Os Bestializados

Os Bestializados José Murilo de Carvalho




Resenhas - Os Bestializados


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Ronny 27/08/2016

Bestializados ou Bilontras?
José Murilo de Carvalho em seu livro se fundamenta em problematizar as formas de manifestações de cidadania por parte dos populares da cidade do Rio de Janeiro no período inicial da chamada “primeira república”, e entender a dicotomia entre o que os setores da elite esperavam do povo e a forma que o mesmo encontrou para exercer sua cidadania. Em que o autor trás a frase do propagandista da república, Aristides Lobo, que classificou a população como pacifica que ficou bestializada enquanto era feita a proclamação da república. Relato esse que é a inspiração do nome do livro de José Murilo.
Em suma, José Murilo de Carvalho aborda nesse período de transição para república, como o novo governo buscou se moldar nos ideais europeus e como a população pobre respondeu a esse governo que os preceitos culturais e sociais europeus não se encaixariam na população carioca. E como essa falta de compreensão do outro fez com que o governo, a elite, a mídia e povo não se entendessem, e buscassem no outro uma ação ou reação que posteriormente os frustrariam.
E o autor consegue trazer de forma fluida e simples, que os conflitos e ações tanto do estado quanto do povo carioca do inicio da república não se diferenciam como um todo da forma como a população e o estado agem perante a política, sendo o primeiro sempre uma soma de indiferença e revolta violenta e segundo a mistura de exclusão, ganância e falsa inocência.
José Carlos 02/07/2018minha estante
a obra os bestializados de José Murilo de Carvalho pode ser baixado em PDF no site CDB centro de distribuição do pensamento brasileiro www.cdpb.org.




Regina Alonso 01/08/2009

História do Brasil
Para quem quer saber mais sobre História, sobre escritores da época. Análise moderna do ato da feitura da nossa república e como o povo era completamente desligado do acontecimento político
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Ocelo.Moreira 22/07/2011

Livro bem conservado e sem rasuras.
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Vivi 05/01/2012

O BRASIL NÃO TEM POVO, TEM PÚBLICO?
A frase que intitula esta resenha: o Brasil não tem povo, tem público, dita pelo escritor Lima Barreto, não foi a única expressão de descontentamento dirigida aos brasileiros no inicio da primeira República. Aristides Lobo, entusiasta da República afirma em carta ao Diário popular de São Paulo: “…o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”. Da mesma maneira afirmou o biólogo francês Louis Couty, diante do mesmo evento, “O Brasil não tem povo”. É a partir desse sentimento, de decepção, diante da (não) participação popular nos acontecimentos que culminariam na república que José Murilo de Carvalho lança o problema central do livro: discutir o relacionamento entre o cidadão e o Estado, o cidadão e o sistema político.
O livro “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi” foi publicado em 1987 e traz uma coletânea de artigos do mesmo autor publicados em periódicos na década de 1980. Sociólogo, José Murilo de Carvalho traz como referencial teórico, o também sociólogo T. H. Marshall, referencia central no que diz respeito à cidadania. Marshall distingue três dimensões básicas da cidadania, a saber: a dos direitos civis, a dos direitos políticos e a dos direitos sociais. Essas dimensões são especificas do caso inglês, no Brasil, afirma Ângela de Castro Gomes, o acesso aos direitos de cidadania não seguiu essa seqüência clássica e sempre dialogou com os exemplos europeus e norte-americanos, ou seja, continua a autora, em nossa experiência pode-se dizer que ocorreu uma espécie de superposição de demandas por direitos, especialmente após a proclamação da República .
O pensamento de Bryan S. Tuner, também contribui na construção do argumento de José Murilo. Tuner apresenta as diferentes tradições de cidadania a partir de dois eixos principais, o primeiro indica a direção do movimento que produz a cidadania: de baixo para cima ou de cima para baixo . Enquanto o segundo se apresenta a partir da dicotomia público/privado, ou seja, a cidadania pode ser adquirira dentro do espaço público, mediante a conquista do Estado, ou dentro do espaço privado, mediante as afirmações dos direitos individuais . A partir dessa análise José Murilo de Carvalho enquadra o Brasil, juntamente com a Alemanha, dadas as suas especificidades, na visão de cidadania construída de cima para baixo dentro de um espaço privado .
O livro, como já foi dito, é uma coletânea de artigos que buscam entender quem eram, qual o imaginário político e as práticas políticas que permeavam as pessoas que viveram os primeiros anos da república. Para tanto o livro foi dividido em cinco capítulos que serão tratados a seguir.
O primeiro capítulo intitulado O Rio de Janeiro e a República, apresenta a capital do país nos primeiros anos da república, suas transformações políticas e sociais. Neste capítulo o autor justifica a escolha da cidade como objeto de estudo, sendo esta a maior cidade e capital política, econômica e cultural do país (p. 16).
Dialogando com o problema central do livro, José Murilo traz um panorama da população, quem eram, como moravam, como lidavam com os problemas econômicos, etc. Todos esses fatores estavam interligados com as ideologias trazidas da Europa e as esperanças vindas do novo regime, a possibilidade de intervir na política. No entanto, pouco tempo depois essas esperanças caíram por terra, o novo regime não foi bem recebido pelo proletariado que não sentiu as mudanças quanto ao novo regime e a monarquia atingiu seu mais alto índice de aprovação. Diante destas situações, segundo o autor, formou-se não uma república, mas “repúblicas”, nas quais o poder do Estado ousará, mas não conseguirá dominar.
Repúblicas e cidadania, lança-se o segundo capítulo, que tem por objetivo verificar o problema da cidadania. A nova mentalidade do cidadão burguês, com sua sede insaciável pelos lucros, se mostra de forma crescente na república, enquanto que a última distingue cada vez mais seu povo.
A república se tornara uma “pátria” na qual seus filhos eram divididos em cidadãos ativos e inativos, os primeiros além dos direitos civis possuíam também os direitos políticos, quanto aos segundos, restavam-lhes o direito da cidadania. A nova ordem tornou-se antidemocrática e resistente aos esforços democratizantes. As várias frentes que constituíam o movimento republicano geraram as “várias concepções de cidadania” que o autor apresenta, o exercito formara o soldado-cidadão – variação da constituição norte-americana que defendia o direito do cidadão se armar contra o estado – enquanto que os operários do Estado geraram aquilo que José Murilo chama de “estadania”, quando a cidadania requer apenas os direitos civis e sociais e rejeita os direitos políticos, cabendo ao Estado – paternalista – conceder esses direitos. A decepção com a república logo aparece e os movimentos anarquistas apresentam uma rejeição à ordem política e, conseqüentemente rejeitam a cidadania.
Após avaliar as propostas de cidadania José Murilo afirma que esta deve ter como contraponto “o estudo dos candidatos a cidadãos e das praticas concretas de participação política” (p. 66). O autor desenvolve seu objetivo a partir da visão que os estrangeiros tinham do povo brasileiro e questiona o modelo de povo que estes buscavam. Para responder a esta questão estabelece-se no livro o envolvimento que o povo tinha diante das práticas políticas e chega-se a conclusão de que o termo certo a se adotar seria “povos”, o Brasil não tinha povo, no singular, mas sim povos e entre estes apenas o “bom povo” participava das práticas políticas. Dentre esses povos, existiam os bons e os maus, os bons seriam aqueles que se enquadravam do modelo europeu de “cidadão”. Para avaliar o termo “povos” o autor, através dos censos, define a população fluminense. Essa população na avaliação do autor está dividida entre brasileiros e estrangeiros, sobretudo portugueses, e entre os brasileiros “grande parcela se colocava fora do mundo organizado do trabalho, numa situação em que era difícil a percepção dos mecanismos que regiam a sociedade e a política” (p.83).
Ainda avaliando a participação popular na política o autor analisa o eleitorado do Rio de Janeiro e observa que o novo regime regrediu quanto à ampliação dos direitos políticos, chegando mesmo a excluir 80% da população do direito político do voto. Além deste, outro agravante diminuiu a participação política dos cidadãos aptos à votar, a auto-exclusão, esta se dava por dois motivos: as fraudes eleitorais e a insegurança. Assim, a partir dessas conclusões José Murilo afirma: “o Rio não tinha povo” este “dedicava suas energias participativas e sua capacidade de organização a outras atividades. Do governo queria principalmente que o deixasse em paz” (p. 90).
No capítulo seguinte o autor tenta capturar o que seriam os direitos e deveres na relação entre indivíduo e Estado a partir de uma das “outras atividades” nas quais o povo “dedicava suas energias participativas”: a revolta da vacina. Após uma extensa narrativa da revolta, José Murilo tenta identificar “os revoltosos” e conclui que “a composição da multidão variou de acordo com o desenrolar da revolta” (p. 124). Dentre os revoltosos encontravam-se, num primeiro momento, operários, comerciantes, estudantes, militares e pivetes. Num segundo momento destacam-se os operários de grandes empresas e as “classes perigosas”.
Identificados os revoltosos José Murilo dedica-se na busca pelos motivos da revolta. Com relação aos militares o autor levanta o pretenso assalto ao poder, consenso na historiografia. Dois outros motivos são levantados, um de ordem econômica motivado pela crise geral deixada por Campos Sales, e outro ocasionado pelas reformas urbanas no centro do Rio. Os dois motivos logo caem por terra quando o autor apresenta como explicação mais óbvia a obrigatoriedade da vacina. Afirma José Murilo “A reação à vacina servira para desencadear um protesto muito mais vasto e profundo” (p.134), pois este fundamentou-se em razões ideológicas e morais. Ideológicas para os membros da elite, para os quais os valores representavam os princípios liberais e liberdade individual, no qual um governo intervencionista não cabia. Morais para o povo, pois “os valores ameaçados pela interferência do Estado eram o respeito pela virtude da mulher e da esposa, a honra do chefe de família, a inviolabilidade do lar” (p. 136). Assim, o inimigo não era a vacina, mas sim o governo.
Por fim, no último capítulo José Murilo apresenta o que ele chama de mundo “real”, aquele que estava sob o formal. Ao mesmo tempo em que o governo tentava criar formas de convivência, o “povo” criava as suas próprias e “nessas condições as normas legais e as hierarquias sociais iam aos poucos se desmoralizando, constituindo-se um mundo alternativo de relacionamento e valores” (p.159). E quando esse mundo alternativo era ameaçado através da repressão geravam-se em resposta as revoltas. José Murilo termina o capítulo com a seguinte afirmação: “O povo sabia que o formal não era sério… a República não era para valer” (p. 160).
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Franco 16/02/2012

Retrato de hoje
Continua sendo a cara do povo brasileiro: os bestializados, como naquele dia da proclamação da República, que ninguém sabia o que era, e nem a finalidade da pompa das tropas.
José Murilo de Carvalho mostra em sua pesquisa o momento de crise do Império e escreve este clássico essencial para a compreensão da construção da República no Brasil.
O retrato de um Rio de Janeiro em plena efervescência, com cortiços, desempregados, anarquistas, positivistas e uma tal de República, que prometia igualdade entre essa turma toda...
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Ricardo 28/06/2012

De onde vem a indiferença política do brasileiro
O livro de José Murilo de carvalho é uma excelente análise do período que sucedeu o início do período da República e a participação, quase irrisória, popular no Rio de Janeiro que foi o palco das principais manifestações e revoltas do país. É interessante traçar um paralelo da tão criticada apatia política do brasileiro atualmente com a falta de engajamento e idealismo do povo já naquela época. Tanto que um exemplo que o autor explorou onde ocorreu a maior revolta popular foi justamente na "Revolta da Vacina" e segundo este, o que de fato motivou esta rebeldia foram muito mais questões morais do que ideológicas
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Gui 30/03/2013

Excelente!!!
O modo didático com que José Murilo de Carvalho faz esse brilhante livro me impressiona. O Brasil tem povo? Se tiver, são bestializados? Ou seriam apenas bilontras?
Excelente, vale a pena ler a tese.
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Wagner 12/09/2013

LEVAR A POLÍTICA Á SÉRIO !

(...) O povo sabia que o formal não era sério. Não havia caminhos de participação, a República não era para valer. Nessa perspectiva, o bestializado era quem levasse a política á sério, era o que se prestasse à manipulação. Num sentido talvez ainda mais profundo que o dos anarquistas, a política era tribofe. Quem apenas assistia, como fazia o povo do Rio por ocasião das grandes transformações realizadas a sua revelia, estava longe de ser bestializado. Era bilontra. (...)

in: CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados – o Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Companhia das letras, 2009. (pg 160)
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Guarilha 27/01/2014

No final do século XIX, um golpe militar derrubou a Monarquia e instaurou a República no Brasil sem qualquer participação popular, fato que decepcionou alguns dos defensores do novo regime. Segundo eles, o povo assistiu a tudo bestializado e por muito tempo permaneceu à margem de qualquer participação política, especialmente no Rio de Janeiro, capital e centro cultural do país. Seria uma visão preconceituosa de estrangeiros e de brasileiros elitistas ou culpa do próprio sistema?

O brasileiro não gostava de política, não se via como participante ativo do governo e não se sentia parte integrante e importante do Estado; mas era capaz de enfrentá-lo se julgasse que sua intromissão extrapolava certos direitos, especialmente morais e econômicos. A República, por não corresponder aos anseios do povo e por mantê-lo distante do processo eleitoral, ganhou sua apatia.

Neste livro, José Murilo de Carvalho, um dos mais importantes historiadores brasileiros, dá uma aula de sociologia. Com base em vasta documentação e com o auxílio de várias tabelas, ele mostra um panorama do Brasil do início do século passado, e explica as razões que levaram o brasileiro a ser tão apático à participação política, mas muito interessado nas associações, nas festas, no samba e no futebol.

Embora o livro dê um panorama do brasileiro que acabou de sair de uma Monarquia e entrar na República, o que nele está escrito – a linguagem é acadêmica, o que torna a leitura por vezes cansativa – pode ser aplicado ao brasileiro de hoje que, apesar de estar um pouco mais integrado ao governo, ainda está bestializado.
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GeanPerius 22/08/2017

Atualíssimo.
Este livro reflete a história que estamos vivendo atualmente no Brasil, com o povo novamente bestializado ante os mandos e desmandos do governo federal sem a participação popular. Assim como em 1889, repetimos uma República alegórica e nada representativa. O autor ainda narra as manifestações populares na "Revolta da Vacina", além de imagens da época. Recomendo.
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João Luiz 28/08/2017

Final do século XIX, abolição da escravatura, Proclamação da República, um período de efervescência na história do país. Uma análise rica em detalhes dos acontecimentos que transformaram o Brasil e no meio disso tudo, uma população totalmente desligada da política (não muito diferente de hoje...), greves, motins e a grande Revolta da Vacina que agitou a cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. Um excelente material para quem tem interesse em aprofundar na história do país.
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Bela 16/11/2017

Glória à farofa, à cachaça, às baleias
"Glórias a todas as lutas inglórias
que através da nossa História
não esquecemos jamais (...)

Mas faz muito tempo"

Nada mais apropriado que terminar de ler este livro um dia após o feriado da República. Faz muito tempo, mas é sempre ocasião de evocar e desconstruir uma historiografia escrita pelos vencedores a que aludiu Walter Benjamin.

Pra quem busca um retrato do Rio de Janeiro florianista, marcado pela fratura entre República oficial e "Pequena República", recomendo a deliciosa leitura de Os Bestializados. José Murilo nos mostra, a cada capítulo, que havia muito mais que um "povo bestializado, atônito e surpreso".
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Francy Amaro 04/07/2019

Considerações Sobre Os Bestializados
A abolição da escravidão e a proclamação da República trouxeram grandes mudanças no país, ocorreu o aumento no número de habitantes na capital, devido a migração em busca de trabalho. . Esse capítulo reverbera-se em descrever a atuação dos anarquistas nesse processo, ao passo que os divide em anarquistas comunistas (defensores da luta por meio de sindicatos) e anarquistas individualistas (defensores da luta através da iniciativa individual e espontânea). o autor observa a opinião diferenciada de estrangeiros e intelectuais republicanos em relação ao povo carioca, através de censo. O combate à obrigatoriedade também se deu principalmente na imprensa, destacando-se os jornais Correio da Manhã e o Comércio do Brasil. Esse capitulo sobre a Revolta da vacina é um dos mais iteressantes do livro. O povo bestializado era aquele que levasse a política a sério, era o manipulado; a política era tribofe. Já o bilontra era aquele esperto, que apenas assistia o desenrolar da política, do governo, como fazia o povo do Rio. Nesse âmbito, o povo do Rio não era bestializado, e sim bilontra. É um livro que merece destaque por trazer o questionamento dos fatos histórico e sociais da época de uma Republica que não foi como deveria ser segundo os anseios dos idealizadores republicanos.
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Kekeu 02/01/2020

Título
Infelizmente 'Os Bestializados' é atemporal.
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Alipio 24/06/2020

Bestializados
"E o povo assistira a tudo Bestializados"

Famosa frase de Aristides Lobo, diante do seu desapontamento como a maneira pelo qual o novo regime foi proclamado. Sem compreender o que se passava, totalmente alheio aos fatos políticos em curso, imagindo o movinento como uma parada militar.
A Republica objetivava a entrada do povo na política, a abolição dos privilégios da coroa e um Governo eleito. Tratava-se da primeira grande mudança do regime político após a Independência em 1822.
O Rio de Janeiro, Capital da República do Brasil, teve um grande impacto devido ao crescimento populacional, as condições de vida e problemas de habitação eram caóticos tanto em quantidade quanto em qualidade. Nos meses de calor, devido à problemas de abastecimento de água, saneamento e de higiene, a situação se agravava com surto de epidemias. A cidade tornava-se insalubre.
pelo lado econômico e financeiro, as coisas também não estavam boas. Para conquistar a simpatia ao novo regime, o governo começou a emitir dinheiro sem nehum lastro, gerando uma febre especulativa e uma inflação generalizada já em 1892.
Ainda no primeiro capítulo, o autor dá umas " pinceladas" sobre os primeiros movinentos de greves, sobre os Jacobinos e a tentativa de matar o presidente da República em 1897. Perseguições, prisões e deportações dos capoeiras que eram marginalizados pelo regime.
A República das letras, também não tivera no novo regimel uma relação pacífica. Olavo Bilac, Guimarães Passos e outros, tiveram que fugir para não serem presos.
Em 1904, A lei da vacinaçào provocou na população do Rio, capital da república, a revolta da vacina. na percepção da população humilde ( instigada por movimentos contrários ao Governo), a lei ameaçava a honra do lar, pois estranhos estariam vendo e tocando os braços e coxas de suas mulheres e filhas.
porque razão a República capitalizou e remodelou cidades, mas não permitiu que se formassem cidadãos? Se o Rio de Janeiro era a séde e a cidade ideal do projeto republicano, poque razão ali mais do que em outro lugar se boicotou deliberadamente as possibilidades de consolidação da cidadania?
O fim fo Império e o iníciio da República foi um período de grande movimentação de idéias, algumas mal absorvidas ou absorvidas de modo parcial ou seletiva gerando grande confusão ideológica

Para José Murilo de Carvalho, "o Brasil sofre de Alzheimer coletivo".

Obra imprescindível para a historiografia brasileira.
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