Resenhas - Sou dona da minha alma

Daniella.Mancino 09/03/2023

Um pouco mais de Virginia
Conhecer o ser humano por trás de obras que admiro é sempre uma experiência satisfatória. E o livro mostra uma mulher inteira, com todas as suas inquietudes e imperfeições.

Jackie 05/09/2021

Não conhecia a autora, foi meu primeiro livro e já me apaixonei. Sinceramente vi uma mulher que teve muitas provações na vida e soube usar sua genialidade escrita para transpor suas dores. Me fez querer ler mais e mais e aprende. Achei sua escrita poética ao ler sobre sua forma de vet o mundo, seus sonhos, angústias e soluções valorizei mais meus próprios diários como uma forma de também me entender .

Evilly.Yasmim 27/08/2021

Um Bom livro
Esse livro é ótimo
O final deixa muito a desejar
Enfim
mais é bom
Gostei da história do livro
Daria nota de 7/10

Alê Ferreira 18/07/2021

Como apreender uma alma?
Nessa biografia Nadia Fusini se propõe escrever não só sobre fatos, tal como estamos acostumados nesse gênero literário, mas sobretudo a nós conduzir pelo labirinto de sensações, pensamentos e sentimentos vivenciados por Virginia Woolf, e o faz a partir da reunião suas entradas em diários, cartas e seus livros. É a partir da obra da biografada e daquilo que ela exteriorização na escrita que Nadia tenta pincelar quadro da alma.
Claro que ante essa escolha impossível não nós depararmos com o olhar e a própria alma da biógrafa, portanto o livro está cheio de subjetividades da autora.
Mas isso não me causou impacto negativo, pelo contrário embelezou a escrita, na minha opinião fazendo jus à maneira como a Virgínia (suas obras) devem ser lidas, sempre à partir do mundo interior do próprio leitor, sem esquecer a importância de contextualizar a obra com as experiências e o momento histórico de sua coração. Assim a Nádia faz uma perfeita costura entre esses dois aspectos. Tem uma escrita sensível e agradável, embora em alguns trechos a narrativa cause alguma confusão no leitor por falta de linearidade, o que eu entendi como da própria essência da proposta da biógrafa.
Recomendo a incursão nessa biografia tanto a quem já leu os livros da autora, como aqueles que ainda não o fizeram de uma maneira ou de outra esse livro irá descortinar alguns "segredos" no espírito do leitor.
Essa leitura a qual fui costurando enquanto lia as obras de ficção e de não-ficção da Virgínia Woolf, ainda que apenas 10 livros, foi muito importante para compreensão da obra da autora.

Ivy 30/06/2021

Foi incrível conhecer o lado contraditório, e até avesso, dessa autora que tanto admiro o trabalho. Nos são apresentados os aspectos da personalidade de Virginia Woolf - retirados por Nadia dos diários, cartas e obras da Virgínia - com seus tantos e inquietantes defeitos, lutas, amores, processo criativo de suas obras e trajetória de vida dessa escritora, sem dúvidas, genial!
Nádia escolheu "biografar a alma" de Virginia, como diferencial de seu livro, mas sua narrativa não me fisgou. Muito arrastado por ser excessivamente "abstrato".

TaizaMaria 26/06/2021

Que livro!!! Que mulher!!
Sem dúvidas, uma das melhores biografias que já li.
Podem dar um desconto porque sou profunda admiradora de Virginia Woolf, mas é realmente muito bem construída e pensada a estrutura do livro. É tocante. Poético. Recomendo imensamente a tod@s que posso fazê-lo.

Evilly 24/06/2021

Livro bom
Gostei muito da história de Virgínia e vita , mais não de todas partes , o final e meio blé
Mais e um livro bom

Fat212 28/05/2021

Obras que espelham a autora
Foi assim que Nádia conseguiu descrever e interpretar Virginia. A combinação do diário e dos personagens de suas obras revelam um pouco de quem ela foi.

Ludmila 08/11/2020

Virginia Woolf, escritora visionária!!.
Virgínia Woolf, escritora que fez da escrita, o significado de sua existência! "Sou dona da minha"!

Em toda sua obra, da ficção a não ficção, a autora questiona a condição da mulher na sociedade capitalista! Em "Três Guineus", auge político de sua escrita, publicado em 1939 qdo a onda facista se alastra na Europa, Virgínia associa misoginia, militarização e autoritarismo.

Virgínia Woolf, feminista visionária que
associou o patriarcado ao capitalismo quando as mulheres não tinham nem acesso ao ensino formal!!

Elaine | @naneverso 14/02/2020

Virginia Woolf é dona da minha alma
Nesta biografia concebida por Nadia Fusini, acompanhamos a vida de Virginia não pelos olhos de outrem, mas pelos olhos da própria Virginia. Por meio de seus diários, suas correspondências, seus manuscritos confusos nos versos de folhas de rascunho, por meio de uma autobiografia que foi engavetada antes de poder ver a luz do dia, a escrita impecável de Nadia nos mostra cada pedaço da vida – e da alma – de Woolf, permitindo que vejamos também que nada em sua obra é implícito, mas sim totalmente explícito. Sua vida toda está nos seus filhos dolorosamente paridos e aos quais chamou de livros; basta olhar com olhos mais atentos.

A resenha completa está em @naneandherbooks no Instagram

site: https://www.instagram.com/p/B7yRdd5DCay/

Felipe Lago 03/10/2011

Tormentas, falenas, faróis, mulheres, medos e passionalidade.
Virginia era uma entidade, um cata clisma de sentimentos e emoções como tudo o que está cristalizado na sua literatura.
Nadia Fusini soube ser muito imparcial dentro do se propôs e extremamente objetiva na sua narrativa, mas não deixou que a objetividade tornasse o texto técnico, ela é extremamente envolvente e o texto parece uma boa conversa sobre Virginia Woolf e suas obras, é interessantíssimo!

Francine 31/10/2010

Sou Dona da Minha Alma - Virginia Woolf por Nadia Fusini
"Apenas a autobiografia é literatura, os romances são a casca e, ao final, chega-se ao caroço: ou eu, ou você." Virginia Woolf

Como a própria autora, Nadia Fusini, afirma, “biografias sobre Virginia Woolf existem muitas”, então, quem ousa escrever sobre ela deve saber muito bem o que está fazendo, porque a história de Virginia Woolf é naturalmente muito interessante: uma adolescente órfã, uma vida dividia com a irmã, sem regras, o grupo Bloomsbury, a loucura, a quase morte, o casamento, o lesbianismo, os livros, a glória, o reconhecimento, o feminismo e o suicídio. Assim, ao narrar a vida dessa grande escritora é preciso cuidado e inteligência para não cair na mesmice, afinal, o que ainda não foi escrito sobre Virginia Woolf?

A italiana Nadia Fusini é romancista, crítica literária, professora e tradutora e escreveu essa biografia em 2006 após aceitar a idéia de uma amiga. E ela foi muito feliz com a escrita. No início, talvez por eu não conhecer a autora, achei o texto muito “literário” e não senti confiança, pois eu esperava um texto mais jornalístico. Porém, na medida em que a história começa a ganhar corpo e sustento (toda a fase inicial de Virginia Woolf), a leitura fica extremamente prazerosa e eu não consegui parar mais. Nadia Fusini, em pequenos capítulos, vai tecendo a mente e a vida de Virginia Woolf de uma maneira sublime: não cansa e não enjoa. E isso é muito importante quando se trata do mundo woolfiano, pois é um mundo muito denso e complexo, e, utilizando uma frase de Clarice Lispector, afirmo: ou toca ou não toca. Em outras palavras: ou o leitor mergulha de cabeça na obra e vida de Virginia Woolf, ou não mergulha. Aconselho também que se tenha lido alguma coisa dela antes de partir para a biografia: Ao farol, Mrs. Dalloway, Orlando e alguns contos são suficientes para a leitura da biografia ficar muito melhor, pois com as sutilezas que sentimos nos livros, iremos compreender mais na biografia. Será um constante “ah, por isso que Virginia escreveu aquilo e aquilo e aquilo!”, é gostoso.

Quero também registrar a importância que a autora deu ao período da Segunda Guerra Mundial, pois, para mim, isso tem muita influência no suicídio de Virginia Woolf, e, através das minhas pequenas pesquisas, não encontro muitas informações sobre isso. O que encontro é: “Virginia Woolf, a louca que se matou porque ouvia vozes.” Não é bem por aí, há muito mais para se falar e desvendar sobre o mistério que ronda a sua morte: seus traumas de infância, a perda dos pais, o casamento sem sexo, o amor por Vita, os críticos, a perda dos amigos queridos… tudo isso para Virginia Woolf foi muito forte, e justamente por ser uma escritora modernista com um pé no realismo, cada dia de sua vida, mesmo um dia comum, era carregado de significado. Então, se o simples e banal cotidiano levava Virginia Woolf à necessidade de escrever, os acontecimentos mais complexos a levavam à loucura, porque, infelizmente, não eram sempre acontecimentos felizes. E Nadia Fusini consegui concretizar isso em cada linha de toda a obra, ela escreveu uma biografia psicológica.

E o segredo de Virginia Woolf? Qual é? Leia o livro, ele está lá! Não através de uma resposta simples, mas através de sua sensibilidade perante uma vida, uma extraordinária e simples vida.

http://acontadora.wordpress.com/2010/10/13/%E2%80%9Csou-dona-da-minha-alma%E2%80%9D-uma-biografia-de-virginia-woolf-por-nadia-fusini/

Maria 21/09/2010

Aventurando-se por um coração selvagem
Nadia Fusini conseguiu. Não pensava que alguém fosse conseguí-lo, narrar a história de Virginia sem traí-la. Mas sem o relato seco de uma biografia, mas com óbvia influencia do "introspectismo" de sua modelo - sim, modelo, pois como Vita posou para Virginia, para que esta pudesse transformar moldar sua vida, com aquele toque de mágica, Nadia fez de Virginia sua modelo, sua inspiração -, narrou com fidelidade e leveza sua vida, com uma espécie de sentimento "materno", esteve ao lado, página a página, justificando Virginia, fazendo-nos vê-la não apenas como a escritora suicida e melancólica, mas como uma mulher: que sofre, se apaixona, é ferida, tímida, insegura. Assim como todas nós, mulheres, somos. Ver a face "humana" de Virginia - não tirá-la do pedestal, propriamente dizendo, mas fazendo-na mais próxima de nós mesmos - foi uma tarefa cumprida com perfeição, coisa essa que creio ser responsável pelo amor que fui alimentando durante o livro pela mulher, não apenas pela autora.
Leitura interessantíssima e detalhista. Associando-se isso aos excertos e citações do diário de Virginia, Sou Dona de Minha Alma torna-se uma leitura imprescindível não apenas para os fãs da autora mas aos amantes da vida e da literatura - que, querendo ou não, é a vida em si.