Afirma Pereira

Afirma Pereira Antonio Tabucchi




Resenhas - Afirma Pereira


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Fernanda Sleiman 06/08/2020

Maravilhoso
Surpresa fantástica

Eu devorei em horas. Trata de conflitos políticos sem o peso do tema, mas consegue impactar mesmo com uma narrativa bem simples. Surpreendente.
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Lucas1429 28/08/2020

Afirma Lucas que você deveria ler esse livro
O trabalho editorial da TAG é primoroso. A capa como se fosse composta de azulejos é simplesmente uma das coisas mais fantásticas que já vi, e de fato se sente a diferença entre um azulejo e outro ao tocar. Fora que é linda. Gostaria de focar, porém, no texto em si. Afinal, o o livro é uma obra prima.
A maneira de contar a história, como um depoimento transcrito pela polícia faz com que a leitura seja compreendida de várias maneiras. Você passa o livro todo tentando entender se aquilo não quer dizer mais que apenas uma maneira de escrever e não significa algo em específico para o destino do personagem. O ritmo fica fantástico também, afirma Lucas que essa tirada do autor foi genial.
A história em si versa sobre muito, solidão, passado, companheirismo, empatia, política, religião. Tudo de maneira leve e ao mesmo tempo sólida. Uma aula sobre humanidade que começa com um jornalista na Lisboa de 1939 tentando sobreviver a sua própria alienação quando inquietações religiosas o põe em contato com um jovem mais a esquerda do que seu conforto gostaria de aceitar.
A leitura é rápida e prazerosa, penetra profundamente na confederação de almas que lê cada página contigo. Para terem ideia da capacidade de imersão do livro, quando estava quase o terminando tomei uma limonada - o que quase nunca faço - sem perceber que imitava o personagem.
Recomendo a leitura a todos.
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Kelly.Cris 26/08/2020

Texto interessante, narrado em 3a pessoa e quem lê-lo entenderá o título do livro. Mas a estória é tão morna quanto seu personagem principal.
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Renata Barreto 01/12/2020

O livro traz a história de uma pessoa que ?não gostava de política? e por isso tentava se abster de posicionamentos e se manter afastados dos conflitos gerados pelo avanço do autoritarismo. Demonstra que não se posicionar é também um posicionamento e não sai mais barato pra quem fica em cima do muro. Achei irritante esse tom de boletim de ocorrência que o livro tem com o ?afirma Pereira? sendo repetido. A história é interessante, a leitura é fluida, mas não foi um livro que me cativou.
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Dani 17/10/2021

Uma delícia de leitura (nos dois sentidos)
Já começo dizendo que me deu fome demais nessa taurina essa leitura kkkk
O Pereira é um baita personagem carismático!
Ele é o cara que votou 17 e se arrepende! Kkk
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Bia~* 26/08/2020

De profundidade e fluidez ímpares
Esse livro me tocou de muitas formas. Me emocionou, me divertiu, me entristeceu.
O que vale mais a pena? Ficar inerte para não sofrer ou tomar partido e correr riscos?
"[...] queria se arrepender, mas não sabia de que deveria se arrepender, sentia apenas uma saudade do arrependimento [...]".
(Comecei escrevendo essa resenha aqui no Skoob mas foi ficando grande demais. Transferi para o meu blog no Médium. Se quiser conferir, o link está aqui).

site: https://medium.com/@biancalazzaretti/de-profundidade-e-fluidez-%C3%ADmpares-afirma-lazzaretti-ff9caff1052d
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Bolachilds 31/12/2020

Um bom livro
No início a narrativa é bem arrastada, porém o livro vai melhorando próximo do fim.
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Alexandre Melo @livroegeek 30/11/2022

Boa leitura!
Afirma Pereira é uma graphic novel baseada no romance de mesmo nome escrito por Antonio Tabucchi, aqui adaptado por Pierre-Henry Gomont.

Pereira é um viúvo obeso, que trabalha num jornal conservador durante a ditadura de Salazar em Portugal. Ele tem uma vida medíocre, sem amigos, e em um eterno luto pela esposa. Pereira simplesmente não consegue seguir em frente, e tem grande interesse sobre conhecer os mistérios da morte. Até que um dia, lê um trabalho de um jovem chamado Rossi justamente sobre o tema, e pensa em o contratar para escrever obituários. Esse encontro mudará a vida de Pereira, já que Rossi é envolvido com a resistência à ditadura, e aos poucos o homem passivo e alheio a realidade politica reage a censura, a privação da liberdade, as injustiças sociais e a violência que o regime totalitário envolve disfarçado de "patriotismo".

A leitura dessa HQ foi rápida, mas não menos profunda. É como chamam um "romance existencial" um mergulho na subjetividade do protagonista, reflexiva e - incrivelmente atual. Recomendo demais a leitura, que se enquadra naquela máxima importantíssima aos produtos culturais: além de ser necessária, é também boa.

site: https://www.instagram.com/p/CllXRqCrb3q/?utm_source=ig_web_copy_link
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Lucinha 24/08/2020

Quando comecei Afirma Pereira não entendia o porquê de tanto alvoroço em torno de sua leitura, hoje, um dia após terminar de lê-lo já sinto saudades dessas jornalista cardíaco e seus questionamentos.

A história tem como pano de fundo histórico, um Portugal Salazarista, mas no decorrer percebemos que é bravo atual quanto o fascismo, infelizmente.

Enfim, um livro delicioso de ler daqueles que causam ressaca literária.
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Andreia Santana 04/07/2023

Ditaduras, jornalismo e a dificuldade de respirar
Pereira tem dificuldade para respirar. Na meia-idade, cardíaco e acima do peso, não são as muitas refeições de omeletes com ervas finas e limonadas açucaradas que dificultam a entrada de ar nos pulmões do veterano jornalista. A asfixia da qual padece o modesto editor de cultura é de outra natureza, mais simbólica e, ainda assim, palpável e densa, de chumbo.

Pereira precisa praticar a autocensura para continuar vivo. Falta-lhe ar porque ele prefere sufocar pensamentos ‘subversivos’ em pequenas obsessões religiosas, como a sua angústia em comprovar, ou não, que a 'ressurreição da carne' da qual falam os padres é uma realidade mais tangível do que a atmosfera opressiva em que ele vive.

Pereira não é cego, mas finge não ver que os jornais trazem, a cada dia, menos a verdade dos fatos que ele foi treinado para perseguir, e mais as versões oficiais da verdade.

Ambientado em Portugal, mais especificamente em Lisboa, nos anos 1930, durante a ditadura salazarista, Afirma Pereira, de Antonio Tabucchi, conta a história de um homem que decide parar de fingir que não está vendo a barbárie e, assim, quem sabe, aprender a respirar melhor.

Viúvo, de hábitos simples e resignado à preparação da sua página semanal de necrológios para autores católicos e aprovados pelo regime, ele se envolve, inicialmente de forma involuntária e, aos poucos, conscientemente, na resistência à ditadura ao contratar um estagiário. O jovem Monteiro Rossi quer escrever sobre os autores malditos, aqueles que apontam o dedo na cara dos ditadores. Ele e sua namorada Marta, igualmente envolvida com a resistência, ajudam o velho Pereiro na sua tomada de consciência.

A história de Pereira é contada pelo fantasma do velho jornalista, que visita o autor e passa a ditar sua vida. A escrita poética e de frases contidas e curtas de Tabucchi envolve o leitor, que simpatiza com o jornalista, suas hesitações, os medos, os arroubos de coragem, a solidão que o faz conversar com o retrato da esposa morta de tuberculose na flor da idade.

Há um romantismo decadente e nostálgico na figura e na história de Pereira. Suas viagens de trem, a paisagem dos arredores de Lisboa, o ambiente dos cafés e os sussurros entreouvidos nas esquinas enternecem até o coração do leitor mais calejado e o transformam em cúmplice do protagonista e de seus jovens e rebeldes amigos, o frágil e desamparado Monteiro Rossi e a audaciosa e valente Marta.

Afirma Pereira é um pequeno sopro de esperança, a prova de que até as almas mais pacíficas têm um limite e que uma vez rompido esse limite, elas se rebelam, um singelo hino à liberdade que permanece muito atual tanto por trazer aspectos mais intimistas de época salazarista, quanto por ser tão necessário, nos dias que correm, manter viva a memória do horror de outrora, para que não volte a nos assombrar...

Filme e quadrinhos

Afirma Pereira foi publicado originalmente em 1994 e levado ao cinema em 1995, pelo diretor Roberto Faenza. O filme, que tem Marcello Mastroianni como protagonista e vivendo um dos seus últimos grandes papeis no cinema – o ator morreu no ano seguinte ao lançamento, 1996 -, é uma co-produção da Itália, França e Portugal. A trilha sonora do longa, pungente, emocionante e catártica, é do mestre Ennio Morricone.

No Brasil, a editora Nemo, pertencente ao Grupo Editorial Autêntica, lançou em 2022 a versão em graphic novel de Afirma Pereira, uma adaptação de Pierre-Henry Gomont para o romance de Antonio Tabucchi. A versão em quadrinhos foi lançada originalmente em 2016 e ganhou o Grande Prêmio RTL de Quadrinhos daquele ano.

O exemplar que eu li:

É uma publicação da Estação Liberdade e da TAG Experiências Literárias, enviada para os assinantes do clube Curadoria, em agosto de 2020. O livro é acompanhado de uma revista, em versão impressa e digital, capinha de proteção (luva) e marcador temático; e de conteúdos on-line complementares, como uma playlist muito boa, onde se destacam algumas canções de Chico Buarque e a trilha sonora do filme de 1995. Dá para ouvir no Deezer e Spotify. O projeto gráfico vibrante é de Bruno Miguell M. Mesquita, Gabriela Heberle, Kalany Ballardin e Paula Hentges. Já a indicação do livro foi da escritora indiana Jhumpa Lahiri, autora de O intérprete de males e O Xará, entre outros.

Ficha Técnica:
Afirma Pereira
Título original: Sostiene Pereira
Autor: Antonio Tabucchi
Tradução: Roberta Barni
Editora: Estação Liberdade/TAG Experiências Literárias
160 páginas

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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Lavínia 14/08/2020

Interessante, afirmo
Foi uma experiência interessante, mas só. O livro não me convenceu, na verdade, muitas vezes o achei chato. Seja pela escrita, ou pelos personagens - com exceção de Pereira, que é muito fofo -, o Rossi parecia se importar mais com o dinheiro do Pereira do que com o ativismo, pra mim, o ativismo dele era tudo influência de Marta.
Foi minha primeira experiência com livro com essa escrita, em forma de testemunho, e bom, eu não gostei. Até os problemas da Europa, principalmente de Portugal, parecem apenas pano de fundo, tão ali mas muitas vezes nem parece. Talvez seja o fato do Pereira se abster e não se manter informado, mesmo assim, não gostei.
Gostei do Pereira, como ele escuta os conselhos e trata com carinho o retrato da esposa. E o final, é bacana, mas falta algo.
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