O Conde de Monte Cristo

O Conde de Monte Cristo Alexandre Dumas




Resenhas - O Conde de Monte Cristo - Volume 1


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joaopvgus 06/08/2020

Achei que seria uma boa leitura...
E me enganei terrivelmente... Foi maravilhosa!!! Poxa, que livro fantástico!
Até o momento tinha apenas visto o filme, comprei o livro após ver a indicação da Tatiana Feltrin, e essa moça não desapontou. Cria que conhecia a maior parte da história em razão das telas, mas digo para você que ainda não leu: o filme não tem nada do livro, praticamente. O começo com o abade, ok, mas quanto ao resto do livro, é completamente diferente, mais complexo, ainda que de fácil entendimento, e muito mais maravilhoso e divertido. O conde é um homem fantástico, e mostra isso como no filme não foi mostrado, mas também é terrível, o que o filme também não conseguiu transmitir. Enfim, um personagem muito interessante, e bastante humano, marcado pelos traumas que sofreu e com sua vendetta jurada, ainda que acompanhada de um enorme coração.
Se você tem esse livro na estante, leia. Se não tem, compre ou pegue emprestado, você não vai se arrepender. O único arrependimento que pode surgir é o de ter concluído rápido a leitura. Porque apesar das 700 páginas do primeiro volume, a leitura voa como nenhuma outra.
Essa edição da Zahar é uma maravilha, tradução premiada, merecidamente, e a qualidade de material a qual estamos acostumados. Folhas amareladas, espaçamento e fonte perfeitos, capa dura e lombada em tecido. Minha única tristeza quanto à edição é que no encontro da capa com a lombada, fica um relevo natural da beirada da folha que cobre a capa, o que ocasiona, no entra e sai da box, uns machucados nas extremidades, mas nada que uma folha de papel não resolva.
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Deymos 10/12/2018

Meu Livro Preferido.
É uma história que ensina valores e princípios. Um livro para "homens de peito", um livro que nos ensina a ter paciência, sempre. Gira em torno de uma Vedetta, que você sofre junto com Edmond a cada página.

"... a oração é um conjunto monótono e vazio de palavras sem sentido, até ao dia em que a dor venha explicar ao desgraçado essa linguagem sublime com a qual o homem fala com Deus".
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@fabio_entre.livros 25/01/2017

Capa e espada

A literatura clássica francesa é, de longe, a minha favorita, mas eu ainda não havia lido nada de Alexandre Dumas (exceto adaptações juvenis). Decidi, então, pagar tributo a esse autor lendo seu colossal épico de aventuras e intrigas: “O Conde de Monte Cristo”, sobretudo depois de ler "O Cemitério de Praga", de Umberto Eco, obra que menciona por diversas vezes não apenas o romance de Dumas como também o próprio autor, que, na ficção de Eco, é um dos personagens secundários da trama.
Apesar de muito longo, com suas mais de mil páginas, "O Conde de Monte Cristo" é totalmente folhetinesco, com a estrutura simplista dos chamados “romances em série” (aqueles publicados de forma fragmentada nos jornais da época). Assim, a leitura é fluída e linear na maior parte do tempo, o que torna o desenrolar da história muito ágil e envolvente, sobretudo no primeiro volume (ou na primeira metade do livro, no caso de se ler o volume único).
Entretanto, se, como romance de aventura e vingança, “O Conde de Monte Cristo” é um genuíno representante dos clássicos de capa e espada, de leitura compulsiva, infelizmente deixa a desejar na construção dos personagens e dos próprios rumos da história, em especial na sua segunda metade. A meu ver, deixo bem claro, nenhum personagem foi suficientemente bem-construído nesse romance: todos eles (e isso inclui Dantès) são superficiais, como típicas figuras planas do Romantismo. Assim, temos o herói central, amargurado por um amor perdido e por um implacável desejo de vingança, cercado por mocinhos valentes, donzelas lacrimosas em apuros e, claro, vilões movidos por interesses passionais ou financeiros. É tudo muito simples, maniqueísta, sem nuances significativas no caráter desses personagens. Aliás, analisando bem, na minha opinião, o personagem mais complexo desse livro é Villefort, que não é necessariamente vilão, mas está diretamente envolvido com as desgraças de Dantès por inércia e covardia, mas, além disso, por intrincadas razões políticas.
Naturalmente, em se tratando de um livro tão longo, Dumas criou um grande painel de numerosos personagens representativos da sociedade francesa de sua época. Infelizmente esses personagens são muito estereotipados: as mulheres são extremamente supérfluas, do tipo que estão sempre desmaiando, chorando ou dizendo “ah” e “oh”, com medo de escândalos sociais por qualquer futilidade. A propósito, encontrei nesse livro a “mocinha” mais detestável que já conheci em clássicos: sonsa e chorona até não poder mais. Os personagens masculinos não ficam atrás: Dumas dotou-os de um senso machista igualmente irritante. Qualquer contrariedade é motivo para suicídio ou provocação para duelos, porque “a honra do homem precisa ser lavada com sangue”, independentemente das consequências posteriores.
Enquanto eu lia “O Conde de Monte Cristo” foi inevitável compará-lo com “Os miseráveis”, outro clássico francês (meu livro predileto): ambos são obras monumentais que tratam, a seu modo, de justiça e transformação pessoal, mas considero o livro de Victor Hugo muito superior ao de Dumas: como na obra de Dumas, a de Hugo possui uma extensa galeria de personagens, incluindo heróis e vilões, mas são todos extremamente bem-construídos, possuem uma centelha de humanidade (mesmo nos personagens secundários) que eu não vi ainda em nenhum outro livro.
Compreendo que são obras distintas, com perspectivas particulares e minha comparação não tem por finalidade desmerecer a obra de Dumas a quem já leu ou desanimar quem deseja ler. O que ressalto é que, para mim, falta densidade nos personagens de Dumas e, consequentemente, em suas ações, que visam a um resultado imediato, a curto prazo. A própria injustiça sofrida por Dantès tem fim em si mesma, não suscita maiores questionamentos, diferente, por exemplo, da injustiça sofrida por Valjean, que o conduz a uma profunda jornada de redenção que repercute ao longo de todo o livro (“Os miseráveis”). Contudo, como eu disse, entendo que são livros com perspectivas diferentes. Ademais, Dumas é um dos “pais” do folhetim, então é compreensível que sua obra priorize a ação e a aventura em detrimento de uma construção mais complexa da história e da psicologia dos personagens.
Sem dúvida, “O Conde de Monte Cristo” é um ótimo livro para quem gosta de romance e aventura, recheados com conspirações, planos mirabolantes, traições, perseguição e, claro, vingança. Entretanto, mesmo nesse aspecto da vingança, elemento central da história, continuo preferindo “O Morro dos Ventos Uivantes”: a vingança de Heathcliff não é tão espalhafatosa nem tão “glamorosa” quanto a de Dantès, mas é bem mais verossímil, densa e realista.
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Ana Paula 13/12/2016

Inesquecível
Terminei as 1663 páginas apaixonantes desse clássico da literatura francesa "O Conde de Monte Cristo" que, juntamente com Os Miseráveis de Victor Hugo , Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro e Grandes Sertões, Veredas de Guimarães Rosa, fazem parte da minha lista de nota 10. Que personagens, que enredo, que eloquência, que maravilhosa trajetória da vingança ao perdão, do inferno ao céu, de um encontro pungente com Deus! Edmund Dantè, como tantos outros personagens da literatura clássica, nunca mais te esquecerei.
Natalie Lagedo 04/01/2017minha estante
Quase coloquei na minha meta de leitura, mas como já tinha escolhido outros calhamaços só leio de der tempo (o que acho bastante improvável).




Edna 26/08/2016

Esperança
Demorei para ler esse livro, tão intenso, e me recuso a aceitar que deixei ele por mais de dois anos em minha estante. Desde as primeiras páginas já fui convidada tão docemente à fazer parte de uma novela de aventuras e aprendi a junto com maravilhosos personagens , juntos víngamos, fizemos a nossa justiça, aplicamos os argumentos e benevolência tão magníficas que superou qualquer mal .
Edmundo Dantes, um jovem marujo com um futuro promissor dentro de sua vida simples, morador de Marselha na França fora vítima de uma traição absurda e cruel, que lhe custou 14 anos em uma Masmorra ,no Castelo de Ir., localizado no arquipélago do Frioul (uma fortaleza antiga construída sob o reinado de Francisco I no ano de 1524) e transformada na residência prisional do nosso Edmond Dantés, onde conheceu o então prisioneiro Abade Faria , a pessoa mais intelectual e provida de fé que existiu, apesar de ser considerado louco. Eles se tornam amigos, unidos pela esperança de fuga e vão viver tão intensamente esses anos nesse cativeiro numa mesma luta. Quando consegue se libertar vão em busca do tesouro que seu amigo indicou e se torna O conde de Monte Cristo. ALexandre Dumas consegue transportar o Leitor e viver cada capítulo como se estivéssemos nesse século e não em 1844. Intenso que nos leva desde as lágrimas à desolação, desde o grito até o mais profundo silêncio.
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Edmond Dantè 21/04/2016

O que achei...
Que livro espetacular !! Impressionante como a história vai se deixando caminhar com sempre um quê de " o que que será que vai acontecer no próximo capítulo ? ". Um misto de amor, inveja , ódio, vingança, etc. A evolução do personagem Dantè com o decorrer da história: de um cara muito simples, apesar de bem afeiçoado aos que lhe são próximos, a quase um psicopata, na minha visão. A impressão que sinto no seu jeito de se comportar, depois de milagrosamente ter conseguido fugir da fortaleza de " IF ", é a de que ele me parece um urso. Como assim ? O Urso, no reino animal ( obviamente ), têm por característica ficar brincando com suas presas... aqui e acolá, parece que ele se diverte com o fato dos seus opressores não saberem da sua real identidade. O filme não chega perto nem de longe !!
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Cris Paiva 20/04/2016

Sempre tive vontade de ler O Conde de Monte Cristo. Me lembro de ver o filme quando criança, lá nos anos 80 e revi o filme mais recentemente na tv. Em ambas as vezes fiquei impressionada e morrendo de vontade de conhecer os detalhes, mas infelizmente só achava livrinhos adaptados para o colégio. E vamos combinar que um livro de mais mil páginas não tem como caber dentro de 120 e ainda manter o conteúdo. Então, esperei.

Agora, finalmente eu criei coragem e procurei uma versão daquelas bem porretas para ler. Comecei por uma da Martin Claret dividida em dois volumes, comprei só o primeiro e comecei a ler. A história foi ótima, mas a leitura cansou, por ser excessivamente descritiva e a linguagem usada tinha cara de português de Portugal, o que cansou ainda mais. Terminando o volume 1, eu comprei a versão de bolso em capa dura da Zahar, e aí sim, eu ví vantagem. Toda aquela estranheza que eu senti com a linguagem acabou. Não senti diferença na historia mas sim no ritmo, deu para perceber que foi feita uma revisão muito boa que deixou o texto mais leve, apesar de ainda se manter integro e sem modernismos.

A história acho que já é conhecida; Edmont Dantès é acusado de traição por amigos e mantido prisioneiro por 14 anos na Fortaleza de If, onde conhece o abade Farias, que o ajuda a manter a lucidez e o educa durante aqueles anos. Ao conseguir sair da prisão, graças a um plano quase desastroso, Edmont toma posse do tesouro do abade e começa o seu plano de vingança. Ele espera e planeja por anos e finalmente quando o coloca em prática é implacável!
Nada acontece por acaso. Ele vai punir os culpados e premiar os inocentes, e tudo o que for feito durante o livro irá se encaminhar nessa direção. Todas as pessoas afetadas por seu plano tiveram participação na sua prisão ou são cúmplices de seus autores. Mas é claro que nenhum plano é infalível, e o Conde vai descobrir isso de um modo muito doloroso.

Se você estiver esperando que o livro seja um repeteco do filme, já adianto que muitas coisas do filme foram inventadas. O livro praticamente não tem romance, o Alexandre Dumas só colocou umas pitadinhas aqui e ali, e muito pouco a ver com o herói principal. Então, esqueça o filme se quiser aproveitar inteiramente o livro. Mas não deixe de ver o filme, que também é ótimo!
Monica Monte 20/04/2016minha estante
Oi Cris, mas então o livro não tem nenhum interesse romântico do protagonista?


Cris Paiva 20/04/2016minha estante
Ele tem uma noiva no inicio da historia, alias, o noivado com ela é uma das causas da prisão dele. mas o foco da historia não é no romance.


Janaina Beserra 20/04/2016minha estante
Para mim, foi uma das melhores leituras que fiz em 2015. Perfeito!


Cris Paiva 20/04/2016minha estante
Com certeza Janaina! Para mim, foi uma das melhores leituras da vida!




didi 10/10/2014

O conde de monte cristo
O livro o conde de monte cristo é um romance longo que conta uma história de amor entre duas pessoas ,mais acabam por enfrentar uma grande batalha para ficarem juntos,ele é preso fica vários anos preso quando finalmente consegue escapar com a ajuda de um senhor que conhece na prisão.ele encontra um tesouro e volta para se vingar de seus inimigos e para encontrar seu amor.Para quem não leu recomendo.
Fabiana Pessoa 24/03/2015minha estante
Não acho que seja uma estória de amor, é muito mais sobre vingança e senso pessoal de justiça, um excelente livro, a narrativa é tão rápida que nem da pra perceber suas 1664 páginas :) .


Cris Paiva 23/03/2016minha estante
Essa historia de amor é só no filme que acontece. O livro é bem diferente.




Maria Inês 26/09/2014

Não consegui continuar a leitura, o livro possui muitas páginas , folhas finas e letras pequenas se assemelha a uma bíblia. Futuramente pretendo voltar a lê-lo, não sei quando, mas vou reler. Pelo pouco que li gostei muito e só o adquiri por causa do livro "O PRISIONEIRO DO CÉU" de Carlos Ruiz Zafón, que relata a história de um personagem que trabalha na livraria Sempere e Filho. Esse personagem conseguiu fugir da cadeia de uma forma inusitada e o preso que ficou com ele, após muitos anos o reencontra e lhe presenteia com esse livro. Como eu já relatei em outras obras do autor, ele relata suas histórias de forma engraçada e especial.
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Gabriel 17/02/2014

O conde de monte cristo
O livro é digno do mesmo autor que escreveu "Os três mosqueteiros".
Conta a mais desenvolvida vingança que eu já li, e eu tenho bom gosto :) . O livro começa em 1815, na época de Napoleão. O mocinho é um marinheiro e vive com pouco dinheiro. Mas, possui coisas que outros homens ambicionam.
Demora pra que a parte principal do livro (que, aliás, é BEM grande)chegue. Mas, quando ela chega, o livro parece pequeno. A gente tá lendo, quando vê, percebe que leu 150 páginas! Enfim, a parte principal é magnífica :) .
Não que eu apoie a vingança, porque eu não apoio. Mas... ler o plano do Conde de Monte Cristo não deixa de ser legal. Tem vezes que o plano é tão engenhoso, tem vezes que coisas, aparentemente simples, são parte do plano, e nessas vezes a gente sorri e acha graça.
Às vezes dá um trabalhinho pra entender alguma coisa, mas é porque o Dumas (o escritor)quis deixar um tom misterioso.
Acho que (pelo menos na edição que eu li) tem 1200 páginas, no total, mas é dividido em 2 volumes. Portanto, não pegue a versão de 360, porque deve ser muito mais simples, e simplicidade estragaria a sua leitura!
Boa leitura, afinal. É um livro muito bom pra se apreciar.
Gabriel 17/02/2014minha estante
Escreveu bem Gabriel.




VICKY 14/03/2013

O Conde de Monte Cristo é um romance longo, de muitas gerações, e talvez por esse motivo seja considerado tão complexo, no entanto, ele é emocionante, do início ao fim muito emocionante.

A estrela desse livro é Edmond Dantes que, em minha opinião, é um dos personagens mais completos que já li, totalmente humano. Toda sua transição é talentosamente retratada.

Dumas nos presenteia com um enredo rico em detalhes, não desperdiçou uma palavra sequer e no final tudo se encaixou perfeitamente.

Este é um livro rico em tudo: cenários, escrita, enredo, personagens. Apesar de ser longo, ele é tão envolvente que a leitura passa rapidamente. Recomendo muito!
Joy 16/04/2013minha estante
Não sou muito fã de clássicos, mas assisti ao filme e fiquei interessada. Fiquei agora mais curiosa pela sua resenha!


Fabiana Pessoa 24/03/2015minha estante
Joy, não leia o livro por causa do filme, é bem diferente, o filme pegou a ideia do livro e os personagens principais ,só isso. Concordo plenamente com sua resenha Vicky, o livro é perfeito e maravilhoso!!!


Lili 16/09/2020minha estante
Bem, eu me interessei em ler o livro pelo filme. Espero me encantar ainda mais com a história




Bell 02/02/2013

O Conde de Monte Cristo (Volume I e Volume II)

Confesso que mal acabei de ler o livro e já quero relê-lo!
Alexandre Dumas conseguiu criar uma estória magnifica e completamente envolvente.

Eu, que geralmente não me interesso por história, ao ler o livro senti a necessidade de conhecer e pesquisar sobre a Fortaleza de If, o Bonapartismo e a Guerra dos 100 Anos.

O crescimento do personagem Edmond Dantès é incrível. Sua vingança esplendidamente executada. Seu remorso completamente compreensível. O livro, em si, é extremamente sublime! Sem contar a agonia que o leitor passa nos últimos capítulos para o desvendar da estória.

Recomendo esse livro com o mais puro prazer!

É realmente uma "impressionante história de sofrimento, vingança e amor".
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Nanda Cris 27/01/2013

Simplesmente maravilhoso!
O livro retrata a transformação do personagem principal, Edmund Dantès, que deixa de ser um inocente imediato de um navio, que sempre tenta ver o lado bom das pessoas, e passa a ser um homem que busca uma vingança implacável contra aqueles que destruíram sua vida.

Dantès mal podia acreditar em sua sorte: era amado por Mercédès e já estavam com as bodas marcadas, o Sr. Morrel havia acabado de nomeá-lo capitão de um imponente navio, seu pai, o Sr. Louis Dantès, encontrava-se bem de saúde e teria uma vida melhor com o aumento de salário do então capitão do Faraó. Tudo corria a contento e Edmund apenas agradecia a Deus.

Mas então, a inveja de 2 homens e o medo de outros 2, transformaram toda a sua vida, e fizeram-no ser jogado à prisão, sem direito a julgamento, acusado de ser um bonapartista por ter em seu poder uma carta que o antigo capitão do Faraó o havia incumbido de entregar na Ilha de Elba.

* Danglars - Queria ser o capitão do navio, posição alcançada por Edmund.
* Fernand - Cobiçava Mercédès, a noiva de Dantès.
* Gaspard Caderousse - Ouviu todo o plano de Danglars e Fernand e julgou ser apenas um sonho pois estava bêbado demais para distinguir realidade e delírio. Quando a prisão se desenrolou, teve medo de intervir e se absteve.
* Gérard Villefort - Filho do destinatário da carta que Dantès tinha em seu poder. Para preservar sua posição no reino de Luís XVIII jogou-o na prisão sem direito a defesa.

Após ser preso, apenas seu antigo patrão, seu pai e sua noiva lutaram por sua liberdade. Mas até mesmo um influente comerciante como o Sr. Morrel estava com as mãos e os pés atados. O que poderiam fazer um velho sem recursos e uma catalã pobre?
Na prisão, quando estava quase enlouquecendo, Edmund conheceu Faria, um abade que todos consideravam louco por sempre falar de uma grande fortuna que o esperava fora das muralhas do Castelo de If. Mas de insano ele não tinha nada. Surgiu então uma forte amizade entre eles. Dantés aprendeu muitas coisas com Faria, e é graças à riqueza e ao conhecimento do abade, que surgiu o Conde de Monte Cristo.

Mais, não posso contar, senão estragaria a surpresa. Dei apenas uma pincelada no início da estória, fazendo um resumo bem sucinto das primeiras 136 páginas. Perdoem essa que digita essas mal traçadas linhas. Não sei como resenhar sem colocar um belo pano de fundo por trás. Você ainda terá outras 490 páginas para se deliciar com a fuga cinematográfica de Dantes da prisão, o modo como ele parabeniza quem lhe estendeu a mão e, a melhor parte, que é cheia de reviravoltas: seu intrincado plano de vingança.

O que mais me interessou em toda essa estória até o momento (não podemos esquecer que ainda não li o volume 2!) é o modo como é escrita. Primeiro que não é o português mais descontraído que encontramos nos livros de hoje. Olhe esta frase, que me arrepiou toda quando eu li, vale ressaltar, e me diga se este é o nível da leitura a que estamos acostumados ultimamente?!

"- Muito bem - disse o desconhecido - adeus bondade, humanidade, gratidão!... Tomei o lugar da Providência para premiar os bons... agora me ceda Deus Vingador o seu lugar para castigar os maus!"

E olha que esta frase é até light em comparação com o resto do livro. É o tipo de literatura que se sua atenção se desviar por meio segundo para pensar na novela de ontem e seus olhos continuarem correndo o texto sem ver, quando você volta, está mais perdido que cego em tiroteio.
Outro efeito colateral da dificuldade da escrita: quando retomamos a leitura depois de um longo tempo, tipo dias, demoramos um pouco para entrar no ritmo. Eu sempre pensava assim: "Deus, como eu estava conseguindo entender isso?", mas nada que a persistência não resolva.

Mais uma coisa muito interessante: tudo nessa estória tem um porquê. Se o autor falou que uma borboleta veio e pousou na mão do protagonista no décimo segundo dia de janeiro, com a lua em virgem, pode contar que este fato vai ser usado mais para frente e terá uma explicação de ter sido narrado. Não há pontas soltas, todos os personagens e fatos se encaixam e a magia disso é absurdamente deslumbrante. Como o próprio Conde falou:

"- Ah! aí é que está a arte: para ser um grande químico, no Oriente, é preciso encaminhar o acaso, e isso se consegue."

E, seguindo esta premissa, Monte Cristo, com uma frequência assustadora, molda o destino ao seu querer. Todos os envolvidos achavam que o conheciam e que haviam ficado seus amigos por acaso, mas sempre havia um plano intrincado por trás que apenas alguém que aguardou durante 13 anos poderia tecer.

Este livro me fez ansiar pelo segundo volume de 600 páginas e me fez perder o preconceito contra clássicos. O único risco que corro é achar os livros contemporâneos mais rasos que uma poça de chuva.
Camila 26/02/2015minha estante
Fernanda adoreeei sua resenha. Você escreve muito bem! Concordo com tudo que você disse e assino embaixo, está para nascer o escritor que vai escrever algo tão bom quanto essa história!!




Nath Vitorio 19/05/2012

Ponto central
Considero que um paragráfo, resume a história do livro e da humanidade:

" [...] tudo é relativo [...], desde o rei que incomada o seu futuro sucessor até o empregado que incomoda o supranumerário. Se o rei morre, o sucessor herda uma coroa; se o empregado morre, o supranumerário herda mil e duzentas libras de rendimento. Essa mil e duzentas libras são a sua lista civil, são-lhe tão preciosas como os doze milhões de um rei. Cada indivíduo, desde o mais baixo até o mais alto degrau da escala social, reúne em redor de si um mundinho de interesses que têm os seus redemoinhos e os átomos curvos com os mundos de Descartes. A diferença é que estes mundo vão-se tornando maiores ao passo que sobem. [...]"

Ótimo livro!!
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