Território Lovecraft

Território Lovecraft Matt Ruff




Resenhas - Território Lovecraft


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Julia 06/02/2024

Completamente diferente da série, mas igualmente interessante
Eu assisti a série, me apaixonei e já logo quis ler o livro. Me surpreendi demais quando vi que o livro tem muito pouco do que foi mostrado na série, em alguns pontos para melhor e em outros para pior.

A história é muito interessante e gosto como o autor deu espaço para que todos os personagens brilhassem, eu alguns pontos eu senti falta de um pouco mais de conexão entre eles durante a história, mas adorei como todos puderam brilhar pelo menos um pouco.

Assim como na série, acho que a Hippolyta é um dos personagens com a melhor história, e não apenas por ser muito interessante, mas também por ela ter uma história muito coerente e ter uma evolução que todos gostaríamos para ela.

O contrário acontece com Ruby, que, a meu ver, teve um dos piores desenvolvimentos. Ainda que ela carregue um dos debates mais importantes do livro, a personagem em si não se desenvolve e termina praticamente do mesmo jeito que começou, o que me deixou muito decepcionada, principalmente porque eu gostaria de ver as irmãs Dandridge se reaproximando.

Poderia passar o resto do dia comentando sobre coisas que gostei mais no livro e coisas que gostei mais na série, mas, em geral, eu achei duas mídias muito diferentes. Tem, sim, cenas que achei melhores de um jeito ou de outro jeito, mas isso não quer dizer que a minha menos favorita é ruim. Um grande exemplo disso é o capítulo focado na Hippolyta que foi muito diferente de como foi abordado na série (até mesmo o gênero utilizado para contar a história), mas, mesmo tendo gostado mais da abordagem do livro, na série é feito de uma maneira muito especial também.
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sulamita.hiib 04/02/2024

Fantasia, humor, justiça e terror
Tenho que dizer que esse livro foi uma surpresa muito boa pra mim, pois aborda temas como a história dos EUA e o racismo gritante ligado a ela, além de trazer também fantasia e terror nesse pacote.
Matt Ruff consegue criar uma história tão interessante e desafiadora, com personagens que você odeia com tanto afianco enquanto há outros que você adora e se torna um fã.
Fiquei apaixonada pela escrita, ( sou suspeita a falar pois sou apaixonada por história e fantasia, e também adoro ver racistas de merda indo pro seu lugar de direito que é o inferno) é uma ótima leitura que te coloca em um universo paralelo que ao mesmo tempo traz tantos cenários que acontecem até os dias de hoje.
E como é citado na sinopse do livro, " um vulto de branco é mais assustador se for um fantasma ou um membro da Ku Klux Klan?"
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Lua 29/01/2024

Comecei a ler por causa da série e acabei gostando mais ainda dessa história. Adorei que no livro foca mais nos outros personagens e não só no Atticus e como cada um tem sua importância na história.

Bem escrito, fácil de ler uma e com uma narrativa que te faz querer ler mais
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spoiler visualizar
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cwwral 20/01/2024

Terror e realidade
A realidade é muitas vezes mais assustadora que a ficção.

Esse livro fez algo que eu amo: utilizou-se de elementos do terror como alegorias para medos e situações reais. Esse aspecto existencial e cósmico associado ao terror do Lovecraft, de uma forma ou de outra, também é sentido por meio do racismo, em um mundo que se vira contra a sua própria existência apenas pela cor da sua pele. Como alguém é capaz de lutar contra a própria realidade?

Esse livro lida com esses aspectos da vida racializada, com personagens que lutam pelo direito de continuar a viver, independente de quão cruel o mundo pareça. Várias cenas desse livro me tocaram profundamente.

Acho que para pessoas que gostam de ler clássicos do terror no geral é um livro que vale muito a pena. Raramente lemos na perspectiva de pessoas negras nesses tipos de histórias, e também aprendi muito com as perspectivas dos personagens.

(Entretanto acho que ele acaba muito rapidamente e deixa alguns aspectos no ar, pouco explorados e rasos. Mais uns 200 páginas ou uma continuação seria bom kkkk)
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Lali 15/01/2024

O pano de fundo da segregação racial da um peso muito maior à fantasia e ao suspense de Ruff. As histórias se interligam de maneira fluida, nada forçada. As personagens são todas ricas e interessantes, e em seu momento de protagonismo, realmente assumem esse papel. História extremamente bem construída e conduzida.
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JenniferIRSouza 14/01/2024

Atticus Turner é um negro nos Estados Unidos segregados dos anos 50. Portanto ao investigar o desaparecimento do pai e outros mistérios Lovecraftianos, sobrenaturais e alienígenas, o maior obstáculo são as pessoas brancas que encontra no caminho. Diante de tantas ameaças surreais, seu maior medo ainda é ser morto por um homem branco.
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Vinicius.Garcez 07/01/2024

Uma bela surpresa
Gostei bastante da leitura, é um livro muito bom no todo, sua construção seriada aparenta funcionar mais como uma obra cinematográfica e seu final apressado me deixou meio decepcionado.
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juciele.dutra 04/01/2024

Bom
Adorei a história e a forma que o autor escolheu de a escrever, também jurava que o primeiro conto me lembrava algo e ao ver que era o filme corra fiquei bem feliz
Os contos também me faz pensar muito sobre o racismo na época da ambientação da história e nos dias de hoje
Deixando mjuro a leitura
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Matheus.Campos 31/12/2023

Enfim concluí, quase um ano após ter começado. Início de tirar o fôlego, infelizmente não consegue manter o ritmo até o final.
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Fabio Shiva 29/12/2023

CONTRA O TERROR DO RACISMO, O DESTEMIDO PROTAGONISMO NEGRO!
Alguns livros nascem de ideias geniais. Esse é certamente o caso de “Território Lovecraft”, livro que devorei em um permanente estado de euforia e deleite. É maravilhoso quando a Literatura serve ao elevado propósito de mudar positivamente o mundo, ao mudar a consciência das pessoas. E quando isso é feito pela via lúdica, por meio de histórias atrativas e bem contadas, meu desejo é aplaudir de pé, até arrancar o couro das mãos!

H. P. Lovecraft foi um escritor estadunidense celebrado como um dos mestres do terror, ao lado de Edgar Allan Poe. Eu sempre achei as histórias dele meio pomposas e artificiais, mas é inegável a força imaginativa que legou ao mundo toda uma mitologia moderna, que vai do deus-monstro extradimensional Cthulhu ao livro demoníaco “Necronomicon”, que acabou ganhando existência “real” para além das histórias do autor. Quando tomei consciência do racismo explícito na prosa de Lovecraft, contudo, desisti de continuar tentando gostar de lê-lo.

Mas foi justamente esse racismo o estopim para a explosão de criatividade de Matt Ruff nesse livro. Criatividade significa encontrar novas conexões entre elementos até então não relacionados. Uma boa definição para o “Território Lovecraft”, concebido por Ruff como uma extensa área dos Estados Unidos na década de 1950 que abriga dois tipos bem distintos de terror: o sobrenatural e o racismo. Essa ambiguidade foi muito bem resumida na chamada publicitária da editora:

“Um vulto de branco é mais assustador se for um fantasma ou um membro da Ku Klux Klan?”

O livro é estruturado na forma de contos sequenciais, que compõem a narrativa mais extensa de um romance. Apesar do tema horrorífico e horroroso, as histórias seguem mais a linha da aventura, sendo bem acessíveis ao público jovem e adolescente. E ainda não falei do ingrediente principal: a família e os amigos de Atticus, que protagonizam as aventuras. Atticus é um jovem negro, mas já veterano da Guerra da Coreia, que descobre ser possuidor de um legado de família muito poderoso e, ao mesmo tempo, muito perigoso. Isso o leva em uma jornada de autodescoberta através do “Território Lovecraft”, encarando assombrações e enfrentando o ódio racista. Sua família e seus amigos o acompanham em sua jornada, cada qual contribuindo com sua parcela de coragem e personalidade para vencer os desafios do sobrenatural e da intolerância.

E aqui está uma das melhores sacadas do livro: acostumados a lidar diariamente com a monstruosidade do racismo, Atticus e cia. nem piscam ao lutar com monstros, fantasmas e outras criaturas, que afinal são bem menos apavorantes. Sensacional!

Algumas das cenas de racismo são tão grosseiras e agressivas que a princípio imaginei que fossem um recurso estilístico do autor, para realçar por meio da hipérbole a violência racista. Mas que tristeza foi constatar que não houve exagero, e sim pesquisa. Uma das cenas que achei rudes demais para serem verdadeiras foi a menção às “cidades do poente”, que existiram de fato:

“Entre 1890 e 1968, estabeleceram-se nos Estados Unidos milhares de cidades em que a livre circulação era permitida apenas a brancos. Os habitantes (brancos) eram autorizados a apedrejar ou mesmo atirar nos negros que andassem nas ruas após o pôr do sol.”

Outra surpresa (essa feliz) foi descobrir que o autor Matt Ruff é branco. Renovei minha esperança ao saber disso. Percebo algo como um movimento coletivo para reescrever e ressignificar a história humana por meio da ficção, de forma a lhe atribuir novas perspectivas e possibilidades. Isso vai desde a adoção de elencos multiétnicos em filmes e séries de cunho histórico à pura reinvenção da história pela ficção, que tem em Quentin Tarantino um de seus mais célebres experimentadores, com filmes como “Django Livre”, “Era uma vez em Hollywood” e, principalmente, “Bastardos Inglórios”. Outro magnífico exemplo dessa recriação ficcional é o livro “The Underground Railroad (Os Caminhos para a Liberdade)”, de Colson Whitehead, que virou uma ótima série do Prime Video (https://youtu.be/_Pq5Usc_JDA?si=x6OO_BRxEFHNRoOz).

Pensar nisso me fez lembrar da importante fala da filósofa Sueli Carneiro:

“Todos os brancos são beneficiários do racismo, mas nem todos são signatários.”

Taí uma frase que deveria ser estudada em todas as salas de aula do Brasil. Na medida em que as verdades profundas e necessárias que ela sintetiza forem se firmando na consciência dos brasileiros, teremos certamente lindas manifestações nacionais com o mesmo brilho e relevância que o “Território Lovecraft” de Matt Ruff.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/12/contra-o-terror-do-racismo-o-destemido.html



site: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/
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Naiana 28/12/2023

O que seria mais apavorante: uma seita, bestas espaciais ou uma sociedade racista?
Confesso que meu interesse pelo livro ocorreu quando a série foi lançada, pelo titulo, Território Lovecraft, acreditei que o livro teria um foco bem forte nos contos e horrores Lovecraftianos, então resolvi ler inicialmente os contos de Lovecraft para entender as possíveis referências que haveria no livro.

E como me surpreendi, a princípio comecei caçando as bestas espaciais de Lovecraft na história até que percebi que a alusão a Lovecraft estava muito além de seus monstros, seitas e horrores espaciais, a referência estava muito mais associada a sociedade racista, que incluí Lovecraft como seu representante, presente na década de 1950.

O livro é escrito em forma de contos, sendo cada conto narrado sob a perspectiva de um personagem diferente, mas que possuem relação com Atticus, que seria o principal protagonista das histórias, mesmo não estando nesse papel em todos os contos. A história se inicia com o resgate do pai do protagonista Atticus, que ao buscar as raízes de seu filho se depara com uma seita ocultista permeada de atos de atrozes e racistas, iniciando a cadeia de eventos que levam aos próximos contos.

Mas o que seria o Território Lovecraft? O nome faz alusão tanto a região onde ficaria a cidade fictícia de Arkham, de onde se ligam os diversos contos de Lovecraft, como ao racismo, misoginia e xenofobia deste, assim como o elemento de mistério e horrores presentes em suas histórias, mas aqui apresentados sob outra perspectiva.

Matt Ruff soube escrever sua série de contos correlacionando muitos dos elementos de horror de Lovecraft com o racismo presente na década de 1950, levantando sempre a questão do que seria mais aterrorizante, ter contatos com seitas ocultistas, demônios, fantasmas e bestas espaciais, ou viver numa sociedade segregacionista e extremamente racista. Cada conto inicia com um trecho de um evento da história ocorrido no início do século XX nos Estados Unidos que evidenciam a segregação e genocídio da população negra na época, a partir de então se desenvolve o conto e sua relação com a ficção Lovecraftiana e de outros autores do gênero horror.

O autor ainda aborda as diferenças nas vivências do racismo vivido pelos personagens homens e mulheres, no qual a estas estava incluído o elemento do machismo além do racismo.
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lele_ticia 15/12/2023

Quando li a sinopse imaginei uma história completamente diferente e uma história só, na qual os capítulos completariam os capítulos anteriores. Bem, não digo que eles não se completam, mas abordam acontecimentos diferentes na vida dos personagens, que no final, acabam todos se interligando.
Lendo a sinopse, imagina-se que o livro girará entorno do resgate do pai de Atticus, mas isso se resolve logo no primeiro capítulo e o que nos deixa a dúvida do que acontecerá a seguir se o plot sugerido pela sinopse já foi resolvido?
A cada fim de capítulo era um baque diferente, o que me fez ficar cada vez mais imersa na história, além de que achei uma boa estratégia os capítulos serem dessa forma, assim me fez ficar apegada cada vez mais pelos personagens e não saber o que sentir por alguns ou se podia confiar ou não (cof cof Braithwhite)
Talvez o final tenha sido corrido, porém fiquei por longos minutos raciocinando a esperteza dos personagens e foi a cereja do bolo que conquistou meu coração.
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Junior 20/11/2023

Que maravilha de livro
Eu amo Lovecraft e isso me faz ser bem crítico às obras que fazem referência a ele, obviamente esse livro foi fantástico, a questão do alfabeto de Adão, meio que lembrei do alfabeto enoquiano, a questão da matéria negra, as máquinas estranhas, nossa que livro bom, eu gostei das descrições de personagens e também de cenários, geralmente não gosto de descrições mas neste livro está equilibrado. O livro tem uma atmosfera de seitas, mistérios de ocultismo, tudo de bom. Aleluia arrepiei...
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Malu 07/11/2023

Esse livro tem altos e baixos. O elemento principal da história, que gira em torno da maçonaria foi um pouco difícil pra me comprar, mas em compensação os personagens são todos cativantes.

Adorei que cada capitulo era voltado a perspectiva de um personagem, fazendo o leitor se aproximar de todos por igual.

O livro parece conter vários contos que se interligam, especialmente quando no último capítulo todos os personagens se reúnem.

Foi uma leitura positiva, alguns momentos de embrulhar o estômago com a temática racial.
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