Carolina 03/11/2023
O sacrifício da multidão de vidas que poderíamos viver e que, no entanto, não vivemos.
"É preciso compreender a minha obra, que eu não sou um autor de farsas, mas um autor de tragédias. E a vida não é uma farsa, é uma tragédia. O aspecto trágico da vida está precisamente nessa lei a que o homem é forçado a obedecer, a lei que o obriga a ser um."
Lembro perfeitamente quando vi uma criadora de conteúdos sobre livros postar uma resenha (e alguns trechos marcados do livro) e que de imediato já me veio em mente aquela vontadezinha de conhecer o Pirandello. E, claro, eu não poderia estar mais certa de que essa leitura seria luz para os meus olhos e um despertar em minha mente. O tipo de leitura que eu amo absorver, ter como um gás de estudos — de vida? Talvez. Tal como diz Luigi, ele não se considera um filósofo e nem pretende ser, mas que de fato esse livro foi rico em trechos filosoficos ah isso foi.
Eu realmente fico muito contente de reservar minutos (ou até horas, quando dá) do meu dia, para poder ler algo tão bom e tão enriquecedor pra alma. E nesse feriado pude concluir mais um que posso colocar com tranquilidade na lista dos meus favoritos. Um, nenhum e cem mil, nos mostra o quanto o humano é limitado em suas escolhas, mas o autor vem nos trazendo as cem mil possibilidades de termos essa harmonia individual. O sentimento do nosso equilibrio moral. Pirandello nos mostra que tudo na vida passa, vida, tempo, amores, feições. Mas o que nos torna unicos e que se mantem intacto são as nossas individualidades como pessoas.