LucasOlif 21/07/2023
"E agora [...] adeus bondade, humanidade, gratidão... Adeus a todos os sentimentos que alargam o coração!... Substituí a Providência para recompensar os bons... Que o Deus vingador ceda-me o seu lugar para punir os maus!"
O Conde de Monte Cristo é, apesar de tudo, espetacular! Nas primeiras páginas, a gente fica preso na história de Edmond Dantès, um homem injustiçado que busca vingança contra aqueles que o traíram. A sua transformação em Conde de Monte Cristo é fascinante, e a sede de vingança que o motiva é compreensível, considerando tudo o que ele passou. Como disse, no início, eu me senti engajado, querendo saber como o protagonista se vingaria de seus inimigos. As primeiras reviravoltas foram legais, mas, à medida que o livro avançava, comecei a me sentir meio perdido. A quantidade de detalhes e personagens secundários era enorme, e eu confesso que me perdi em alguns momentos. O meio do livro foi a parte mais difícil de atravessar para mim. A trama parecia emperrar, e eu tinha a sensação de que a história estava se arrastando. Porém, para minha surpresa, o final foi o ponto alto do livro! As peças começaram a se encaixar, e tudo fez sentido. O clímax foi cheio de reviravoltas que eu não esperava. Foi como se o livro tivesse encontrado sua força novamente, e eu me vi empolgado para saber como tudo se resolveria. Apesar de não ter gostado muito do meio do livro, devo admitir que o final me deixou impressionado. As questões sobre justiça, perdão e redenção que permeiam o desfecho foram poderosas e me fizeram refletir sobre a natureza humana. No geral, O Conde de Monte Cristo é uma leitura desafiadora. Se você é fã de narrativas detalhadas e elaboradas, pode ser que curta o desenvolvimento do livro mais do que eu. Para mim, o inicio que te prente, e principalmente o final incrível e reflexivo fez valer a pena, mas a jornada até lá foi um tanto irregular e cansativa em algumas partes.