Tudo que você não soube

Tudo que você não soube Fernanda Young




Resenhas - Tudo Que Você Não Soube


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Juliana 16/12/2009

A inquietude não tão surpreendente
Depois do ótimo "Vergonha Dos Pés" resolvi desbravar as obras de Fernanda Young e logo parti para "Tudo Que Você Não Soube" por ter me identificado com a sipnose, porém preciso dizer que o que me surpreendeu foi esperar demais de um livro não tão surpreendente assim.

O desabafo é bom, a história tinha tudo pra decolar, mas senti falta de confissões de verdade. Não que não existido confissões, tem sim algumas, porém a maior parte do livro se trata do abstrato das sensações da protagonista. E eu esperava o sórdido, o vil, o secreto que todos temos dentro da gente. Pois bem, não foi suficiente.

O livro é um livro [sim, um livro dentro de um livro] escrito por uma mulher já adulta, que vê nessa forma de expressão a oportunidade de dizer ao pai à beira da morte tudo o que ele não soube. Desde a sua vida no reformatório depois de ter martelado a cabeça de sua mãe levando-a ao coma, até os seus dias presentes onde vive bem sem precisar saber quanto gasta e com seus filhos.

A inquietação da protagonista e seus sentimentos muitas vezes paradoxais geram milhares de trechos fantásticos que em forma de aforismos com certeza recebe a identificação de muitos leitores.

Vale a pena ler, porém é preciso estar com a mente vazia, sem esperar grandes reviravoltas ou atrações. É uma mente humana em particular e todas suas confusões.
rlprofile 05/10/2010minha estante
Vergonha Dos Pés é o típico livro mulherzinha feito para agradar quem lê. É muito legal sim mas em TQVNS é tudo mais real.


Bruna 10/07/2011minha estante
É impressão minha ou essa resenha contém spoilers?




C4nteiros 10/03/2024

Perdida em meio aos participios passados.
A Fernanda Young tem dessas coisas, provocam as palavras a dizer coisas complicadas, bonitas e certeiras.
Apesar de ser meu primeiro contato com a escrita da Young, já sigo apaixonada!
O melhor presente que me dei, foi ter me jogado na escrita nacional há quase dois anos. Sua escrita me lembrou, em partes, o fluxo de narrativa e pensamentos da Carla Madeira e da Salomão Carrara (duas preciosidades da literatura nacional moderna).
Embora tenha acreditado firmemente que, após ler "Uma/Duas" e "A menina quebrada" de Eliane Brum, não mais seria tocada por narrativas sobre mães, filhas e traumas da mesma maneira, Young surgiu e despedaçou meu coração.
O livro é desafiador, belo, mas árduo, cru e dilacerante, não há delicadeza nos eventos vividos, mas há uma poesia intrínseca no trauma retratados.

Obs: lembrei muito da música "Astronaut", do Simple Plan, durante a leitura, uma vez que, a personagem se encontrava tão perdida quanto o eu-lírico da música em busca de socorro.
Vania.Cristina 12/03/2024minha estante
Preciso conhecer. Também adoro os autores nacionais


C4nteiros 12/03/2024minha estante
Acredito que vá gostar, Vânia.




Luann 03/10/2023

"Tudo que você não soube" de Fernanda Young apresenta uma narrativa amarga e desagradável, onde uma protagonista sem nome escreve uma carta ao pai moribundo com um tom de ressentimento constante. A história, narrada de forma desordenada, revela traumas de infância e eventos perturbadores do passado da personagem, mas carece de um senso de redenção ou crescimento. A falta de empatia da protagonista e seu comportamento autodestrutivo podem tornar difícil a conexão com o público, e a narrativa frequentemente parece focar excessivamente no negativo, sem oferecer muitas perspectivas positivas ou soluções. O livro deixa uma sensação de desespero e desolação que pode afastar os leitores em busca de uma experiência mais gratificante.
Gaby 03/10/2023minha estante
Nossa


Gaby 03/10/2023minha estante
Nossa




Fabio.ferraz 28/03/2022

Resenha do livro: "Tudo que você não soube"
O livro traz um relato surpreendente, em primeira pessoa, de uma mulher que escreve para seu pai, que ela não vê há muito tempo e que está à beira da morte. A narradora, que não diz seu nome em nenhum momento do livro, conta sobre sua vida, suas dores, seus sofrimentos, seus piores segredos, tudo nos mínimos detalhes.

Os relatos descritos em si, pela narradora, são chocantes e nos prendem, apesar de ser contado em primeira pessoa e praticamente sem nenhum diálogo (costumo gostar mais de livros em terceira pessoa e cheios de diálogos), porém é um gosto pessoal, rsrsrs. A escrita apesar de forte, é bastante fluida ? o que facilita muito a leitura de um livro com tema tão pesado. Pesado, porque são descritos acontecimentos fortes, como por exemplo, que a narradora tentou matar a própria mãe a marteladas.

No geral, esse é um livro triste, sobre relações familiares tensas. É observável a mágoa e o desprezo que a narradora sente pelos seus país. É um livro que permite que o leitor se conecte com a protagonista e com as suas dores de maneira muito intensa, e mais do que isso: permite que o leitor se conecte mais com ele mesmo, com suas próprias dores ? cria um laço, uma identificação.

Dei 3 estralas e meia. Não sou muito fã de romances. Meus gêneros preferidos são suspense e terror, de preferência com assassinatos, mas recomendo a leitura do livro, principalmente por acreditar que muitas pessoas vivem as mesmas angústias e tristezas vivenciadas pela narradora e que, dessa maneira, muitos irão se identificar com a história.
anabeavila 28/03/2022minha estante
?




_eoguigo 23/02/2022

Tudo que você não soube
Ler este livro não é só uma leitura, é uma EXPERIÊNCIA.

Me conectei com a protagonista e com suas dores de uma maneira tão intensa sem nem que eu percebesse.

Tem uma escrita bem árdua mas fluida e citações muito boas, fortes e emocionantes (o poema meus amores!!!!).
juli 23/02/2022minha estante
nossa preciso ler!




vinizambianco 21/04/2024

[sobre mães abusivas, relacionamentos dolorosos e um martelo]

Tudo Que Você Não Soube chegou ao meu conhecimento em uma navegada pelo TikTok e logo assimilei Fernanda Young como a gênia por detrás de ?Os Normais?, uma das minhas séries favoritas de comédia, e tendo aproximadamente 140 páginas e uma história interessante, resolvi dar uma chance.

O livro é narrado através de cartas de uma personagem a seu pai que está à beira da morte, nessas cartas e memórias ela relembra acontecimentos da sua vida, criação e de como eventualmente quase assassinou a mãe, isso não é um spoiler pois é algo dito logo no início do livro.

A narração e a escrita da Fernanda são muito boas, é uma história crua que é contada sem muita cerimônia, a protagonista vai desmembrando a história com muita amargura e ressentimento pelo que seus pais fizeram com ela e eventualmente ela fez a si mesma, ela solta o verbo mesmo, sem papas na língua nós testemunhamos anos de uma mãe narcisista, um pai ausente e uma dor que dura até hoje na fase adulta dela.

Um aspecto negativo, ou não tão bom, é que devido a história ser muito ?amarga?, muitos aspectos dela são mais difíceis de digerir o que faz com que a leitura se torne truncada, e como a personagem principal não é das mais gostáveis, ela se torna maçante.

Com uma história simples, mas ao mesmo tempo impactante, Fernanda Young sabe muito bem como escrever e contar uma história, o ritmo se torna fatigante em alguns momentos, fazendo com que nos afastamos dele, a protagonista não é confiável e isso faz com que nos sentimos mais próximos, e assim como no título, ficamos sabendo o que nunca soubemos, mesmo sabendo que existe muito mais coisas por vir depois de um grande desabafo.
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Diego 26/10/2009

intenso e arrebatador!
Excelente livro. Nos coloca em contato com as dores mais profundas e as relações familiares mais tensas, em um caleidoscópio de emoções. Amo Fernanda Young, essa mulher é brilhante!
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Caroline 27/11/2010

Muito repetitivo, parece que não chega a lugar algum.
A personagem principal fica se lamentando o livro inteiro.
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mayaramatos 23/05/2011

Tudo o que você já sabe...
Eu desisti do livro na metade. Não é que a história seja ruim, nem nada disso: tem frases de impacto,e até dá pra criar identificação com a personagem. O que acontece é que na metade ele começa a virar mais do mesmo, a história não evolui e não prende mais a atenção. Vou tentar ler em algum outro momento diferente da vida.
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Larih 11/03/2013

Quando achava que nada poderia chegar perto de Aritmética, me vem 'tudo que você não soube'. Lindo, chocante, triste, forte, intenso.
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Valnikson 04/04/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Tudo Que Você Não Soube
No seu sétimo romance, 'Tudo Que Você Não Soube', Young se utiliza pela primeira vez de uma narração em primeira pessoa, criando um contato mais direto com as relações familiares conturbadas que retrata. Os acontecimentos desvelados ao longo da obra são as reflexões de uma protagonista de meia idade, mãe de dois filhos e de casamento estável, que decide escrever uma carta para seu pai que está à beira da morte. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2014/02/24/23-tudo-que-voce-nao-soube/
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Lista de Livros 12/06/2016

Lista de Livros: Tudo Que Você Não Soube - Fernanda Young
“Tente imaginar, pai, o susto que é ser uma garota. Na rua, somos cantadas, em casa, somos reprimidas. Querem-nos belas, mas nos agridem se tentamos. Somos violentadas sob a capa do afeto. Parece discurso feminista, eu sei. Mas não há como evitar: ser menina é um problema. Mais um. Principalmente, para as meninas que nascem aqui no Brasil, uma país onde a mulher, além da obrigação de ser bonita, tem a obrigação de ser a dona da alegria. Aqui, mulher tem que fazer comida e fazer charme. Tem que ter coragem e bunda. Tem que saber sambar e saber o seu lugar. Uma barbárie. Aposto que você nunca tinha pensado sobre isso, tinha? Nenhum homem pensa. Eu penso. Sobre como nos querem festivas e subjugadas. Efusivas e caladas. Dadas e reservadas. O Brasil é macho, muito macho. É o pau-brasil, o bumba-meu-boi, o saci-pererê, o berimbau, o futebol e o caralho a quatro. E as meninas brasileiras são criadas para seguirem em frente sem perceber o quanto são ridicularizadas. Aqui é pior que na China, na Índia, países onde as mulheres são oficialmente inferiorizadas. Aqui, se disfarça. Somos enganadas, levadas a crer que ser menina é isso mesmo: tomar na bunda sorrindo. Metáfora forte demais? Não, nem é metáfora.”
*
Mais em:


site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2016/05/tudo-que-voce-nao-soube-fernanda-young.html
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@gugugb 07/07/2017

Young tem aqui seu melhor momento! Livro coeso, duro e emocional.
Recomendo!
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cacai 04/06/2018

“Tudo o que você não soube”, de Fernanda Young, é um livro difícil de ser lido. Quem já teve seus atritos familiares – independente das dimensões –, na adolescência ou em qualquer outra etapa da vida, se sentirá tocado, assim como os que se sensibilizam pelos dramas alheios. Com o perdão do trocadilho, a leitura é uma martelada no peito cuja dor ecoará de maneira diferente em cada um. É, acima de tudo, um livro sobre relações familiares, com uma escrita muito fluida, apesar de densa e dolorosa - inclusive não creio ser uma leitura recomendada para quem possa estar passando por momentos delicados.

"Meu fígado se revira, em busca de desopilar a química desse remédio, que é desabafar em verbo, e meu estômago arde e regurgita, porque palavras como as que sou obrigada a usar são indigestas até para frias miseráveis desgraçadas, como eu."

A narradora, da qual não sabemos o nome, está escrevendo um livro para o pai à beira da morte. Sua intenção é revelar tudo o que ele não soube em relatos permeados por um ódio e uma mágoa gigantescos.

“E eu faço questão de que você vá para o inferno sabendo como foi paga a sua passagem.”

O texto mescla acontecimentos passados e presentes. A cada parágrafo vamos conhecendo um pouco mais da verdadeira história e tentando entender o que a levou a dar os passos que deu, incluindo as atrocidades das quais foi capaz. A narrativa segue um fluxo de consciência com muita associação livre, assemelhando-se quase a uma sessão de terapia. A própria narradora reconhece que se tivesse feito análise poderia ter evitado a escrita do livro.

"Por essas e por outras que nunca fiz análise. Imagino um cara tentando decifrar meus eventuais silêncios, dizendo-me que sou como areia, que escorre entre os dedos ao fecharmos a mão. Areia é a puta que o pariu. Posso ser tudo, menos areia. Por acaso, areia se transforma? Areia melhora como pessoa? Não. E eu me transformo, eu melhoro como pessoa."

Em muitas resenhas alguns leitores revelam ter sentido muito ódio da narradora. Meus sentimentos foram dúbios, difíceis de serem classificados - alternando entre pena e repulsa. Como uma das passagens diz, todos são vítimas e algozes na mesma medida.

"Eu acho que todo mundo tem razão. Esse é o ponto que torna a discussão infundada. Não a de vocês, todas."

Se o leitor tentar colocar-se no lugar da narradora - mesmo sabendo tratar-se de uma peça ficcional o exercício é válido - poderá compreender o peso da falta de suporte para lidar com as cobranças na juventude. Do pouco que sabemos do histórico dos pais - incluindo a perda de uma filha - também podemos avançar alguns passos no entendimento de o porquê seguir determinado modelo de criação.

"Mas não eliminarei os conflitos; são inerentes à minha personalidade. Se eu te escrevesse uma receita de bolo, viria toda conflituosa em seus ingredientes. Aliás, esta é a chave da boa narrativa. Por que Shakespeare sempre será o melhor de todos os tempos? Porque sacou, antes de qualquer um, e mais do que ninguém, a fagulha primordial. Sem conflito, não há nada que interesse."

Talvez o que toque tanto no livro é a certeza de que pais sempre erram, por maiores que sejam seus esforços de acertar. Sentir raiva deles por isso pode até ser um sentimento comum a muitos filhos, mas basta umas sessões de análise e doses de maturidade (que só o passar dos anos trazem) para entender que as razões ocultas que movem comportamentos poderiam muitas vezes serem perdoadas. E ao fazer essa reflexão, não há como não lembrar de Legião Urbana: "Você me diz que seus pais não te entendem/Mas você não entende seus pais/Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo/São crianças como você."
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Mateus 21/05/2019

Um livro difícil de ser digerido. Conflitos familiares? Quem nunca passou por isso?!

O livro nos trás um pensamento que talvez sejamos fracos demais, para entendermos o valor e a real importância de perdoar e sermos perdoados. Entender o motivo e poder do amor.
No decorrer da histórias vamos entendo os motivos que levaram a personagem principal a fazer o que fez. (Não que devemos concordar com tal ato. Mas isso vai de cada um)
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