O Lago

O Lago Yasunari Kawabata




Resenhas - O Lago


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afarialima 27/03/2022

O autor desse livro é um renomado escritor japonês, ganhador do Nobel de Literatura e seus livros falam muito de sexualidade, mulheres e morte.
Esse livro te estimula a querer saber o que acontece com o protagonista que é uma pessoa com problemas psicológicos e obsessão por mulheres desconhecidas. Oscila entre memória e atualidade, delírio e realidade.
Achei um livro bom, mas fiquei com um sentimento que o autor não gosta muito de mulheres, impressão, pode ser que o protagonista não goste...
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Heider 08/04/2022

Bom livro
Essa leitura trouxe muitos momentos de desconforto. Poucos personagens são fáceis de simpatizar nesse livro. Acredito que vale uma releitura para refletir melhor sobre os simbolismos da obra.

Ginpei é um personagem triste e persegue a beleza, semelhante aos protagonistas de A dançarina de Izu (o próprio Kawabata) e A casa das belas adormecidas, mas com um lado podre que o torna interessante e repulsivo ao mesmo tempo.

Gostei do desfecho, da imagem do Japão pós guerra, de como a beleza apresentada pelos festivais e a natureza convivem com a parte sombria da prostituição e dos sobreviventes de guerra.

Recomendo para quem não conhece o autor não começar por este.
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Leonardo.Portilio 06/09/2019

A poesia na impossível tentativa de esquecer uma mulher .
Ginpei é um anti-herói. Mas mais do que isso é um personagem dostoievskiano bem construído.Oque de relance pode parecer apenas um vampiro que tenta de alguma forma sugar a juventude das jovens aquém lhe chamam a atenção é na verdade um pedido de socorro a de uma alma perturbada pela velhice(Tema recorrente na literatura de Kawabata) e a recente perda de um amor proibido.É inegável o amor que Ginpei sentiu pela sua prima na infância, e o amor que voltou a sentir por sua aluna anos mais tarde. O crime da pedófila existe para um leitor ocidental sem duvida. Como qualquer um me sinto incomodado quando leio isso em algum romance, mas levando em consideração que a cultura japonesa tem esse certo fascínio com a juventude e beleza idealizado ,principalmente por Kawabata, me leva a crer que seja mais uma questão cultural, ainda sim podendo ser reprendida . Mas como Nabokov fez em "Lolita" , vemos a lado apenas de Ginpei , mesmo que o narrador não seja em primeira pessoa , ele faz questão de apenas transmitir os pensamentos e devaneios de Ginpei sobre os acontecimentos e nos faz mergulhar nos seus traumas e desejos mais íntimos , como o de ter um corpo mais bonito ou apenas ficar admirando a bela quase divina de uma jovem que se encontra as escondidas com o namorado .
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Cello 09/05/2021

Meu pervertido preferido!
A temática pode incomodar bastante quem não tem intimidade com este autor, mas é brilhante, o protagonista tem o vício de perseguir mulheres as escondidas (isto inclui estudantes!), mas também nos é apresentado as vidas particulares destas mesmas mulheres. Tenham paciência com o "stalker" e leia até o fim!
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Nara 04/09/2016

Autor frustrado...
Tenho uma coleção de livros japoneses e orientais e posso afirmar até agora que a escrita japonesa é muito baseada em sentimentos de frustração, inveja (de qualquer bobagem, aliás). Pedofilia está sempre presente. Sempre pessoas malignas de alguma forma são retratadas em livros desse autor. Sinto que é autobiográfico. É o segundo livro de Kawabata que leio e os finais são sempre frustrante. Acreditaria se me dissessem que o autor faleceu antes de terminar a obra. Mas sei que não foi o caso. Eu diria que a leitura não vale a pena em momento algum...
Ingrid 12/06/2018minha estante
Obrigada pela resenha crítica.Cansada de quem passa pano para comportamentos misóginos. Só pela sinopse já fica claro que ele é uma espécie de assediador pervertido.




Keiti.Leles 17/03/2024

O Lago
É misto de sensações a leitura desse livro, o que é maravilhoso, porque é para isso que a literatura serve. Tem várias coisas sendo discutidas aqui, e certamente o contexto em que foi escrita é parte fundamental para se ver todos esses assuntos sobre o melhor ângulo.

Não existe uma linha do tempo linear, o protagonista vem e volta do passado conforme os acontecimentos presentes engatilham determinadas memórias. Talvez seja esse um dos poucos pontos em que o leitor se identifique com um personagem que chega quase a ser impossível não classificar como sórdido. Além disso, só o fato que ele vive a sua vida em busca de uma beleza idealizada, estimulada pela falta que ele sente em si mesmo. Embora tenha sido escrito no contexto do Japão pós-guerra, isso é tão contemporâneo que chega assustar.

É um livro muito curto, com um final abrupto e sem resoluções, mas uma experiência de leitura excelente.
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