleão Bonaparte, conseguiu, e com maestria, expor o falso moralismo que rondava a nobreza francesa do século XVIII.

A leitura, que no início pode se mostrar um pouco monótona, logo se torna uma obra muito bem escrita e que faria qualquer um acreditar que foi uma história real - eu ainda acredito que tenha sido.

Pederastia, escândalos e pedofilia podem ser encontradas na obra mais corajosa da vida de Chordelos de Laclos. Obra essa que foi a julgamento e queimada em praça pública, mas que logo foi adquirida por muitas pessoas curiosas. Há quem diga que esse era o livro de cabeceira de Maria Antonieta.

Laclos nos torna 🤬 #$%!& mplices dos desejos mais nefastos do Visconde e da Marquesa e ainda coloca as nossas virtudes a prova durante cada página da narrativa. Não se assuste se você tiver a marquesa como personagem favorita.

A todo o momento nos perguntamos o que vai acontecer com os vilões da trama e se eles finalmente vão se regenerar. E devo adiantar para vocês que a tragédia já é anunciada desde as primeiras cartas (não esqueçam que estamos na França do século XVIII).

Durante a leitura eu me peguei pensando: Qual a diferença entre a burguesia francesa que não pensava nas consequências dos seus atos no século XVIII e da sociedade atual altamente narcisista e que não mede esforços para conseguir o que deseja?

E você? Já leu "As relações perigosas?" Qual clássico te faz criar um paralelo com os dias atuais?
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Pandora 13/10/2022

Por esses dias estive folheando meu volume de "Caro Michele" da Natalia Ginzburg, livro no qual a narrativa foi estruturada oscilando entre a terceira pessoa e várias cartas com as quais os personagens se comunicam entre si. Sou absolutamente apaixonada pela família do Michele, apesar dele ser um personagem meio sumido, pelo próprio Michele e pela intimidade promovida por um livro cuja história se conta através da correspondência dos personagens. Dentro do sentimento de prazer de ler um romance epistolar, "As Relações Perigosas" de Choderlos de Laclos pulou em minha mão e saiu da pilha dos livros a serem lidos.

Por está diante de um clássico, já esperava do texto do Choderlos de Laclos algo robusto, mas confesso que o romance me surpreendeu TOTALMENTE. Esse livro não só é robusto como é absurdamente sórdido, bem pensado e bem executado. Ele é absolutamente lúdico, me interessei pelos personagens, me peguei devorando as cartas com um furor febril, dei risadinhas diante de situações pitorescas, senti a tensão aumentando quando passeia a admirar certos personagens, lamentei situações e vivi intensamente cada cada carta seja ela tediosa, inocente de da pena, sórdida, atroz, cruel, cínica, perversa, trágica, covarde, audaz ou tola.

Ler "As relações perigosas" é uma experiência tão imersiva que não surpreende o fato dele ter sido um absoluto sucesso editorial, reeditado várias vezes. O livro figurava na biblioteca da própria Rainha Maria Antonieta e muitas pessoas acreditavam ser o seu conteúdo verídico. O próprio Laclos cria esse sentimento de estarmos entre os segredos de alcova de pessoas reais ao se colocar como mero redator, distribuir notas de rodapé pelo livro inteiro e completar a coisa toda com dois textos introdutórios, a saber uma "Advertência do Editor" e um "Prefácio do Redator".

Tem algo que nos convide mais a crer na veracidade dos fatos narrados em um livro do que uma advertência começando com: "Julgamos de nosso dever prevenir o público de que, apesar do título dessa obra e do que dela diz o redator em seu prefácio, não garantimos a autenticidade da coletânea..."? Nada é tão confissão de culpa quanto a falta de garantias da autenticidade da coisa, "não negamos, nem afirmamos, tirem suas próprias conclusões". Mas, no tocante a reafirmar a veracidade das cartas negando a veracidade das cartas, nada supera a ironia com a qual nessa advertência é abordado o século XVIII francês:

"Demais, acreditamos que o autor, embora pareça haver procurado a verossimilhança, tenha-a destruído ele próprio, estouvadamente, pela época em que situou os acontecimentos a que deu publicidade. Efetivamente, muitas das personagens que personagens que pôs em cena tem tão maus costumes que é impossível supor que hajam vivido em nosso século, neste século de filosofia, em que as luzes, por toda parte espalhadas, tornaram, como todos sabem, tão honestos os homens e as mulheres tão modestas e reservadas." (pág. 11).

Ora, "As Relações Perigosas" é parte de uma ambiência cultural e social de crítica e desmoralização da nobreza francesa. Na França do século XVIII foi cada vez mais se tornando público e notório o quanto absurdo é um grupo de pessoas nada distinto se intitularem nobres, desfrutarem de privilégios e viverem uma vida de prevaricação. Esse livro epistolar animou esse ambiente cultural que desfez a ideia de sacralidade da realeza e da nobreza de forma torrida. Pense no livro quente onde os afetos são frios e as pessoas ou são ardilosas ou são vítimas de ardis.

Como já falei um monte sobre meus sentimentos sobre a genialidade dessa obra, cabe falar sobre os personagens. Aqui acompanhamos a correspondência entre dois grupos de pessoas. O primeiro é o composto por Cécile Volanges, uma jovem recém tirada do Convento das Ursulinas para se casar; a Marquesa de Merteuil, viúva e prima da mãe de Célile; Cavaleiro Danceny, um jovem de renome e sem fortuna castamente apaixonado pela pequena Volanges; e a Sra. de Volanges, mãe da jovem Sophie. O segundo grupo é formado pelo Visconde de Valmont, um homem atroz, ex-amante e amigo amicíssimo da Marquesa de Merteuil; a Presidenta de Tourvel, uma mulher casta, recém casada em férias na casa da tia idosa de Valmont; a Sra. de Rosemonde, mulher idosa, tia de Valmont.

Nos dois grupos temos as ovelhas, os lobos e as raposas sobreviventes. Começamos a conhecer todos através da Cécile, autora da primeira carta, mas quem esquenta a narrativa e a torna envolvente são a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, os lobos. Merteuil, por vaidade e vingança contra o futuro marido de Cécile, deseja perverter a garota conduzindo a queda moral; Volanges, por vaidade e luxúria, pretende possuir a Presidenta de Tourvel. Ambos, são frios, premeditados, conhecem muito bem a arte da sedução e não tem misericórdia ou pudor de usar os ardis mais perversos. A Marquesa e o Visconde são tão vis que muitas vezes me senti viu também por não conseguir para de acompanhar a troca de cartas entre os dois.

Fica claro o quanto os lobos são ajudados em sua sanha contra Cécile e a Presidenta de Tourvel, pela inocência de ambas. Criadas em um convento, do qual só saíram para casar, as duas são presas quase fáceis demais, ovelhas de pelo branquinho prontas para serem devoradas. No desenvolvimento da história dessas duas personagens senti uma forte crítica a educação limitada das mulheres brancas europeias, não me surpreendi quando descobri no Choderlos um defensor dos direitos das mulheres e da educação feminina. Aliás, fica implícito que mesmo a Sra. de Rosemonde e a Sra. de Volanges não passaram imunes pelos dissabores da juventude, elas apenas não passaram de ovelhas a lobas, se tornando raposas prevenidas, mas não capazes de livrar suas frágeis tuteladas das maquinações dos lobos em sua volta.

As cartas entre Merteuil e Valmond, são as melhores dos livros. Apesar de ambos serem pessoas capazes de atrocidade, são muito charmosos. Como 🤬 #$%!& mplices, apesar de não precisarem desse artificio um para o outro, estão sempre se seduzindo mutuamente e acabam nos seduzindo também. São eles que vão nos levando a querer continuar consumindo essa grande fofoca da aristocracia francesa. São eles que vão conduzindo nosso olhar para a compreensão de quão atroz é essa classe social charmosa, mas também ociosa, sórdida, cheia de privilégios imerecidos. Se fosse eu contemporânea da Revolução Francesa não teria (como não tenho) pena nenhuma desses seres humanos tão vis.

Na capacidade de envolver e chamar atenção de uma forma tão lúdica para os males da nobreza, "As relações perigosas" se torna também didático. É um livro para ser lido sozinha em silêncio, é um livro para ser lido também em voz alta em um salão cheio de gente. É um livro que diverte e instrui. O século é o XXI e eu adoraria um produto cultural com esse magnetismo e energia capaz de colocar em evidência a vileza de alguns personagens da política brasileira. Acredito mesmo estarmos necessitados como brasileiros de uma Revolução para chamarmos de nossa.

"As Relações Perigosas" é um livro bem desenvolvido e viciante como só uma boa fofoca sabe ser. É redondo, mas não se esgota em uma só leitura. A minha edição é da Abril Cultural, foi publicada em 1971 pela série "Os Imortais da Literatura Universal". Ela tem alguns problemas de fruição, no final peguei o ebook da edição da Penguin e achei de mais fácil leitura e fiquei com vontade de reler tudo imediatamente.

Quanto ao destino dos personagens, é tudo muito atroz e imerecido. Só cheguei a odiar mesmo o Visconde de Valmont, esse é um dos piores boy lixo já criados na História da Literatura. Nojo! A guilhotina é pouco para tais criaturas. A Marquesa de Merteuil é uma das personagens femininas mais incríveis da literatura, complexa, autoconsciente, sagaz, ela é obra de si mesma, de seu estudo individual do mundo, de sua busca por conhecimento, lazer e liberdade, tudo que ela faz secretamente os homens fazem em público sendo injusto julgá-la por isso. Na minha fanfic ela enganou todo mundo e no final foi viver bem na Suíça. A Presidenta de Tourvel também merece menção honrosa, uma das personagens mais dignas da literatura, fiel a si mesma, grandiosa, apaixonada, perfeita.

site: https://elfpandora.blogspot.com/2022/10/as-relacoes-perigosas-de-chordelos-de.html
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Gabi 10/10/2022

Leitura um tanto que enfadonha
Fiquei 3 meses presa nesse livro, de modo que agora que o finalizei me deu uma grande sensação de alívio. Por mais que o livro seja grosso e leve um certo tempo para ler, só fiquei presa nele por 3 meses porque achei a escrita muito cansativa, de modo que por mais que ficasse curiosa e envolvida com a história a leitura de poucas páginas já me cansava e fui lendo muito devagar.
Tenho a impressão que esse livro poderia ter sido escrito de forma mais breve, foi extenuamente porque se prolongou em passagens desnecessárias e narrativas por vezes cansativas, principalmente no início e no final do livro - gostei muito mais do desenrolar presente no meio do livro.
Apesar de me sentir casada com a leitura, não foi no limite de querer abandoná-la. Talvez, se tivesse lido em outro momento tivesse gostado mais do livro...
De qualquer forma, estou curiosa para ver a minissérie produzida pela globo e o filme adaptado nessa obra.
Foram 3 meses parada em uma leitura exaustiva e sem aproveitar de outros livros, mas não larguei mão por saber que muito dificilmente eu o retomaria no futuro.
Penso que se alguém gostou da sinopse e quer ler o livro o faça em um momento que estiver com muita vontade, pois, corre-se o risco de facilmente desistir dele por conta do cansaço que a leitura causa.
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Jonathas dos Santos Benvindo 27/08/2022

Uma obra incrível, de extrema habilidade poética, algumas cartas com muitos sentidos de interpretação, o que mostra o talento gigante de Laclos!
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Heider 25/08/2022

Moralidade e hipocrisia
O livro trata de intrigas amorosas entre um grupo da aristocracia francesa enquanto apresenta as relações de poder, costumes, futilidades. O autor brinca com os valores morais da época ao mostrar como a virtude pode sucumbir ao desejo e como a inocência pode ser manipulável.

O modo como foi escrito, todo em cartas, faz do leitor um ser praticamente onisciente dentro da história, fica mais fácil identificar as máscaras das personagens.

Quanto às personagens: a Marquesa de Merteuil é a mais interessante, manipuladora e consegue ler bem as pessoas do seu círculo; Valmont é pedante e narcisista; Cecile Volanges é de uma inocência que é até difícil de imaginar, muito caricata; Danceny o típico romântico apaixonado, dramático, chato e no fim foi o mais hipócrita de todos. O encerramento quebrou um pouco da minha expectativa, não imaginava que seria tão trágico, principalmente em relação a Presidenta de Tourvel.

Surpreende um pouco que As Ligações Perigosas seja pouco conhecido e menos divulgado do que deveria. Parece claro a relação de proximidade com muitos romances best-sellers atuais com o plot da virgem/virtuosa e o conquistador cruel.

A leitura flui bem a partir da parte 3 do livro, onde os planos são colocados em prática.
O livro é interessante, divertido, mas se arrasta um pouco. Acredito que menos cartas dariam conta de contar essa história, mesmo assim recomendo.

Tenho a honra de ser etc. ?
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Carolina.Gomes 23/07/2022

A nobreza em sua vilania
Esse romance epistolar, há muito estava na minha lista, por conta das adaptações cinematográficas das quais gosto muito!

Sendo bem sincera, eu adoro uma fofoca literária e acompanhar a troca de cartas desses personagens sórdidos, foi um deleite.

O Visconde de Valmont e a Marquesa de Merteuil são nobres, ociosos e extremamente vis. Dotados de uma personalidade narcísica, se unem com um único propósito: destruir a vida de pessoas inocentes apenas pelo prazer da conquista e vingança.

As cartas detalham as estratégias a serem usadas para alcançarem o escopo ignóbil.

A partir do que cada personagem escreve sobre o outro é que o leitor vai traçando os contornos do caráter de cada um.

Entre as excelentes e empolgantes cartas, há algumas tediosas. Fato! Mas nada que tenha comprometido, para mim, a experiência.

Destaco, como preferidas, duas cartas redigidas pela Marquesa que revelam um cunho feminista e libertário, apesar da moral duvidosa da emissora. Justifica-se a celeuma quando da publicação da obra. Laclos expôs a sordidez da nobreza escondida sob o pálio da hipocrisia, da moral e dos bons costumes.

Valmont e Merteuil são péssimos! Diabólicos! Não resta qualquer dúvida, mas são criaturas interessantíssimas. As vítimas são insossas e desgraçadas(!) e os vilões maquiavélicos dominam a narrativa!

Eu quase gostei da Merteuil. ( Será que sou má?!)

A escrita é irretocável! Fiquei encantada com a história do autor e gostei do fato dele ter trazido uma personagem feminina sexualmente livre, poderosa, articuladora, estrategista e que sabia, como ninguém, fazer o jogo da sociedade.

O final foi excelente! Mais um clássico assustadoramente atual!
Fabricio268 23/07/2022minha estante
Uma hora vou quebrar essa barreira que tenho com romance epistolar.


Carolina.Gomes 23/07/2022minha estante
Eu tb n gostava, mas gostei muito dessas cartas.




adson 21/07/2022

Magnífico, não esperava que fosse gostar tanto! Demasiadamente bem escrito, uma ruptura na cortina sobre a aristocracia da época e seus desejos, é interessante ver que mesmo numa sociedade cheia de bons costumes, todas as pessoas possuiam seus desvios de caráter. Anos se passaram e as ambições humanas perpetuam até hoje, basta decifrar do que somos capazes para conquistar tais coisas. Todos os personagens são extremamente bem desenvolvidos, a narrativa é uma festa de luxúria, traição, desejos carnais, sedução e ira, uma verdadeira crítica sobre a nobreza. As tramas sutis bem articuladas e mentiras são um deleite para o leitor, impossível não prender-se a história.
Carolina.Gomes 03/08/2022minha estante
Tb gostei muito!!




Elizangela 08/07/2022

Que venha a razão!
Os seres humanos são, de fato, uma espécie singular! As relações que regem nossas vidas cotidianas e tediosas são o pano de fundo de um grande teatro! Tipos dos mais diversos: ardilosos, românticos, maldosos, venenosos, vaidosos, irados e hilários. Quantas personagens, quantas máscaras! Vivemos ao lado destes personagens e somos nós mesmos participantes de uma comédia trágica e cruel. O sexo domina nossos instintos e somos levados a cometer os mais insanos crimes. Que possamos compreender em que lugar deste cenário nos colocamos e possamos sair deste fogo com poucas queimaduras. Eis o meu desejo. Que a razão me seja concedida para divisar o joio do trigo!!!!
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Debora.Souza 07/06/2022

Esse livro me chocou e surpreendeu ao mesmo tempo. É do tipo que às vezes me fazia parar a leitura para digerir o que estava acontecendo. Não esperava por esse final, terminou completamente diferente do que eu imaginei.
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Raeder 22/04/2022

venho por meio desta resenha expressar a minha INDIGNAÇÃO
Por mais que eu tenha terminado muito depois de ter começado pq me distrai com outras leituras, eu juro pra vocês que foi uma das minhas melhores leituras. Estou arrasada e muito, muito puta com a hipocrisia humana, com esse final e por principalmente não ter esperado esse final de maneira alguma. Não tenho mais a falar, quero ficar olhando pra parede por mais algum tempo então me despeço. Leitura recomendada sem dúvidas.....
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Deghety 16/04/2022

As Relações Perigosas
A releitura ao meu ver é fundamental para compreendermos melhor uma obra e avaliarmos à nós mesmos à respeito de certas ideias.
Quando li As Relações Perigosas pela primeira vez eu fiquei fascinado com os personagens Marquesa de Merteuil e Visconde de Valmont. Portanto nessa atual leitura me causou asco. Obviamente que sempre iremos admirar a inteligência, mas nem sempre precisamos concordar com o seu emprego.
Esses dois personagens são o cúmulo do mau caratismo, usando pessoas simplesmente para destruir reputações, tendo a luxúria como filosofia, e isso se intensifica quando você presta mais atenção aos seus alvos.
As vítimas principais, Mademoiselle de Valanges e Presidente de Tourvel, são pessoas inocentes e você percebe que pouco tinham como se defender das artimanhas sujas e dissimuladas dos vilões.
Deixando de lado as questões morais, quase todos os personagens fazem citações super interessantes sobre aspectos de personalidade particular aos gêneros.
O livro é excepcional, não deixa nada a desejar, mesmo seu arranjo sendo por meio de cartas trocadas entre os personagens, o roteiro e enredo são bem desenvolvidos.
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lucianem 07/01/2022

As Relações Perigosas
A trama se passa na França pré revolução, no século XVIII, onde um grupo de aristocratas ocupa seu tempo em construir e destruir relacionamentos e reputações pelo simples prazer de o fazer, sem se preocupar com as consequências de suas ações.
Escrita em forma de cartas, é obra-prima única do autor Choderlos de Laclos.
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Wellington Carneiro 17/08/2021

Um Ótimo Romance Epistolar
Muito interessante a estrutura do livro, sendo todo contado por cartas. A medida que a história avança e o jogo dos amantes vai se tornando mais eninhado e cruel, tudo vai ficando mais interessante.
A Marquesa de Merteuil foi o meu personagem favorito, é aquela vilã com carisma. Passei a obra toda imaginando qual seria o próximo passo dela.
"Os tolos estão neste mundo para nossos pequenos prazeres."
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