Resenhas - A Mulher e o Vento

Dri 11/09/2023

Um conto que poderia ser uma trama mais extensa.
Comprei esse livro na bienal do Rio de 2023 e devorei em menos de uma hora. A história te deixa curiosa para saber o desfecho e não decepciona. Acho que a decepção está em não sabermos mais sobre os personagens e suas relações.

Kayane18 10/09/2023

Sussurros dos ventos ou das vozes?
Bom, mas esse conto fala basicamente sobre Ana,uma mulher recém casada que vai morar com seu marido em um lugar frio e chuvoso e durante esses dias ela escuta sussurros de algo.
A leitura no início foi bem chatinha,mas a partir de algumas páginas melhora.
Acredito que poderia ter desenvolvido mais a origem desses sussurros que ouvia,a relação entre seu marido,empregado,etc..
Contudo,vale a pena ler essa história e desfrutar dessa pequena loucura que Ana sofre.

Rafae.Agari 27/06/2023

Muito bom!!
Tive o privilégio de conhecer a Fabi pessoalmente e simplesmente me apaixonei pela leitura desse curta. A história é cativante do começo ao fim e com várias reviravoltas. E fiquei simplesmente CHOCADO com o final.

Lethycia Dias 25/10/2022

Angustiante
Nessa história curta, acompanhamos a gravidez aterrorizante de uma mulher que acredita que sua morte se aproxima. Levada para viver numa casa próxima ao mar, onde o tempo é sempre ruim, a protagonista vive momentos apavorantes de ouvir vozes, encontrar a própria cova e de sentir que uma trama se desenrola pelas suas costas dentro da própria casa.
De várias formas, essa história me fez lembrar de "O papel de parede amarelo". A mulher isolada em um lugar em que não estava acostumada a viver, o tempo cada vez maior que passa sem ter contato com outras pessoas, a forma condescendente com que o marido, o médico e os empregados da casa falam com ela... E claro, a angústia cada vez maior de perceber que algo acontece sem que ela possa fazer nada para impedir.
O desfecho é bem típico desse tipo de história e foi impactante na medida certa.

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Andrea 20/02/2022

Normalmente, eu não resenho contos, mas tem aqueles poucos, como esse aqui, que merecem mais um comentariozinho.

Eu terminei a leitura e fiquei olhando pro vazio, pensando, OQ FOI QUE EU ACABEI DE LER?? Lembro de ter me sentido mais ou menos assim quando li "A Menina Que Não Sabia Ler" (que, aliás, tem uma continuação que consegue superar o primeiro livro). A tensão construída, o "é ou não é verdade?", o fato de não sabemos com certeza o que está acontecendo... So much feels em tão poucas páginas! E aí vem o final e posso ou não ter me sentido um pouco aquele emoji de palhaço também.

Ah, e uma dica: se te chamarem pra morar/visitar uma casa nos cafundós do Judas, per amore, não aceite!! Fuja pras colinas-- não, pera, hahaha.

Hill 31/12/2021

Um bom horror melancólico
Apesar de ser um pouco lento achei extremamente envolvente e uma vez que comecei só consegui parar quando acabei a leitura. Tudo na trama acontece gradualmente mas na escrita tudo ocorre de forma dinâmica sempre escalonando de tal jeito que eu ficava "eita" atrás de "eita", sempre na dúvida de ?ela surtou ou tão fazendo tortura psicologica com ela? E o que diabos??. Quem gostou da melancolia e o desespero crescente de A maldição de Bly manor e de Colina escarlate vai curtir muito esse livro.

Jon O'Brien 13/11/2021

Um bom conto
Comecei a ler A Mulher e o Vento, da autora nacional Fabiana Ferraz, sem expectativas. Pelo fato de não conhecer a escrita da autora e de não poder estabelecer parâmetros, fui simplesmente lendo. No conto, acompanhamos Ana, que se muda com o marido, Joaquim, para uma casa no meio do nada. Grávida, ela começa a ouvir uma voz chamando seu nome e passa a se questionar se está louca ou se é verdade o que a voz diz acerca da sua reclusão naquela casa.
A escrita da autora é fluida. De início, confesso que não me apeguei à Ana ou a qualquer outro personagem, mas conforme sentimos o sofrimento palpável da protagonista, compartilhamos, em algum nível, da sua possível loucura. O conto tem um desenvolvimento inesperado (tem uma condução e um desenrolar que não me passaram pela cabeça quando li a sinopse do conto), mas tem um final que, apesar de bom, é previsível. Além disso, algumas questões poderiam ser explicadas com maior profundidade.
Estou muito ansioso para ler mais obras da Fabiana Ferraz.

Nat Nat 29/10/2021

Até onde precisamos ir para provar que não somos loucos ou será que somos um pouco?

Um conto de leitura rápida, mas que parece não querer se desenvolver.

Ela realmente estava pirada ou era a sua intuição falando mais alto?!?

isapoirot 06/10/2021

simplesmente PERFEITO????
que incrível e agoniante e misterioso e aesthetic e af meu Deus ta de parabéns moça estou te seguindo pra sempre pf escreva muitos contos de terror

Nanda 12/07/2021

Eu sou louca? Ana é louca? Ou ninguém é louco?
Estou sem palavras com este conto.

Fabiana, tem mulher gritando, criança chorando aqui querendo saber o que aconteceu depois.

A autora brinca com você durante todo o conto e consegue manter o suspense até o fim apesar de que você termina com aquele sentimento de que o conto merecia algumas páginas a mais.

sandim_steh 05/01/2021

Visite o IG!
"O vento adivinhou meus pensamentos e brincou com meus cabelos soltos. Entrou pelas aberturas da camisola, causando arrepios pelo contraste com a pele quente."

Confira a resenha completa no IG: @PAPEANDOSTEH

Isabella2243 25/11/2020

A mulher e o vento
O conto tem um pano de fundo ótimo, final bem amarrado, mais senti que faltou uma explicação para os acontecimentos no decorrer da história, como o vento, a motivação do ocorrido

@jurietjens 20/11/2020

Envolvente
Uma mulher recém casada se muda para a casa do marido, às margens do oceano em um lugar deserto. E lá não há com quem ela conversar, exceto com o vento.

Esse conto foi uma bela surpresa. E deixa a dúvida: Ana era uma mulher ensandecida ou tinha total controle dos seus atos? Estava certa ou tomada pela loucura?

A resposta, cada um deverá descobrir por si próprio. Mas saiba que nesse suspense, ninguém parece ser inocente. Uma leitura rápida e que recomendo sem sombra de dúvidas!

Thacy Mendes 31/10/2020

Ana está louca! Louca!
Após se casar com Joaquim, Ana passa a morar com seu novo marido em uma casa isolada, localizada no alto de um penhasco. O lugar não é nada acolhedor, e seu interior menos ainda. Longe do resto do mundo e com Joaquim sempre viajando a trabalho, Ana começa a se sentir sufocada e para piorar, uma voz estranha aparece para assombra-lhe e fazer revelações surpreendentes.

Gostei muito da narrativa sombria do conto, me senti angustiada com a situação de Ana. É uma ótima história para quem quer iniciar no gênero, ou quer ler um terrorzinho rápido e ligeiro.

Tudo na casa contribui para que o sentimento de tensão, medo e desconfiança aumente. Confiar ou não em seus instintos? Loucura ou sobrenatural?
Fabiana Ferraz descreve muito bem, consegui sentir como se eu fizesse parte da casa e fosse alguém próximo de Ana, gosto de me sentir pertencente a história.

Sendo bem curtinha, tenho até receio de continuar falando sobre ela e soltar algum spoiler sem querer. Portanto, concluo dizendo que, não necessariamente é um conto assustador, mas é uma história sombria, considero uma boa opção para ressaca literária e para quando queremos entrar numa vibe mais dark.

Mariana - @escreve.mariana 22/10/2020

Sussurros que gritam para serem ouvidos [IG: @epifaniasliterarias_]
O conto "A mulher e o vento", da autora Fabiana Ferraz, se inicia após o casamento de Ana e Joaquim, em que ambos se mudam para uma casa no alto de um penhasco, isolados do restante do mundo, com vista para um mar em toda a sua imensidão e para um horizonte sempre recoberto por nuvens cinzentas. O interior da casa consegue ser ainda menos acolhedor, com pisos imaculados e paredes de madeira escura e sufocante.

Essa atmosfera apresenta um contraste perceptível em relação ao quarto escolhido para a esposa, localizado no segundo andar e com uma decoração de tons alegres, delicada e feminina. Na primeira interação entre eles, notamos a constante vigilância do marido com sua esposa, que inclusive ordenou que soldassem as janelas do quarto, para que nenhuma ventania entrasse e desestabilizasse aquele cenário perfeitamente arquitetado.

Entretanto, em uma das muitas noites que Joaquim está na cidade à trabalho, Ana começa a ouvir o vento batendo contra o vidro, cada vez mais forte. Esse lamuriar se transforma em um sussurro inconfundível: estão chamando pelo seu nome. Uma sensação de inquietude a toma por completo e ela resolve, então, descer as escadas e, pela primeira vez, confiar em seus instintos.

Apesar da premissa instigante, essa foi uma leitura que acabou não funcionando para mim. Isso porque, como já tive contato com contos clássicos do subgênero do terror feminista, como "O papel de parede amarelo", de Charlotte Perkins Gilman, e "O barba azul", de Charles Perrault, acabei perdendo alguns dos elementos surpresa inseridos no desenvolvimento e desfecho da história, os quais se tornaram um tanto previsíveis, por conta das semelhanças com as narrativas clássicas.

Assim sendo, recomendo essa leitura para aqueles que desejam começar a ler o gênero, por um conto de autoria contemporânea e nacional, que retrata de forma assustadoramente real as consequências que um relacionamento tóxico e abusivo pode ocasionar nas vivências e na saúde mental de uma mulher, a todo tempo depreciada, sufocada e cerceada pelos padrões impostos pelo patriarcado e pela misoginia.