Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


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Leo 20/01/2024

A vontade que dá é de usar um palavrão pra expressar quão bom é esse livro. É um crescente de personagens que vivem, que sofrem e que vivem mais um pouco, na esperança de um dia tudo se ajeitar. E, talvez, se ajeite.
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Neide22 15/01/2024

Perfeito!
O primeiro livro do ano e já me deparei com uma história maravilhosa, muito bem contada e que me trouxe muitas reflexões.
A infinita tristeza de Alelí, tão bem descrita, tão envolvente... Quero ler mais histórias escritas por Maria José Silveira.
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Isadora1578 08/01/2024

Maria Altamira e as chagas brasileiras
A sensibilidade na escrita de Maria José Silveira é capaz de nos fazer sentir a angústia e a dor que as personagens enfrentam durante a narrativa.
O livro conta a história de mãe e filha que foram separadas por duas tragédias, cada qual em seu tempo, uma o desastre natural em Yungay e a outra, a construção da Usina Belo Monte e o etnocídio indígena e ribeirinha. Alelí carrega consigo a sina de trazer a morte a quem ama e Maria Altamira busca entender o abandono da mãe e a morte do pai, Manuel Juruna, que foi assassinado por um pistoleiro a mando de um madeireiro.
Em suma, o livro é repleto de lutas, dos povos originários e ribeirinhas contra a devastação e a ameaça à suas existências provocada pelos "grandes senhores" que permeiam pelo Brasil até os dias de hoje.
Maria Altamira revela uma de nossas chagas brasileiras, que infelizmente, sobrevive desde a colonização. A ganância e a sede por dinheiro são os principais fatores que destroem o nosso país.

"Estamos cansados de ouvir e não ser ouvidos. Não estamos defendendo só o Xingu. A luta dos povos indígenas é muito mais ampla do que aqui, agora, porque todos precisam da Amazônia e quem preserva a floresta somos nós. Se um dia tirarem essas terras indígenas, o mundo vai se acabar em quentura". - Cacique, p.114
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Livia1107 16/11/2023

É preciso refletir sobre literatura
Não é suficiente o número de pessoas que conhecem as consequências sociais e ambientais da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Todos(as) os(as) brasileiros(as) precisam saber como a barragem na volta grande do rio Xingu destruiu a vida de indígenas, ribeirinhos, animais e plantas, e como o desrespeito a todas as vidas - humanas e não-humanas - é realizado em nome de um progresso muito relativo. Por isso, a ficção de Maria José Silveira é bem-vinda, porque aproxima os(as) leitores(as) dessa realidade na forma de uma literatura por vezes panfletária, mas que vale a pena por contar uma história da qual ninguém parece querer saber.

A história é dividida em duas partes. A primeira é sobre Alelí, que aos 16 anos, vê toda sua cidade, e sua família, morrer sob uma onda de 40 metros de terra que deslizou de um vulcão, em Yungay, no Peru, no ano de 1970. Sua dor e falta de perspectivas são tão intensas que Alelí passa anos vagando pela América do Sul, contornando a cordilheira do Peru para a Bolívia, Chile e Argentina, depois subindo para o Paraguai e Brasil até chegar à recém-criada cidade de Altamira, no Pará, onde conhece um indígena da etnia Yudjá e dele engravida. A segunda parte é sobre esta filha, que é abandonada por Alelí e criada pela enfermeira Chica, que dá à criança o nome de Maria Altamira. Adulta, ela verá sua cidade ser destruída pela barragem que inunda a floresta e causa destruição e violência.

Triste e cheia de desventuras, a história de Alelí é contada com grande sensibilidade e poesia, e é difícil largar o livro e deixar a jovem, que vai se tornando mulher ao longo das páginas. Em cada pouso, a cada acolhida e partida, Alelí vai se aproximando de seu destino encontrando, e deixando, pelo caminho beleza e também violência.

A história de Maria Altamira, por outro lado, já é contada em um tom diferente, mais informativo. Os diálogos entre a jovem Maria e seus amigos ribeirinhos soam artificiais, muitas vezes construídos para conduzir o leitor às conclusões da autora (que, pelo menos, são boas conclusões: a hidrelétrica Belo Monte é um crime ambiental e a mineradora Belo Sun deve ser impedida a qualquer custo). Por mais que eu concorde com o rumo da prosa, ela parece mais panfletária do que literária. Silveira também leva sua protagonista a morar quatro anos em São Paulo, em um prédio invadido perto da Estação da Luz e a fazer parte do Movimento dos Sem Teto (sem, no entanto, nominá-lo efetivamente). Foi também uma forma de dar destaque à mais uma causa de desalojados, de pessoas que lutam para ter o seu lugar no mundo. Super válido, claro, mas mais uma vez fiquei com a sensação de estar lendo um manifesto político, e não uma obra de literatura em que os fatos históricos estão naturalmente tecidos na trajetória das personagens - Isabel Allende que o diga. Maria Altamira e seus amigos fazem discursos, não conversam. 

Reconheci nesta obra de Maria José Silveira o que o filósofo húngaro Gyorgy Lukács chamou de “arte de tendência ou de tese”: “O que é a tese? Numa acepção superficial, é uma tendência política ou social do artista que ele quer demonstrar, defender e ilustrar com a sua própria obra de arte”*. Ele afirma que “utilizar toda a obra, ou mesmo um só personagem, como expressão direta e imediata das opiniões do autor priva o personagem da autêntica possibilidade de viver até o fundo suas próprias faculdades vitais segundo as leis íntimas e orgânicas da dialética de seu próprio ser”**. Silveira transformou a potencialmente magnífica Maria Altamira em um fantoche, que pelo menos fala sobre uma realidade que precisa ser conhecida.

Acho válida a leitura deste romance, especialmente por causa da história de Alelí, mas para conhecer de forma magistral a história de Belo Monte, é URGENTE que todos leiam Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum - uma grande reportagem e relato pessoal escrito de forma visceral e poética, em que os dados e os números são contados por meio das histórias reais dos ribeirinhos e indígenas, que mostra que toda a violência em que Altamira foi mergulhada por causa da ganância do homem branco. Uma obra incrivelmente profunda, bem escrita, sensível, que me chacoalhou de verdade, Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum.

site: www.365livias.com
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bruna 14/11/2023

Maria altamira
Só pelas temáticas abordadas o livro já vale muito a pena. é uma história pesada e sensível, que perpassa diferentes regiões sul-americanas e retrata questões relacionadas ao direito à terra e moradia, luta dos povos indígenas, violência contra a mulher e outras. há passagens muito impactantes, dolorosas e, por vezes, bonitas. acho que é um livro denso, escrito para se ler com calma, realmente buscando se ater à cada página e refletir sobre.

minha única crítica é que, o enredo se desenvolveu de forma bem lenta, mas, de repente, nas últimas páginas, tudo aconteceu rápida e simultaneamente, a narrativa ficou apressada (pouco compatível com o resto do livro), dando a sensação de que o fim foi um tanto incompleto.
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Debora2201 08/11/2023

Agradável surpresa
A leitura flui bem e a temática é bem interessante. Alguns trechos são difíceis de digerir e trazem bastante reflexões.
Recomendo a leitura.
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Tamara Barros 19/08/2023

Maria Altamira
História de Alelí, que após tragédia e mais tragédia se vê seguindo sem rumo pela América Latina, durante seu caminho tem uma filha, Maria Altamira, que também tem sua vida retratada no livro.
Em paralelo temos a Construção na usina de Belo Monte e seu impacto ambiental e social na região do Xingu.
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Maga 16/04/2023

Triste e bonito
História tão triste e ao mesmo tempo muito sensível e bonita... Geralmente é o tipo de narrativa que eu devoro rapidamente, mas, desta vez, li lentamente, sentindo um pouco as dores do caminhar de Alelí e das tragédias comuns aos povos latinos e originários. Recomendo!!!
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Nina 15/04/2023

"O tempo de algo tão intenso e extraordinário que só podia existir uma vez, e era ali que existia agora, naquele único momento."

Maria Altamira é um livro forte. Um livro atual. Um livro importante. Uma história contada de maneira sensível. Uma história que conta parte da nossa história. Que resgata parte da nossa história. E que é difícil de parar de lei.
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Tatinha 13/04/2023

Surpresa boa!
Adorei! Adorei saber sobre os fatos que aconteceram no nosso país que acabaram sendo esquecidos, de certa forma!
Adorei o desenrolar da história! E sem acreditar, adorei o final! Kkkk
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Talita.Barbosa 01/04/2023

Uma história sofrida, mas muito potente. As mulheres são incríveis! A mistura com os fatos históricos deixa tudo muito mais rico, ao mesmo tempo que nos deixa tristes, revoltadas, com ódio e muito intrigadas pra ir procurar mais sobre a história de Belo Monte.
Achei o final mal escrito, tipo um final de novelona, mas o resto compensa.
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Maria.Thereza 30/03/2023

O romance de maria josé silveira trata de questões sociais e ambientais latino-americanas a partir da história de uma mãe (Alelí) e sua filha (Maria Altamira), com trajetórias completamente apartadas

o livro começa nos anos 70 e vem até os dias de hoje, tendo como marcos tragédias reais como um terremoto no Peru e a instalação da usina de Belo Monte em Altamira, cidade no Pará. a partir desta perspectiva histórica, a autora descreve histórias de luta, injustiça e amor

Maria Altamira se diz filha do Rio Xingu e luta pelos povos indígenas e comunidades ribeirinhas contra o desastre social e ambiental causado pela construção da usina

o livro é lindo demais e merece ser lido!
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Carol 16/03/2023

Um livro lindo e muito, muito triste! Que vida angustiante a de Alelí... que tristeza ver a construção de Belo Monte pelo ponto de vista dos que sofreram diretamente seus impactos...
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tguedes2 10/03/2023

Maria José Silveira foi um achado
Gostei muito de Maria Altamira. Foi muito interessante e importante vislumbrar as obras da usina Belo Monte pelos olhos das famílias desalojadas e, principalmente, pela visão dos indígenas que viviam a margem do Rio Xingu. Essa enfoque do livro pra mim foi o mais interessante e o enredo que eu mais estava interessada em acompanhar, de modo que os enredos paralelos não me interessaram muito. A jornada de Aleli, apesar de ter significado e importância, tornou-se um pouco repetitiva pra mim.Queria acompanhar melhor o impacto das obras da usina e o que aconteceu com os amigos de Altamira, o que não é tão explorado como eu gostaria. No mais, é um livro muito representativo de um Brasil desigual, feito para lucro e gozo das classes dominantes. Revolta e denúncia são os pontos centrais dessa narrativa. Leiam.
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