Tu não te moves de ti

Tu não te moves de ti Hilda Hilst




Resenhas - Tu não te moves de ti


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HonorLu 28/12/2021

Ainda que tu se movas
Tu não te moves de ti foi até então a leitura em Hilst que mais me prendeu (em temos de totalidade). Nas outras obras, um outro conto/texto caía numa densidade que me demorava dias para concluir o texto, para atravessá-lo. Tu Não Te Moves de Ti me transpassou muito naturalmente, excitante. A prosa de Hilda aqui parece ter alcançado uma maturidade única. Pretendo voltar a esses textos, sempre.
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Antônio 28/10/2021

Nos 3 contos que compõem a obra, personagens de um conto aparecem em outro e vamos entendendo a intenção da Hilda em colocá-los no mesmo livro, pois todas as histórias tratam da busca pela convivência com si mesmo a partir de 3 existências totalmente diferentes: um homem que vive pela razão, uma mulher que vive pela emoção e um homem que, apesar de racional, teve contato com a emoção a partir de relatos de pessoas que sofreram com a ditadura militar.

Hilda aponta os problemas nas três vivências (em viver só pela razão, só pela emoção e até mesmo em um equilíbrio), mas uma coisa é fato para os 3 personagens centrais: ?ainda que se mova o trem tu não te moves de ti?. Ainda que aconteça o que tiver que te acontecer, você não pode escapar do inevitável destino que é ser você mesmo.
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Paulinha 21/09/2020

Poemas
Quando estava no colégio adorava poemas mas os poemas da Hilda são bem complexos.
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Nat 31/03/2020

Tu não te moves de ti
O livro é composto por 3 novelas que inicialmente aparentam não ter conexão, mas ao decorrer da leitura percebemos que Tadeu? da razão, Matamoros?da fantasia e Axelrod?da proporção, contam com algumas influências sob as outras.
Na primeira novela temos Tadeu, homem de meia idade que já não suporta mais a rotina que leva, não se identifica com a esposa, com o trabalho, nem com tudo que conquistou na vida, então, temos o primeiro enredo baseado nessas crises existenciais.
Na novela seguinte nos deparamos com Matamoros, que desde criança tem a necessidade de tocar em tudo?seja nos morangos ou nos meninos da vila, e ser tocada?por si mesma ou pelos garotos, sendo assim, o desenvolvimento se dá envolvendo sua mãe e um homem, já que desde a infância está habituada com esse ?meio social?.
Para encerrar, a terceira novela nos apresenta Axelrod, um professor de História que se depara com várias questões profundas sobre a vida e os fatos ocorridos ao longo da existência humana. Além disso, um dos preceitos abordados nesse capítulo é responsável por dar nome ao livro, que para mim é de longe um dos títulos mais lindos!
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Julia Toscano 26/06/2019

É de uma linguagem sensível e, ao mesmo tempo, brusca. Esse fluxo de consciência na narrativa é como um presente ao(a) leitor(a), um chamado para que ele(a) se atreva a corporificar a própria vida. Hilda é quase divina!
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Victor.Riker 24/07/2018

eu não me movo de mim e foi isso que escrevi
decidi hoje escrever sobre a obra ''tu não te moves de ti'' de hilda hilst. esse texto é o primeiro que escrevo aqui no skoob. antes de começar o texto devidamente quero dar um aviso: eu não pretendo escrever do jeito que acho que se escrevem resenhas, mas do jeito que for necessário pra expressar a minha relação com a obra e dito isso:
“Para onde vão os trens, meu pai? Para Mahal, Tamí, para Camirí, espaços no mapa, e depois o pai ria: também para lugar algum meu filho, tu podes ir e ainda que se mova o trem, tu não te moves de ti.”- Hilda Hilst
o livro lançado em 1980 é o quarto livro escrito em prosa pela autora e é dividido em 3 contos (túlio, da razão/metamoros, da fantasia/axelrod, da proporção) que num primeiro olhar parecem não ter muita relação, mas que depois se conectam e fazem da obra uma grande teia de aranha de histórias que a cada leitura vai se mostrando mais profunda e cativante. o que mais me chamou atenção na obra é o conceito de ciclo e de repetição. o nome tu não te moves de ti entrega a linha de pensamento que conduz todos os 3 contos: você não pode fugir de si mesmo, dos seus defeitos, dos seus erros. TUDO continua sendo você. ainda que você fuja, ainda que você se esconda. TU NÃO TE MOVES DE TI. ainda que você tente. TU NÃO TE MOVES DE TI. dentro dessa confusão toda de imobilidade móvel uma ideia que adoto como filosofia pessoal, mas sinto que as pessoas de um modo geral têm medo até de considerar como uma possibilidade, me veio a tona: a aceitação da sua sombra. do seu lado negativo. daquilo que quer te destruir. ainda que você se mude pro outro lado do país, você NÃO vai fugir de si mesmo. o máximo que você pode fazer é lidar com o problema, resolver ele. você nunca vai fugir. a realidade é uma ilusão criada por nós mesmos.
eu recomendo imensamente esse livro graças ao meu fascínio pela genialidade da autora de sempre retratar temas tão complexos e interessantes de uma forma tão descontraída, perturbadora e cômica as vezes. leiam. leiam. leiam.
avaliação? : 5 notícias falsas de 5 notícias falsas.
texto por: não sei e nem quero saber.
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Gabs 18/02/2018

Uma grande obra de uma grande escritora
Esse foi meu primeiro contato com a escritora, da qual acredito que os trabalhos mais marcantes sejam os poemas. Tu não te moves de ti é um livro em prosa, mas a linguagem é tão bem explorada, que eu diria que é mais difícil de ler e interpretar do que um poema. Em fluxo de consciência eu já havia lido Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar (que citei no post das 7 melhores leituras de 2017), mas Tu não te moves de ti é o famigerado discurso indireto livre, totalmente mais difícil de ler e que exigia de mim que eu lesse a mesma página algumas vezes, para tentar extrair o máximo do texto. Hilda Hilst não é alguém que você consegue ler meio que distraída, é uma autora que vai exigir toda a sua atenção e nem assim você vai conseguir extrair tudo (e acho que isso é impossível mesmo). Certamente foi a leitura mais desafiadora que eu já fiz, mas posso dizer que valeu a pena e que foi um bom primeiro contato com Hilda Hilst.

O livro é dividido em três partes: Tadeu (da razão), Matamoros (da fantasia) e Axelrod (da proporção). Na primeira parte, Tadeu é um executivo bem-sucedido de meia idade, que está infeliz com o casamento e com a vida que leva, de um modo geral. Ele na verdade gosta de literatura e se arrisca a escrever um pouco, mas é constantemente podado pela sua esposa, que quer que ele continue sendo um executivo de sucesso, para que ela mantenha sua boa vida. Tadeu passa boa parte do livro em um devaneio, em que ele entra em um universo que me pareceu um asilo, mas acho que isso vai da interpretação de cada um. Nesse universo, ele entra em contato com algumas pessoas, dentre elas Maria Matamoros, que é a narradora da segunda parte do livro.

Em Matamoros (da fantasia), a protagonista, desde criança, sente um imenso prazer em tocar e ser tocada (sim, Hilda Hilst escreve muitos textos obscenos). Em um dado momento, ela conhece um rapaz, que passa a chamar de Meu, e o leva para a casa dela. Tudo caminha bem, até que ela passa a desconfiar de que ela está sendo traída pela própria mãe.

Em Axelrod (da proporção), o protagonista é um professor de história, que, durante uma viagem de trem para a casa de seus pais – o mesmo local onde viviam Maria Matamoros e sua mãe –, lembra constantemente da infância e de suas viagens de trem com o pai. É dessa parte do livro que surge o título do livro “Tu não te moves de ti”, querendo dizer que, não importa quão longe de casa estejamos, nossa essência sempre estará conosco.

site: https://alemdaquartacapa.wordpress.com/2018/02/14/tu-nao-te-moves-de-ti-hilda-hilst/
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Shay Burti 11/08/2016

"Há pouco pensava que não mais te veria, e muitas vezes te verei em outras."
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Adriana Scarpin 06/03/2016

O brilhantismo de Hilst definitivamente não tem limites, numa união metafísica as três novelas dialogam entre si transmutando tempo e espaço numa infinda crise existencial tripartida e catártica.
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EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: TU NÃO TE MOVES DE TI
(...) Hilda me ensina a tocar as coisas sem banalizá-las? Cava em mim a profundidade de poço vivo, fosso nu de água, com a poesia a correr e borbulhar o mais secreto do segredo vazio, visões de um fim de tarde na janela com os cães a roçarem as faíscas de azul ao laranja do parapeito sem fim. Hilda Hilst me ensina a falar com a voz do mundo? Como seria? (...)

site: www.eurac.com.br
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