spoiler visualizarblonde 05/07/2021
Alguns clichês não precisam ser escritos.
Namorei 'I Think I Love You' por semanas até finalmente criar a coragem de comprar. Acreditei que seria mais um lindo clichê sáfico de aquecer o coração e, infelizmente, estava muito errada.
Se os personagens secundários não possuem personalidade, você consegue ignorar e focar nos principais, mas quando ambos têm a personalidade de uma porta, no que você segura? Essa é a sensação de ler I Think I Love You - nenhum personagem te prende e te deixa apaixonado, nenhum personagem neste livro se tornará seu comfort character.
Se até então você acredita que pelo menos os clichês devem ter sido desenvolvidos de uma forma, você está errado! Tudo é feito da maneira mais pobre e irritante que você pode imaginar. O enemies to lovers não faz o menor sentido (as personagens são rudes uma com a outra sem a menor razão, o que te faz pensar se é apenas uma trope que a autora tentou escrever sem fundamento para chamar atenção), os amigos tentam juntas as duas da maneira mais infantil possível e que apenas funcionou pois a autora precisava continuar o plot, sem contar o climax que poderia ter sido facilmente resolvido se as duas não agissem como crianças no fundamental apenas para avançar o plot.
Sophia e Emma não possuem química, e durante o livro você começa a se questionar se elas sequer deveriam estar no mesmo grupo de amigos. Todos os plots que juntavam os personagens envolviam um romance que era impossível de achar interessante, como se suas vidas fossem resumidas a namoros e crush's.
Em resumo, diferente de 'She Drives Me Crazy' de Kelly Quindley, 'I Think I Love You' não soube desenvolver seus clichês e seus personagens, deixando furos e zero química entre os personagens. Se o que você procura é um bom romance sáfico, não leia.