Germinal

Germinal Emile Zola



Resenhas - Germinal


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Fernanda 25/09/2021

De um realismo puro!
Li essa obra durante o 7º período do curso de Letras, para a disciplina de Literatura Portuguesa II e, como sempre quis escrever um pouco dos meus sentimentos a respeito da leitura para vocês.

Émile Zola é um escritor francês de (1840-1902) e com a publicação de sua obra Germinal (1885) torna-se o percurso do naturalismo no mundo. A obra de Zola é um retrato da revolta dos mineiros de Montsou, pois as condições draconianas de trabalhos nas minas eram muito insalubres e o pagamento mal dava para a sobrevivência das famílias. É preciso ainda levar em consideração que as famílias eram grandes, portanto, havia muitas bocas para serem alimentadas, mas o pão sempre lhe foi pouco e a decadência sempre aumentava.

Além do frio e da fome ainda tinha as doenças e os acidentes que impossibilitavam vários trabalhadores de descerem as minas para trabalhar e isso já prejudicava ainda mais as condições precárias com as quais já viviam. Ademais, por trabalharem a vida todas nas minas as pessoas cuspiam puro carvão e várias e várias gerações eram condenadas as este tipo de trabalho, afinal, precisavam sobreviver. E em meio a este sofrimento sem fim, muitos imploravam a Deus para lhes tirar a vida, pois já bastava de tanto sofrimento.

A chegada de Étiene Lantier traz para este povo sofrido um pouco de esperança e assim eles se organizam para a tão falada greve e os dias que estão por vir são tão nebulosos quanto à cor de seus cuspis. A organização de um caixa de sobrevivência foi feito para sustento dos mineiros durante a revolta mais eram tantas bocas para alimentarem que logo as pessoas precisaram se desfazerem dos poucos pertences aos quais possuíam e a partir disso vemos a pobreza aumentar cada dia mais e mais. A fome lhes doía os ossos, a pobreza fedia em suas narinas mais eles resistiram até não poderem mais.

A família Maheu é descrita com tamanha grandeza que é possível vê a necessidade pura dessa família e imaginar como a fome estava lhes matando. A senhora Maheu sempre foi uma mulher forte e resistiu até perder três de seus filhos e o marido e tudo isso como consequência da luta por sobrevivência. Perdeu assim, três para a mina do Voraz e uma para fome e a miséria, pois não tinha sequer um pano molhado para colocar na boca de sua pequena Alzire.

A obra é tão real nos dói ler algo tão angustiante, pobre, cheio de fome e necessidades tão básicas mais que falta para este povo sofrido. Zola descreve as cenas de maneira tão vivida que é possível imaginar todas aquelas vidas desgraçadas vivendo em meio ao capitalismo industrial e se olharmos não se difere de hoje, pois os ricos estão na bonança e boa parte pobres morrendo de fome. A obra retrata todos os níveis sociais e, claro a podridão humana. Confesso que a leitura da obra é algo fácil, quer dizer, não é por ser uma literatura clássica que é difícil de ler como Eurico, o Presbítero (rs).

Jamais imaginei realizar a leitura desta obra, mas digo que foi uma grata surpresa e a leitura foi maravilhosa e muito marcante, por isso, recomendo a leitura.

site: http://ascattarinas.blogspot.com/
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Juscelino L 03/09/2021

Sensacional o livro de Zola, me deixa triste pensar que um livro relatando a vida miserável e árdua dos mineiros de meados 1860 se assemelha em muito a vida dos trabalhadores de hoje, ainda há muita injustiça e quão difícil é lutar por direitos trabalhistas melhores.

Uma nota interessante pra acrescentar é que curti bastante é ter lido esta história pela edição do selo Seguinte, o "selo jovem da Companhia das Letras" como está escrito na contracapa, pois ao fim da história há vários textos de apoio sobre o autor, contexto histórico e estilo literário, além de trazer um paralelo à época brasileira, realmente me senti um jovem universitário lendo essas observações.
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Sidney.Prando 18/07/2021

ANIMAIS OU HUMANOS?
Sem sombra de duvidas essa foi uma das obras que eu li e que mais me surpreendeu!
Germinal é uma complexa relação do homem para com ele mesmo e isso se dá em aspectos bem sólidos ao longo do livro, mas não se preocupe, a narrativa é mais fácil que pronunciar o nome do autor.
O livro tem seu pontapé inicial com a chegada de Etienne a Montsou (mina de carvão). Depois de empregado, o personagem começa a tecer uma teia que irá causar uma mudança drástica não só na sua vida, mas na vida das famílias dos mineiros e demais moradores da região. Ademais, Zola ira vestir toda a sua narrativa com a capa da escola literária Naturalista, dando ao âmbito geral o determinismo tão característico das relações que se sucedem. Além de dono de uma narrativa descritiva impecável que vai te fazer sentir desde a humidade claustrofóbica das minas de carvão até a ânsia em cada morte drástica, o autor expõe não só a miséria humana passada de geração em geração como uma patologia imutável, mas vai te proporcionar uma visão ambígua das lutas por direitos trabalhistas, satirizando a moral em cada abordagem.
Para mim, o livro não só foi uma leitura descontraída e rápida (o que não é tão comum em clássicos), mas como serviu de provocação a minha moral ao abordar não só os pontos que fazem uma revolução ser boa, mas os que a fazem ser ruim. Isso sem contar a tensão em cada tragédia que acontece (e são VÁRIAS!! Quase não dá para desgrudar do livro).
Recomendo esse livro principalmente para você que está interessado (a) em algo mais denso e que ao mesmo tempo não irá te fazer morrer de tédio.


site: https://www.instagram.com/p/COahkS7BOt9/?utm_source=ig_web_copy_link
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Matheus 07/07/2021

Muito forte, realista (kkkkkkk), Mesmo sendo massante às vezes, adorei a escrita de Zola. Muito legais os textos extra da minja edição, explicando as Internacionais e o contexto. Só a união dos trabalhadores muda alguma coisa ne.
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re.aforiori 01/07/2021

Crua retratação de trabalho desumano em minas de carvão
?Germinal? é considerada a obra-prima de Émile Zola, e a mais importante obra do naturalismo na literatura.

Em ?Germinal? temos uma narrativa crua e muito descritiva, esta que é a maior característica do naturalismo ? que é uma espécie de realismo extremado.

Valeu muito para mim a leitura, pelo fato de ser apresentada de perto, e de forma estarrecedora, a vida miserável da classe trabalhadora ? explorada pelo proletariado ?, de mineiros em uma mina de carvão em Montsou, no norte da França.

Entretanto, devido a uma redução de salários, Etienne, o protagonista da história, comanda uma greve contra os proprietários das minas. Mas se passa determinado tempo, e não se tem os resultados esperados; todo esforço por justiça, acaba apenas trazendo mais fome, morte, desesperança e revolta...

Há história tem acontecidos fortes que despertam muitos sentimentos ao leitor.
Um deles, já no final, ocorre de forma muito bem elaborada, quando os mineiros acabam ficando soterrados no centro de uma mina... Nessa, muita coisa acontece em apenas um capítulo, que envolve, agoniza e surpreende o leitor...

No mais, é interessante mencionar, que, Zola, especialmente para escrever o romance, trabalhou dois meses em uma mina, comeu da mesma comida que os mineiros e dormiu nas mesmas instalações que eles. No entanto, assim pôde vivenciar todo o trabalho desumano dos mineiros e sentir na pele seus sofrimentos e suas mazelas.
Carolina.Gomes 02/07/2021minha estante
Preciso ler Germinal. Tenho adiado essa leitura.


re.aforiori 03/07/2021minha estante
Entendo... ??

Eu o adiei muito também, Carol...?

Este é o livro mais antigo de minha estante... E tem uma importância grande para mim. Pois foi meu pai que o comprou, quando eu era criança ainda, daqueles vendedores, que, antigamente, batiam de porta em porta. E junto veio o ?Dom Quixote? - que se tornou meu livro favorito da vida -, ?Os trabalhadores do mar? - que foi o primeiro livro que me marcou, e uma enciclopédia - que lia para descobrir escritores e suas obras, e assim ir fazendo minha lista de livros a ler; numa época em que a internet era discada e só se usava depois da meia noite, para cobrar um único pulso; então, praticamente, não podia contar com o Google, como se é hoje em dia... ?

No entanto, eu só fui começar a gostar de ler com 19 anos... E devido a uma circunstância que ocorreu em minha vida...

Ah, Carol, mais um detalhe que dá mais importância física ao ?Germinal?, para mim, é que um de meus cachorros, quando era filhote, quase o devorou... Mas cheguei a tempo de salvá-lo...??O livro possui uma marca de mordida dele... ?Acredito que ele se atraiu pela textura da capa, que é bem diferente... E também não sei dizer porque este livro, na época, ficava na prateleira debaixo da estante. ?

Enfim, o ?Germinal? me foi uma leitura muito valida, pelos motivos que disse na resenha, mas me é ainda mais importante como objeto, por assim dizer.?? Por tudo o que veio junto com ele... E pelas recordações que o mesmo me traz... ??




Kamyla.Maciel 28/05/2021

Diferente de tudo que li.
Livros como esse são difíceis de resenhar, fico pensando o que falar de um clássico cujo sucesso fala por si só? Vou me limitar a falar em como esse livro me atravessou.

Terminei uns dias atrás e ainda estou impactada, a crueza da narrativa é de doer o estômago, eu diria que sofri de claustrofobia ao ler a descrição das minas, do trabalho desumano dos mineiros- constantemente comparados a animais, ao ler as diversas opressões que as mulheres sofriam, ler a fome diária. A fome é quase uma personagem a parte.

É um livro muito doloroso que trata do início de uma organização dos trabalhadores por condições de trabalho mais dignas. E é pesado porque a miserabilidade em que viviam é tão descritivamente detalhada que não há como não doer também no leitor.

Eu nunca li nenhuma descrição da miséria de forma tão real quanto nesse livro, é o leitor acompanhando quase que a desumanização dos personagens, com fortes cenas de descaso por parte dos mais ricos. É o espírito humano na sua forma mais podre.

Ao final, só consigo concluir o que já vinha pensando, ter consciência pode ser doloroso, manter-se na ignorância pode parecer um caminho mais fácil, mas uma vez dado o primeiro passo não há como voltar atrás. A tomada de consciência das questões sociais é um caminho sem volta. E esse livro mostra muito bem isso.
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Alessandra359 16/05/2021

Germinal
Perfeito. Digno de constar dentre os grandes nomes da literatura mundial. A leitura nos prende e permite visualizar com perfeição um momento histórico e só largar a obra quando concluída. Recomendo a leitura, mais comentários não cabem para não assassinar o sabor dessa viagem maravilhosa que a literatura nos permite .
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Mariana 04/05/2021

"É um desses livros que se faz para si, por consciência", Zola confessa a um amigo em 1884 a respeito do que redigia. A imprensa pouco depois confirma se tratar de um romance operário, sem, contudo, provocar grandes surpresas: a revolta dos assalariados era a questão do século, a que o autor já havia sinalizado. Mas este interesse só evolui para um projeto durante a Comuna de Paris, quando se depara com corpos fuzilados e que ilustravam "a intensidade dos combates e a selvageria da repressão". Por último, conclui que a greve geral é mais característica da combatividade que a insurreição armada, dedicando Germinal a tal.
Embora os mineiros da aldeia de Montsou dominem a narrativa, essa complexa rede de personagens conta também com os patrões burgueses, para enriquecer e contrastar o panorama. Pois enquanto a resignação condena cada geração da família Maheu ao trabalho incessante em condições insalubres e prejudiciais à saúde, bem como à miséria; a inércia dos Grégoires, herdeiros acionistas, permite viverem confortavelmente, sobretudo porque na ignorância.
Ainda assim, a preocupação da Companhia com o desmoronamento da mina incide no salário dos trabalhadores, já inflamados pelas lideranças revolucionárias que se formavam. Étienne, caracterizado pelo coletivismo, embora com ideias e modo de agir muito rudimentares para ser considerado socialista, tão logo é empregado na Voraz, usurpa a popularidade de Rasseneur, o pequeno-burguês moderado. Ao seu lado, a figura da moda: o niilista russo, Suvarin, cujo mito do extermínio regenerador tanto o assusta como encanta. Entre uniões e rupturas, eles representam as três correntes da esquerda.
Depois de dedicar um mês inteiro quase que exclusivamente a esta leitura, não posso negar que Zola se alongue e repita desnecessariamente, gerando fadiga. A escrita, com traços inverossímeis, tampouco foi minha parte favorita. Mas um real problema só tive com a insistência no triângulo amoroso Chaval-Catherine-Étienne, insensível à violência a que a garota é submetida por ambos.
Com as devidas ressalvas, sem exagero ou contradição, considero esta uma das melhores obras que já li.

site: instagram.com/eu.melivro
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Paulo Freitas 28/04/2021

A obra relata a realidade de uma fração específica da classe trabalhadora francesa: aquela que se sujeita à atividade da mineração. O romance levanta as questões sociais, deixando que os receptores dessa obra de arte (re) elaborem livremente seus conceitos acerca das desigualdades do mundo. 
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Philipe 27/04/2021

Tido como a obra prima de Emile Zola, o claustrofóbico Germinal, lançado em 1885, retrata as condições de vida, sobrevivência e trabalho de mineiros do norte da França.

Acompanhando a chegada do maquinista Etienne Lantier, Zola nos mostra as gritantes diferenças de cotidiano das famílias impactadas pelo funcionamento da mina de carvão. De forma crua, expõe as chagas frágeis da sociedade quanto as diferenças de classe. Expõe também a fome latente sempre presente que impulsiona para um trabalho de semiescravidão, que impede qualquer ascensão social.

As passagens da história que ocorrem na monstruosa mina, retratada como uma besta a devorar, e digerir, cada trabalhador, são sufocantes e assustadoramente detalhadas. Apesar de ser um pouco difícil imaginar um lugar de trabalho como esse, as descrições de Zola conseguem te fazer sentir um pouco da claustrofobia que um lugar assim pode oferecer.
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Amós 18/04/2021

Sobre a besta devoradora de homens
Germinal foi um livro que sempre sonhei ler desde que, quando tinha por volta de quinze anos, assisti a uma peça realizada por alunos mais velhos na minha escola. Naquela idade não entendi muito do que acontecia mas me fascinou os discursos de Etienne e da revolta de todos os operários. Pois bem, eis que quase dez anos se passaram e eu inicio a leitura da obra. Tive a felicidade de ler numa edição da Abril - capa dura com detalhes em dourados e com direito a ilustração na contracapa - que foi impressa em 1979, plena Ditadura Militar. Sabendo o que me aguardava isso me animou.
O livro foi escrito pelo autor francês Émile Zola, falecido em 1902 e que dedicou boa parte de sua vida à luta em prol de causas socialistas e nas divulgações dessas ideias através de seu ofício de jornalista e também como romancista. Trabalhou em vários jornais e escreveu séries de livros que solidificaram a escola naturalista dentro da literatura francesa, sendo Germinal considerado o auge dessa produção. O livro foi publicado em 1885, momento em que a França via a 3º República se estabelecer sobre os escombros da amarga derrota na Guerra Franco-Prussiana. É sabido que para iniciar sua escrita, o autor trabalhou por alguns meses em minas de carvão para ambientar-se com a realidade do operariado da época.
A obra se assenta sobre a história de Etienne, um operário recém contratado numa mina de carvão numa região carbonífera do norte francês. Sob os olhos desse personagem o leitor é introduzido no universo desses trabalhadores. É fascinante como é descrito o funcionamento da mina em seu cotidiano e na constante comparação com uma besta que devora homens e cospe fora seus corpos mortos em acidentes ou adoentados depois de décadas de trabalho. As condições de trabalho são as piores possíveis, como jornadas de trabalho extenuantes e nenhuma garantia de segurança ou conforto no trabalho.
A imersão nesse universo minerador se completa quando Etienne encontra abrigo na casa de uma família de Maheu, um dos seus colegas de mina. Nesta casa o leitor encontra os exemplos mais puros dos trabalhadores dessas minas de carvão, pois são pessoas dedicadas ao serviço que lhes cobra a saúde e não paga a eles o suficiente para comprar o pão para crianças. Em torno dessa família vive uma vizinhança que compartilha dos mesmos valores e que conta com uma vida quase que comunal por conta da falta de privacidade típica de cortiços como aquele.
Simultaneamente a isso o autor nos apresenta ao núcleo rico da trama, as famílias dos donos da mina e de seus altos funcionários. O luxo, a mesquinhez e a extravagância desses personagens marca claramente o contraste entre esses dois universos, do burguês e do operário. As ansiedades desses personagens giram em torno de jantares sociais ou dos lucros e prejuízos de suas empresas de carvão enquanto nos cortiços mães e filhas se endividam ou cedem o próprio corpo para ganhar crédito na venda local e assim ter o que dar de comer para seus filhos esfomeados.
A trama do livro começa a crescer quando os donos da mina decidem mudar a forma de pagamento dos operários, deixando-a mais confusa para que estes recebam menos a cada semana de trabalho. Esse é o estalo porém para que Etienne se manifeste e ponha à prova todo conhecimento sobre o socialismo que adquiriu através de revistas, jornais operários e trocas de cartas com outros militantes da 1º Internacional dos Trabalhadores.
Os desfechos dessa história levam cada um dos leitores ao sofrimento e exaspero com as situações que esses trabalhadores irão enfrentar. Neste momento, aqueles que ainda hoje seguem na luta pelo socialismo vêem que as dificuldades enfrentadas não mudaram, somente se atualizaram. O trabalho de base, a agitação e propaganda, o peleguismo e a falta de consciência de classes são elementos que afetam a vida desses operários e que ainda são problemas hoje dentro da política.
Germinal é um livro inescapável para aqueles que se consideram socialistas e para apaixonados por literatura e suas escolas mais históricas como o naturalismo. A belíssima estética da sua escrita combinado com uma trama crua e brutal torna a leitura desse livro num prazer particular, como uma criança que arranca a casca de uma ferida mal cicatrizada e que mesmo sentindo dor continua o fazendo para descobrir o resultado. Enfim, já considero essa obra uma das minhas favoritas e recomendo a todos. Em primeira instância trata-se de um documento sólido da vida dos trabalhadores no final do século passado e que marca uma fase da luta dos movimentos socialista; e em segunda instância projeta no militante socialista da atualidade que a luta avançou muito nesse século e meio que se passou mas muito ainda há de ser feito para a emancipação da classe trabalhadora.


“Homens brotavam, um exército negro,
vingador, que germinava lentamente
nos sulcos da terra, crescendo para as
colheitas do século futuro, cuja germinação
não tardaria em fazer rebentar a terra.“


site: @gastter
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Ludmila 07/04/2021

Um livro intenso e devastador. A coragem das personagens, a crença de que tudo pode melhorar e os dramas vindos desses pensamentos fazem essa história ser realmente poderosa.
Mari Pereira 08/04/2021minha estante
Eu amei esse livro! ?


Ludmila 08/04/2021minha estante
Eu tbm! ?




Deghety 25/03/2021

Germinal
"Nem dá gosto viver, quando se perde a esperança. Já não era possível aturar mais, era preciso respirar um pouco. Parece impossível, chegar a tamanha desgraça por exigir justiça!"

Se fosse definir essa obra num trecho, seria essa fala da "do Maheu " ( a maioria das mulheres são denominadas com o nome do marido).
A do Maheu não é a protagonista, mas é a personagem que mais representa a classe operária, suas lutas, suas mazelas e suas desgraças, que não são poucas.
O protagonista é o Estêvão, jovem que incutiu ideias socialistas e esperançosas aos mineiros, trazendo graves consequências que são o ápice do livro.
Tem uma passagem onde os mineiros vão tentar um acordo com a administração da mina que o autor descreve muito bem o contraste entre a miséria dos trabalhadores e o luxo da burguesia. Outro instante que é de remoer as entranhas é a descrição de fome e miséria dos mineiros e suas famílias.
A leitura segue uma linha contínua e compacta dos acontecimentos, fazendo com que ficamos um tanto íntimos de todo o cenário. Começando com a apresentação do cortiço, que lembra O Cortiço de Aluízio de Azevedo, passando pelo trabalho em más condições e o despertar da consciência que lembra Mãe de Gorki, se encerrando como um soco no estômago, numa avalanche de desgraças e por fim, a resignação do destino.
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eliazevedo 11/03/2021

Germinal
As discrepâncias da vida de trabalhadores em minas de carvão e dos dirigentes. De um lado, famílias inteiras trabalhando desde criança mal conseguindo comprar o pão. De outro lado famílias vivendo na riqueza e superficialidade. E as consequências qdo os trabalhadores resolvem lutar por mais reconhecimento e um pagamento digno
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