Fer Oliveira 14/09/2021Oliver Twist - @prologosdaferQuando uma pessoa não tinha condições de sustentar recorria ao asilo dos pobres. Local esse que tinham roupa e alimentação, além de ter condições de aprender um ofício quando jovem. Falando assim parece ser um ótimo lugar, mas não quando é o Dickens que descreve.
Oliver nasceu em um desses lugares, sua mãe morreu no parto e não havia nenhum conhecimento de parente vivo do pobre menino. Tratado como um estorvo o menino é mal tratado e jogado de um lugar a outro até cair nas mãos de uma quadrilha de ladrões comandada pelo judeu Fagin.
O órfão começa a ser treinado nas artes da mão leve e o chefe da quadrilha tem planos ambiciosos para o garoto. Logo na primeira chance que Oliver vai para a rua por em prática o que aprendeu as coisas não dão certo e ele quase tem o destino profetizado muitos: a forca.
Só que a sorte de Oliver começa a ter uma mudança e ele será ajudado por pessoas bondosas que cuidarão dele e uma luz no fim do túnel pode ser vista.
“Gradualmente, ele caiu naquele sono tranquilo que somente o alívio de sofrimentos recentes possibilita; aquele repouso calmo e pacifico do qual dói acordar.”
O futuro de Oliver começa a ter um brilho diferente quando um golpe do destino deixa tudo mais escuro. O menino acaba voltado as mãos da gangue e uma nova missão para o pequeno é planejada. Quando tudo dá errado novamente, e achamos que o fim de Oliver está próximo, temos um sopro de mudança para a melhor.
Esse livro foi o meu primeiro contato com Charles Dickens. Tive um pouco de dificuldade em aceitar a ironia com que situações desesperadoras eram tratadas e descritas, cenas tristes e pesadas escritas com um humor ácido. Sofria junto com Oliver, não aguentava ver tanto sofrimento com uma criança.
Lia a história no conta gotas, demorei bastante tempo para engrenar na leitura. Pra mim, a leitura só melhorou a partir de 70% do livro, talvez seja por que o destino de Oliver começou a melhorar e as pessoas que o maltratavam começaram a ter o que mereciam. As reviravoltas que ocorreram no fim do livro me surpreenderam.
“Eu não sabia – replicou o senhor Brownlow, também se levantando -, mas nas últimas duas semanas, fiquei sabendo de tudo.”
Eu gostei muito de como Dickens finalizou a história e não fiquei me questionando o que aconteceu com nenhum personagem porque ele conseguiu dar um final para todos; foi tudo bem amarrado.
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