Poemas completos de Alberto Caeiro

Poemas completos de Alberto Caeiro Fernando Pessoa




Resenhas - Poemas Completos de Alberto Caeiro


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Samu 12/01/2023

A incrível filosofia
Fernando Pessoa nunca decepciona.Esse livro conta com diversos poemas que mudam a sua forma de enxergar o mundo , a natureza e a vida. Ele exige somente que você aprecie cada palavra. Vale muito a pena dedicar seu tempo a está obra.
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anne 04/01/2023

?amar é a eterna inocência?
Alberto Caeiro utiliza bastante a metáfora em seus versos, um estilo presente na linguagem com a função de elevar o discurso, por conta de o seu caráter literário ser nobre. O que deixa seus poemas lindos e fáceis de compreender.
No início do livro é contada sua história e toda biografia, é bem interessante. Recomendo muito!
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Leandro.Bonizi 19/12/2022

Alberto Caeiro é considerado mestre de outros dois heterônimos de Fernando pessoa e de ele mesmo. Álvaro de Campos, em um poema em sua homenagem, o define como "flor acima do dilúvio da inteligência subjetiva.

É um poeta de extrema simplicidade. Faz uma poesia antipoética com uma filosofia de vida antifilosófica. Despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que "pensar é estar doente dos olhos". Refletir sobre como as coisas são é entrar num mundo complexo, desnecessário e problemático onde tudo é incerto e obscuro. O único modo de conhecer o mundo é através dos sentidos de forma objetiva e natural "Penso com os olhos e com os ouvidos". Seu maior prazer é apreciar a beleza da natureza, sem pensar no ontem ou no amanhã:

"Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar"

Pensar é um grande empecilho para captar a realidade "Pensar incomoda como andar à chuva / Quando o vento cresce e parece que chove mais". Não acredita em Deus:

"Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(...)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol."

E não acredita que as coisas são mais como mostram-se ser, por isso não acredita em nenhum sentido oculto e em nehum mistério sobre elas. As coisas têm existência apenas, são diferentes uma das outras, mas não faz nenhum juízo do que é melhor ou pior.

E por conhecer o mundo através dos sentidos, "Sei a verdade e sou feliz", demonstra que aproveita muito a vida e é fascinado por ela:

"E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."

Com essa concepção to mundo, possui serenidade até diante da morte:

"Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências."

E nesse verso muito bonito, diz para dar valor ao que temos:

"Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia."

Tendo nascido em Lisboa, em 1889 e morrido em 1915, mas que viveu quase toda a sua vida no campo, com uma tia-avó idosa, porque tinha ficado órfão de pais cedo. Era louro, de olhos azuis. Como educação, apenas tinha tirado a instrução primária e não tinha profissão.
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Carol 18/06/2022

incrível como Fernando Pessoa cria um estilo e uma personalidade para cada heterônimo. ainda não conheço muitos outros, mas Alberto Caeiro me cativou. seu olhar sobre a Natureza, as coisas que são ou não são, o significado delas ou a falta de significado entraram na minha mente e me fizeram questionar como está o meu ver para onde meu olhar repousa.

muitas vezes perdemos o tempo de apreciar a vida e tudo que a compõe para dar um motivo oculto à tudo que nos cerca. Caeiro me ensina a parar e aproveitar pelo menos um pouco do meu caminho, sem pensar nos por quês.
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Acho que Alberto Caeiro possui a fórmula da felicidade, apesar de eu achar difícil de aplicar. Não só eu, mas para seus "discípulos": Álvaro Campos, Ricardo Reis e o próprio Fernando Pessoa.




Danily 08/06/2022

Perfeito! Alberto Caeiro, o mestre, talvez seja o meu heterônimo preferido de Pessoa. Simplesmente perfeito.
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Ele também foi o meu favorito por muito tempo! Mas me identificava mais com Álvaro de Campos




dieipi 04/06/2022

o poeta da minha vida.
Creio que irei morrer.
Mas o sentido de morrer não me move.
Lembro-me que morrer não deve ter sentido.
Isto de viver e morrer são classificações como as das plantas.
Que folhas ou que flores têm uma classificação?
Que vida tem a vida ou que morte a morte?
Tudo são termos onde se define
A única diferença é um contorno, uma paragem, uma cor que distingue,
[uma (?)
[Um verso ilegível e incompleto.]
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Me vêm a cabeça outros dois poemas que transmitem serenidade diante da morte.




Lettruce 02/06/2022

Este livro é muito bom, tem um vocabulário complexo e confuso, confesso tive dificuldade de ler
Mas os poemas são muito bons
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Lia 30/04/2022

Foi o primeiro livro de poemas que li sem obrigação e valeu muito a pena. Vou ler de novo com certeza para estudar mais e tentar entender os sentidos da poesia de Alberto Caeiro.
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karlinismo 28/04/2022

Um gênio atormentado
Em minha experiência com Fernando Pessoa, penso que sua personalidade e como desenvolveu-se sua vida inteiramente, é algo de mais fascinante e digno de atenção que sua própria poesia, ou, sua poesia por si mesma, se me expresso assim melhor.
Raramente ele é capaz de compôr um sentimento universal, que atravessa e atinge a todos os homens. E isso, ao meu ver, é uma mediocridade.
Sua mente sempre confusa e instável tornou-se um objeto ao qual me debruço com certa obsessão.
Leio-o, sinto-o, e encontro-me, sem falta, entre a compaixão e o desprezo. Não raras vezes, abandono-o, jurando não mais a ele voltar, para, mais uns dias após, ver-me vertendo lágrimas de sincera comoção com mais um de seus poemas. Nem mesmo eu compreendo essa relação!
Ele foi o que foi. Nunca vestiu máscaras e, nu, deitou-se sobre as palavras. Talvez por isso ame-o e dele não possa desistir.
Deixo aqui um pouco do que amei:
"O Pastor amoroso
(...)
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor...
Tu não me tiraste a Natureza...
Tu não me mudaste a Natureza...
Trouxeste-me a Natureza para ao pé de mim.
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as coisas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Só me arrependo de outrora te não ter amado."

Fernando Pessoa, meu louquinho.
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Manu5 15/04/2022

Bom..
Primera vez lendo Fernando Pessoa, gostei porém prefiro poesia, achei a escrita ok, porém não sou muito fã de poemas, então vou ler poesias com certeza vai ser melhor.
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lezinha 13/03/2022

meu livro de poemas favorito! já conheci alguns soltos que li na escola ou pela internet mas lê-los em ordem, tudo em um único livro é uma experiência completamente diferente. Eu adorei a visão da natureza, do presente e da vida que o autor apresenta. 5 estrelas facilmente.
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Lorena329 25/02/2022

Caeiro, um homem entregue à infinita variedade das sensações
?Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro,
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural ?
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe rasgado.?


Apenas leiam.
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Bruna 13/01/2022

Essa edição de Alberto Caeiro está muito completa; com diário de um clássico, mostrando a vida e a intimidade de Fernando pessoa, possui também contextualização histórica com modernismo, português e além de tudo isso uma entrevista imaginaria com Alberto Caeiro.

No fim também tem um suplemento de atividades, para ser respondido e praticar o conhecimento.

Indicação de poema: Quando vier a primavera.
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EduardaMarquess 11/01/2022

Sem sombra de dúvidas, fazer um comentário acerca dessa belíssima obra é algo um pouco complicado, especialmente devido ao misto de emoções causadas durante a leitura.

O livro é profundo do início ao fim, a genialidade de Fernando Pessoa, digo, de Alberto Caeiro, é inegável.

Foi o meu primeiro contato com o autor, em 2018, desde então, vez ou outro releio trechos, mas finalmente, em 2023 decidi reler o livro inteiro, continuo achando-o genial, agora com mais ressalvas que outrora.

Há trechos que sinto vontade de emoldurar e colocar na parede do quarto, outros sinto vontade de retirar do livro para descartar.

Enfim, apesar de nossas ideias de mundo serem tão distoantes, o poeta da natureza tem um lugar especial na minha estante, e, espero que ?quando vier a primavera?, ele continue aqui. Pois caso não, talvez a flores possam não florir da mesma maneira, digo isso como alguém ?doente?.
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Liv 12/12/2021

"Poemas completos de Alberto Caeiro"
Nunca tinha lido nenhuma obra do Fernando pessoa, não sei exatamente como elas funcionam, mas até que eu gostei dessa.
Eu amo poemas, mas pra falar a verdade não consegui me conectar tanto com o ponto de vista de "Alberto Caeiro", discordo bastante de alguns pensamentos, e acho que as coisas devem ser simples, mas não a nada de errado em procurar uma "profundidade" nelas.
A leitura é bem fluída, e tem frases bem interessantes.

"Ah, como os mais simples dos homens
São doentes e confusos e estúpidos"
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