Carol 23/01/2024"Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão." Mt 24:35O livro oferece uma visão profundamente reflexiva sobre a natureza humana e a trajetória da história. Chesterton argumenta que o homem não é uma criatura comum, mas caminha sobre a Terra com uma presença que o assemelha a um deus do mundo inferior, embora, em muitas ocasiões, seu comportamento se aproxime ao de um demônio. Destaca-se a capacidade única do homem de compreender a sua semelhança com outras criaturas, um aspecto frequentemente negligenciado.
A narrativa se desdobra em duas perspectivas da história mundial. De um lado, há aqueles que enxergam a mente fora do tempo como um espírito um tanto fofoqueiro, dando origem a lendas, folclores e mitos que contam histórias, algumas fictícias, mas muitas verdadeiras. Por outro lado, há aqueles que veem o mundo como um plano e buscam estabelecer um plano humano, representados pelos filósofos e sua atitude filosófica em relação à vida.
No entrelaçar desses dois grupos, entre os contadores de histórias e os analistas dessas narrativas, surge algo aparentemente bom demais para ser verdade, mas que, de fato, é verdadeiro: a boa nova do Deus que veio pessoalmente ao mundo e fundou uma Igreja. Seus seguidores, sacerdotes e fiéis não se veem como criadores de uma explicação ou verdade, mas como mensageiros que compartilham essa boa nova com aqueles que ainda não a conhecem ou que não a aceitam. A Igreja se destaca como uma linha divisória significativa, que desafia qualquer tentativa de comparar religiões, pois não defende uma teoria, mas um fato. Sua missão não é criar esse fato, mas compreendê-lo e transmiti-lo adiante.
A história é uma surpresa inesperada, uma "loucura" que persiste por mais de 2.000 anos, uma extraordinária prova de que essencialmente é uma grande verdade. Enquanto o mundo envelhece, a Igreja parece rejuvenescer, mantendo-se firme e relevante. O incrível Cristo, nascido da alma da cristandade, personifica o bom senso que moldou essa trajetória.