Resenhas - Romance Siciliano

Dany 29/05/2020

ROMANCE SICILIANO de Ann Radcliffe
Primeira escritora mulher que veio na caixa-preta da Escotilha. Bem ao estilo do clube, esse romance gótico traz todos os elementos dignos de sua época. Vale destacar também que Ann Radcliffe foi a primeira mulher a escrever histórias nesse gênero. E está edição foi toda feita por mulheres.

A história que nos é contada está contida em um manuscrito e ocorreu em meados do final do século XVI na costa leste da Sicília.

O Marquês de Mazzini após perde a primeira esposa, que o deixou com duas filhas e um filho. Casou-se novamente e abandou o castelo em Mazzini para ir morar em Nápoles acompanhado da nova esposa e do filho mais novo. As duas meninas (Emilia e Julia) permaneceram no castelo, tendo como tutora Madame de Menon.

O Marquês de Mazzini retorna ao castelo acompanhado de uma comitiva para apresentar o filho Ferdinand a sociedade. Com o retorno do Marquês a vida das meninas é modificada por completo, principalmente a de Julia que se torna a protagonista da história.

A história conta também com outros elementos: suposição de um possível fantasma, as festas, o cenário, a trama amorosa de um amor proibido, a fuga de um destino imposto, segredos do passado, traições, amores impossíveis. Ou seja, um cenário genuinamente ao estilo gótico.

Teve algumas coisas que eu não gostei da história. O fato de que alguns personagens foram completamente esquecidos. Outra coisa que me irritou bastante foi o quanto as situações foram convenientes para salvar os personagens.

A obra é um clássico e veio para mostrar que esse gênero não pode ser esquecido, que tem muita coisa boa que vale a pena ser lido.

skuser02844 14/09/2020

O gótico envolvente de Ann Radcliffe
Mais um ótimo romance gótico da autora de Os mistérios de Udolpho. Uma história envolvente que prende a atenção do começo ao fim. Vale a pena conferir.

Butakun 19/07/2020

Não é bem da minha laia, mas...
Adoro os clássicos, e de tudo quanto é gênero, mas terror nunca foi algo que me atraiu, fosse no cinema, na tv ou, como é o caso em questão, na literatura. Está bem, Ann Radcliffe, embora seja considerada a "grande mãe" da literatura gótica, e também tenha a mão cheia quando o assunto é descrever cenários e ambientes e criar tramas cheias de reviravoltas, está bem longe de escrever terror propriamente dito, ao menos nesse "Romance Siciliano". O enredo em si é bem legal, e tem um final que compensa os infortúnios dos protagonistas que vimos por quase toda a obra, mas a velocidade da narrativa me incomodou um pouco, porque é muita coisa acontecendo em intervalos bem pequenos de tempo (o livro é bem curto, o que talvez justifique essa correria, não sei), bem como alguns breves saltos temporais pouco explicados, o que faz com que certos buracos na trama surjam aqui e acolá (mas nada muito sério). Em resumo, vale a leitura, e isso tanto pelo peso que ele tem na história da literatura como também por ser uma das poucas oportunidades de lermos Radcliffe por aqui (o único outro romance dela com edição brasileira é "Os Mistérios de Udolpho", pela editora Pedrazul - que tenho, mas ainda não li). Sobre essa edição em si, feita pela Novo Século para o seu clube de ficção especulativa, o Escotilha_NS, cabe dizer que é bem razoável quanto à diagramação (mas não gostei) e possui um projeto gráfico um tanto inovador (mas justificado, de acordo com a revista que veio junto com o livro), mas que também não me agradou muito. Já a revisão... vixe. Notei vários e vários erros de concordância e outros tantos de digitação mesmo. Espero que melhorem esses aspectos no próximo livro do clube, previsto para esse mês (julho/2020).