Poemas completos de Alberto Caeiro

Poemas completos de Alberto Caeiro Fernando Pessoa




Resenhas - Poemas Completos de Alberto Caeiro


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Carmem.Toledo 20/04/2016

Provocações poéticas
Esta coletânea traz um dos mais belos textos de Fernando Pessoa: "O guardador de rebanhos". Em sua poesia, o autor - por trás de um de seus heterônimos - provoca o leitor, através de um atrevimento que tem a beleza de uma resposta de criança. Não chamaria isso de inocência, mas de revelação do óbvio que não costuma ser questionado.
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Thananda 04/01/2016

Simples e direto
Um dos heterônimos de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro considera-se um poeta da Natureza e escreve sobre sua forma real, sem enfeites, sem poetismo, sem sentimentalismo, sobre a realidade pura, sem símbolos, sobre ver e apenas ver, sobre sentir e ouvir sem pensar. Caeiro é um homem do campo, por ser o menos culto dos heterônimos, tem um estilo seco e simples de se expressar, simplicidade essa que faz seus poemas grandiosos. O autor é um poeta materialista, que duvida da existência da alma no ser humano. Ele nos convida a simplesmente viver. Não pense, não rotule, não teorize. De acordo com ele, quem garante que somos melhores do que as pedras e as flores? Somos diferentes, mas melhores? Difícil dizer...
Nada realmente importa.
"(...) Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros. Quer para fezer o bem, quer para fazer o mal. A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos. Querer mais é perder isso, e ser infeliz..."

Recomendo.
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Fê Atihe 22/01/2015

A extrema naturalidade e a simples, porém notável eloquência deste heterônimo abriram portas para mim na literatura poética, que, não sei ao certo o porquê, sempre foi um terreno acidentado demais para que eu pisasse.

"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol;
Ambos existem, cada um como é."
José Henrique 22/01/2015minha estante
Fiquei com vontade de ler


Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Para mim também, foi o livro que me introduziu na poesia, que li quando era adolescente para estudar vestibular e fiquei fascinado.




Gabriel Leite 31/07/2014

Acho que a grandeza dos poemas do Caeiro está justamente na sua simplicidade. Pensar é estar doente dos olhos e, por mais impossível que essa missão (a de não pensar) nos pareça, ao ler o heterônimo de Pessoa fica claro que essa também é a nossa única chance de tentar entender o mundo, já que a filosofia não é nada perto dos sentidos.
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Nanju 05/01/2014

Citação
"Vive, dizes, no presente, Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade; Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente? É uma cousa relativa ao passado e ao futuro. É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem. Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema. Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas. Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar. Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las; Vê-las até não poder pensar nelas, Vê-las sem tempo, nem espaço, Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê. É esta a ciência de ver, que não é nenhuma."
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Iza cristina 02/07/2013


Fernando pessoa é um dos grandes nomes da literatura portuguesa. Com vários heterônimos destacam-se: Alberto Caeiro, Álvares de campos e Ricardo reis, sem falar no próprio Fernando pessoa.

O livro “poemas completos de Alberto Caeiro” traz temas que tratam das sensações, do pensar, sentir, das flores, da natureza. Alberto Caeiro é considerado o mestre dos demais heterônimos. Sua poesia conta com uma simplicidade e é desprovida de métrica e rima.

A linguagem é simples e direta e busca o objetivismo absoluto, isto é, “as coisas são como são”. A obra compõe-se em três partes: o guardador de rebanhos, o pastor amoroso e poemas inconjuntos.

Particularmente acho Fernando pessoa um gênio da literatura, esse livro é ótimo e vale apena ser lido principalmente se você gosta do campo, da natureza, da realidade pura e principalmente de poemas. Creio eu que você refletira e viajará junto com os poemas.
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Israel145 07/04/2013

Poesia é um gênero literário que exige dedicação e a busca da leitura deve ser nivelada com o grau de dificuldade da obra ou do autor. Talvez por isso meu relacionamento com Fernando Pessoa não seja dos melhores. Me considero imaturo para lê-lo e aproveitar, pois simplesmente não consigo. Foi assim com “Mensagem” e agora com esse “Poemas completos de Alberto Caeiro”.
Alberto Caeiro foi um dos pseudônimos do Pessoa. Essa faceta e considerada a faceta materialista e suas poesias são sobre a natureza das coisas que nos rodeiam. Mas não de um jeito poético como conhecemos e sim de um jeito realista e desapaixonado. Poesia é escapismo assim como várias artes. Se quiser contemplar uma pedra e dizer que esta é simplesmente uma pedra não seria preciso um livro de poesia pra isso. Bastaria procurar uma no quintal ou na rua.
De forma alguma consegui gostar desse livro. E pretendo passar bem longe do Pessoa por um bom tempo. Prefiro continuar lendo os simbolistas e tendo sensações agradáveis com um pouco de beleza na poesia.
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Isabel Figueiredo 20/03/2013

O melhor dos heterônimos
O melhor dos heterônimos de Fernando Pessoa. Caeiro de valores simples e pensamento rico...não há como compará-lo ao qualquer outro livro, místico e fortalecedor. Uma leitura indispensável a todos que querem conhecer a obra de Fernando Pessoa.
Segue um dos poemas do livro:

"V - Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora."

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Fernando Puro 20/12/2012

Alberto Caeiro: O Mestre!
Alberto Caeiro é deveras o mestre. Ele transmite, numa linguagem demasiada simples, uma filosofia completa. Filosofia esta que se constitui na ausência do pensamento; na sensualidade, ou seja, no sentir, em vez do pensar.

Pessoa era um ótimo astrólogo, e Alberto Caeiro representa o elemento fogo no mapa astral feito para ele. Isto é, Caeiro é a intuição, o fogo que queima, o momento! Por isso ele tanto valoriza o instante, no maior estilo "Carpe Diem".

Embora o livro possua uma linguagem simples, não é certo dizer que o mesmo é de fácil entendimento, pois o jogo de ideias lançadas pelo Caeiro pode parecer complexo à primeira vista, de modo que é mister, em certas circunstâncias, dar uma pausa entre uma poesia e outra, para se digerir o que acabou de ser lido.

Indico a todos a leitura dessa magnífica obra!
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Mila F. @delivroemlivro_ 27/08/2011

Divagações das sensações...
Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Entretanto, Caeiro, é considerado o mestre de todos os outros heterônimos inclusive do próprio ortônimo de Pessoa. Caeiro é o poeta da natureza, um poeta sem metafísica, que vê as coisas como elas são sem pensar muito já que “Pensar é essencialmente errar” (p.116).
Nesta coletânea de poemas de Caeiro somos apresentados a um poeta cuja suas poesias são inspirações da natureza, suas poesias são de uma objetividade e de certa forma racionalidade incríveis. Suas poesias estão arraigadas nas sensações: "Talvez quem vê bem não sirva para sentir” (p.87) já que "Sentir é estar distraído." (p.105).
Nesta obra temos três poemas “O Guardador de Rebanhos”: “Sou um guardador de rebanhos./ O rebanho é os meus pensamentos/ E os meus pensamentos são todos sensações./ Penso com os olhos e com os ouvidos/ E com as mãos e os pés/ E com o nariz e a boa.” (p.38); “O Pastor Amoroso”: "Amar é pensar./ E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela./ Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela." (p.86); e “Poemas Inconjuntos”: "Uma vez amei, julguei que me amariam,/ Mas não fui amado./Não fui amado pela única grande razão - / Porque não tinha que ser." (p.104).
Esta obra com certeza tem um halo inspirador. Sem sombra de dúvida, Fernando Pessoa é um poeta de imensurável importância para a literatura não só portuguesa, mas mundial. Sendo assim, indico a leitura dessa obra para todos os amantes de poesia, para aqueles que buscam inspiração e conseguem ver nas palavras motivos para viajar, Caeiro nos proporciona uma viagem maravilhosa!

[por: Camila Márcia]

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joedson 15/12/2010

ALBERTO CAEIRO

mais alma que corpo do olho
pra dentro que só via fora
o brilhante sol de oiro
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Lígia Guedes 10/08/2010

Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoa
Poemas completos de Alberto Caeiro-Fernando Pessoa

"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

CAEIRO, Alberto, pág.11 - poemas completos / Fernando Pessoa - São Paulo : Nobel, 2008.
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Marlo R. R. López 11/01/2010

Meu livro de cabeceira.
Simples, direto, certeiro e bonito.

"Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros/
quer para fazer bem/
quer para fazer mal."
Gabs 19/06/2015minha estante
meu preferido,acho:
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança, se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."




Aline 30/12/2009

Metafísico do início ao fim. Mostra um pouco como as pessoas, em geral, racionalizam o mundo, tentam explicar tudo e acabam, na verdade, complicando o que é simples.
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