Caminhos cruzados

Caminhos cruzados Erico Verissimo




Resenhas - Caminhos Cruzados


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Clio0 19/09/2023

Outra obra de Érico Verissimo em que ele brinca com o contraponto, a técnica de colocar várias histórias paralelas que retratam uma mesma ideia, mas não necessariamente uma mesma trama. A ideia principal é como o mundo moderno massacra a arte no Homem.

No desenrolar, somos apresentados a quatros sonhos básicos: o infantil (João Benévolo), o utópico (Noel), o alienador (Chinita), o esperançoso (Clarimundo). Desnecessário dizer que todos são incapazes de conciliar o mundo real com o onírico, afinal o pragmatismo trai a tendência humana à criação e a apreciação.

Incansavelmente, pela família, sociedade e governo, os personagens são sistematicamente atacados com a exposição da realidade, seja ela comer, amar, dormir, pagar as contas. E mesmo obedecendo a essas predisposições, Verissimo faz questão de descrever como ainda assim, com cega obediência, é impossível algo mais do que apenas a mera sobrevivência.

É o quotidiano de mais de noventa porcento dos brasileiros que ao final do dia ainda dizem, como Buarque, "Deus lhe pague".
Leandro.Bonizi 20/09/2023minha estante
Eu tenho esse livro aguardando minha leitura!




Marlo R. R. López 12/01/2010

Erico Verissimo tem uma obra maravilhosa. Os seus primeiros romances, que datam da primeira metade do século XX, conseguem suscitar temas e discussões que merecem nossa atenção ainda hoje. São livros atualíssimos. 'Caminhos cruzados' é um desses romances atemporais, e digo que é um dos mais importantes em toda a bibliografia do autor - estava muito a frente do seu tempo, qualquer leitor atencioso pode perceber isso. Facilmente é um dos romances mais emblemáticos da literatura brasileira.

Todas as personagens do romance cultivam, tímida ou abertamente, um sonho. No entanto, esse sonho sempre é massacrado impiedosamente pelas torpezas do mundo real: pelas mazelas humanas, pelas dificuldades financeiras, pelas mesquinharias cotidianas. E essa é a grande poesia do livro. Os nossos sonhos, por mais belos que sejam, não suportam a realidade contundente da sociedade que exige o máximo de nós e que, se não atendemos às suas exigências (mesmo que para isso precisemos tomar decisões morais duvidosas), nos massacra.

João Benévolo sonha com leituras fantásticas, mas é massacrado pelas contas do fim do mês e pela falta de um emprego; Noel sonha com a doçura dos contos de fadas, mas tem de enfrentar os homens sórdidos e ardilosos da laia de seu pai; Chinita emula estrelas de Hollywood, mas o luxo em que vive é evanescente e vazio; o prof. Clarimundo entende Einstein e sonha com o livro que pretende escrever, mas, ainda assim, tem de pegar diariamente um bonde apertado para ir ao trabalho cansativo.

Como o próprio narrador diz a certa altura: "O mundo infinito dos sonhos é tragado pelo mundo finito da realidade."

E a realidade do brasileiro é a realidade da desigualdade social. 'Caminhos cruzados' é um livro de denúncia contra a opulência das classes ricas de uma Porto Alegre provinciana, contra o machismo e os estereótipos femininos (sim, eu disse que era um livro atual) e contra a banalização da vida na busca pelo sustento financeiro.

Uma leitura obrigatória para quem se preocupa com a realidade do povo brasileiro, ontem e hoje.
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andrealog 21/04/2021

Como pode ser tão atual?
Escrito na primeira metade do século XX o livro traz ainda muita atualidade ao abordar as desigualdades sociais, os pequenos dilemas envolvendo ascensão social e a ?sociedade aristocrática? de um capital que se imagina cosmopolita mas continua muito provinciana, as trocas de favores políticos, o controle sobre os corpos das mulheres, o intelectual desconectado da realidade. Talvez não seja, e não é, a grande obra de Erico, mas com certeza me fez pensar na circularidade do tempo
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Dia de Livro - Jéssica Nogueira 07/05/2022

Um bom livro
Um clássico da literatura nacional, que traz em pauta as relações humanas e cotidianas.
Gostei bastante da leitura apesar de ter tido dificuldade em me conectar com os personagens. Indico pois é uma ótima leitura.
* talvez o sentimento que ficou ao final da leitura, de vazio, tenha sido exatamente a intenção do autor.
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Margô 01/03/2024

Contrapontos...e etc e tal.
Genial. Duas dúzias de personagens...rsss, encantos e desencantos a cada revelação.

Foi releitura. E desta vez não tive como não perceber o intricado tecido que compõe a rede social.

Os contrapontos entre as pessoas, as coisas que não queríamos para os personagens; Ricos e pobres trocando serviços, e inutilizando os dias. Os primeiros , por quê não dão conta da futilidade infinda, e os segundos, por ter cada dia como um pesado fardo .
Eu vi cada casa dos pobres como um cenário mais próximo da minha realidade. A vida dos ricos, também foi possível associar... com alguma dificuldade. Mas é uma obra de grande sensibilidade. Preciso revisitar o inesquecível Érico Veríssimo!
E eis que vem um final que é a cara da vida real. Gostei e recomendo.

Viva Veríssimo!
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Otávio - @vendavaldelivros 10/01/2024

“A vida, prezado leitor, é uma sucessão de acontecimentos monótonos, repetidos e sem imprevisto. Por isso, alguns homens de imaginação foram obrigados a inventar o romance.”

Vez ou outra, em momentos de distração da minha misantropia, me pego olhando para as pessoas na rua e imaginando como são suas vidas. Mais do que isso, como enxergam o mundo e como formam seus pensamentos. Cada pessoa é uma janela que se abre para infinitas possibilidades, mesmo que a esmagadora maioria das vidas, como as nossas, seja um caminho de monotonias.

Publicado em 1935, “Caminhos cruzados” é um dos primeiros livros publicados por Erico Verissimo e foi recebido como um estrondo, levando o autor ao interrogatório policial e marcando em sua carreira a imagem de comunista. Nele, Verissimo narra a vida de dezenas de personagens distintos, em uma Porto Alegre dos anos 30, ao longo de cinco dias (de sábado à quarta-feira).

Inspirado no livro Contraponto de Aldous Huxley, “Caminhos cruzados” não tem personagem principal, apresentando as cenas como elas estão acontecendo. Muitas vezes os personagens se cruzam, mas seguem suas próprias histórias, construindo seu próprio enredo.

A capacidade de construção de personagens de Verissimo era imensa, de tal forma que mesmo em um recorte tão curto e com tantos personagens criados, conseguimos enxergar, entender e conhecer todos. Mais do que isso, conseguimos ver suas almas, suas mágoas e alegrias. E, claro, tudo dentro de um contexto de crítica social única, que o autor sempre fez com maestria.

É impossível não se compadecer das dores da família de Maximiliano, o tuberculoso que conta suas horas para o final ou não odiar o casal Leitão Leiria. Escancarando as desigualdades de uma capital que crescia, Verissimo mostrava como elas impactavam na vida das pessoas, em suas dificuldades de alimentação e moradia. Talvez por isso, por expor a crueldade da desigualdade social, Verissimo tenha sido tão condenado.

Apesar de diferente no estilo, acho uma ótima porta de entrada para as obras do autor, principalmente por mostrar com muita clareza o quanto a desigualdade e a pobreza incomodavam o coração do escritor Verissimo. Espero que incomode você.
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Pedro.Gondim 19/11/2023

Vidas agridoces, vidas reais
?? Ontem estive lendo a Mansfield ? diz Noel. ? O diário...
Fernanda sorri. Já estava custando virem os livros. Noel não passa dez minutos sem falar em literatara. Por quê? O dia está tão claro, a paisagem tão encantadora? Ela lê também, ama os livros, mas não se deixa escravizar por eles. Primeiro a vida. E se os livros oferecem interesse, ainda é por causa da vida.? (p.170/171)
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Marcelo.Oliveira 12/04/2021

"O mundo infinito dos sonhos é tragado pelo mundo finito da realidade [...] pois bem, entretanto, a vida é uma história bonita. Uma aventura, em que nunca sabe-se o que vai acontecer depois. Não é sensacional? Há incertezas sobre o amanhã, as possibilidades, os choques entre mazelas e amores. Não é magnífico?"
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guibre 15/04/2013

Um "reencontro".
Depois de muito tempo, volto a ler uma obra de Erico Veríssimo. Devido a reverência que tenho pelo autor, iniciei a leitura com expectativas diferenciadas.
Caminhos Cruzados é uma obra que, a meu ver, tem estrutura narrativa diferenciada por vários motivos. Primeiro, a "descentralização" do foco narrativo, com a existência de uma multiplicidade de personagens, sem que haja preponderância de qualquer deles. Segundo, o elemento temporal é trabalhado com extrema competência por Erico, que restringe-o a poucos dias, menos de uma semana. Tal fato não torna a narrativa demasiado descritiva das condutas de personagens, em parte devido ao grande número deles. Por fim, a diferenciação se dá pelos contrastes e aproximações entre os personagens, em relações e vínculos que não são óbvios, mas que retratam, com fidelidade considerável, os indivíduos e suas relações sociais.
Evidente que alguns traços são exagerados, caricaturais. A rigor, entretanto, não é possível delinear maniqueísmos gratuitos no texto. Particularmente, impressionou-me a força das curtas passagens que retratam a agonia de Maximiliano, enquanto que as descrições - mais longas - das festas dos mais ricos são menos significativas, mesmo como imagens da futilidade das classes mais altas.
Vale destacar, também, a audácia de Veríssimo ao retratar o prazer sexual feminino e a orientação sexual de uma das personagens, Vera. Enfatize-se que tais temas são tratados de forma direta, mas elegante.
Curiosamente, muitos personagens alienam-se continuamente, por motivos e métodos variados. Essas fugas da realidade, as vezes, me pareceram irritantes. Entretanto, não se pode negar que sejam humanas, em mais uma demonstração da perspicácia de Erico ao construir seus personagens.
Como já dito, é uma obra "sem começo nem fim", ao menos da menira que se costuma entendê-los. É uma imagem de uma sociedade, revelando-lhe características e vicissitudes através da narrativa de seu cotidiano.
Sinceramente, Erico não me decepcionou. Surpreendeu-me através da estrutura narrativa, produziu uma leitura agradável e, de certa forma, memorável.
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Camila1856 24/06/2020

Contrastes Sociais
Chocante perceber que após quase 100 anos da publicação desse livro, a sua temática ainda é muito atual.
Achei muito interessante não haver apenas um protagonista e sim vários personagens que se cruzam durante a narrativa, e que são brilhantemente contadas através de cenas curtas e tiradas genais.
Entramos em contato com várias histórias de personagens que vivem em Porto Alegre em extremos contrastes sociais. De um lado uma máscara de uma sociedade burguesa fútil e que vive de sua imagem, e do outro as mazelas de famílias pobres, que precisam lidar com doenças, falta de saneamento básico e desemprego.
A literatura também está muito presente na vida de alguns dos personagens, como forma de subverter o presente duro e problemático buscam as aventuras, segurança e a magia no universo literário como uma espécie de fuga.
Veríssimo foi apontado por críticos e leitores na época, como um agente da propaganda comunista por denunciar em Caminhos Cruzados as desigualdades, injustiças e absurdos da sociedade burguesa.
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safh 18/06/2021

Li em 2019 mas esqueci de colocar aqui, foi o meu primeiro livro do autor e uma experiência apaixonante!
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Elu 02/02/2009

Acho que foi a primeira vez que pensei que nem sempre a gente quer um final feliz.
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Rafael 14/12/2011

Contrastes e semelhanças da vida.
Caminhos Cruzados é uma das obras do Erico que mais me cativam. A riqueza de detalhes na descrição das personagens, situações, ambientes, próprias desse consagrado escritor, me permite enxergar nitidamente a história e gravá-la nos arquivos de minha memória.
Nesse romance, tive uma ampla visão da vida e da realidade cotidiana com personagens como Fernanda, Noel, Vera, Chinita, Salu, Prof. Clarimundo, João Benévolo, Dodó, Leitão Leiria e Armênio Albuquerque. Personalidades muito distintas, vidas diferentes e, no entanto, são caminhos que não poderiam deixar de se cruzar. Há esse constante contraste entre a riqueza e a miséria, a piedade e o orgulho, a fantasia e a realidade, o sonho e a falta de esperança, o entusiasmo e a inércia, a vida e a morte.
Personagens como Noel e João Benévolo representam a dor e a tristeza de se viver alienado em uma eterna fantasia. Noel cresceu sob os cuidados e as histórias de tia Angélica, mergulhado no mundo dos contos-de-fada, dos livros, do imaginário. Na escola, sempre foi tímido, dependente dos cuidados da amiga Fernanda, que lhe tomava a f rente e o defendia de todas as provocações. O tempo foi passando e Noel sempre com medo de encarar a vida, os homens, a realidade; e, agora, já adulto e formado na faculdade, sente as consequências do seu isolamento e da sua fraqueza.
João Benévolo, no entanto, não possui a riqueza e o conforto em que Noel vive. É um homem pobre, desempregado, com mulher e filho doente, e sem nenhuma atitude, nenhuma coragem para melhorar de vida. A sua família vive desalentada, sem dinheiro para pagar o aluguel e as contas atrasadas, para comprar o leite e o remédio do filho e colocar comida na mesa todos os dias. Não obstante todos esses problemas da vida real, João Benévolo vive ausente, na sua fantasia, lendo e imaginando-se na pele de grandes heróis e aventureiros dos romances. A mulher sempre a fazer costura e a sofrer, o relógio sempre a badalar tristemente as horas, o filho sempre a chorar de dores de barriga no quarto. Assim passam os dias, e João nunca procura emprego, espera acontecer um milagre ou alguma coisa estupenda como nos livros: um velho conhecido que lhe apareça e ofereça dinheiro, trabalho. Enquanto isso não acontece, João Benévolo prefere esquecer a realidade e trancar-se no seu mundo imaginário.
Outras duas personagens muito parecidas são dona Eudóxia e dona Maria Luísa. A primeira é a mãe de Fernanda e Pedrinho, uma senhora pessimista e agourenta, que gosta de farejar desgraças em todo canto. A segunda, uma mulher infeliz com a nova vida, que mudou-se com a família para uma grande e luxuosa mansão desde que seu marido ganhou na loteria, e sente saudades da paz que reinava a humilde casa onde morava, em Jacarecanga. O que as duas tem em comum: a mesma mania de viver lamuriando, reclamar de tudo e de todos, de fazer-se mártir, adivinhar coisas ruins, imaginar desgraças.
A filha de dona Maria Luísa, Chinita, é uma moça alegre e cabeça-de-vento, sempre a sonhar com as estrelas de Hollywood, os bailes, as festas, os luxos, as cenas de cinema. Quando a família tornou-se rica e mudou-se para Porto Alegre, Chinita conheceu um rapaz chamado Salu. Este vive despreocupado com a vida, gosta de desfrutar novos amores, de sentir-se admirado e invejado. Os dois vão ficando cada vez mais apegados um ao outro, a medida em que se vão encontrando. Salu sente acender-lhe por Chinita um desejo carnal, uma sofreguidão de fruto proibido, uma imensa vontade de senti-la, amá-la, possuí-la. Em Chinita, a mesma paixão se acende, e ela sente vontade de descobrir, com ele, os grandes mistérios e sabores do amor, entregando-se abandonadamente a suas carícias.
Porém, não é só em Salu que Chinita desperta desejo e interesse. Vera, filha de Dodó e Leitão Leiria, sente-se completamente atraída pela amiga. Aborrece-a ver Chinita às voltas com o rapaz, bem como a aborrece a impertinente devoção de Armênio Albuquerque, que a segue como um cachorrinho abandonado, sempre a tentar lhe fazer agrados e puxar conversas. Vera trata-o com indiferença e, se lhe responde, é por simples delicadeza.
Na casa de Vera, dona Dodó e Teotônio Leitão Leiria vivem em função do dinheiro e da exibição. Dodó é a presidenta da Sociedade das Damas Piedosas, está sempre envolvida em fazer caridades, visitas aos pobres, e doações aos hospitais e asilos. O que a move é, de um lado, o sentimento religioso e a inspiração em Santa Teresinha, e de outro lado, o secreto gosto pelas aparições nos jornais, pelas entrevistas e pela exibição pública. Já seu marido, Teotônio, é um homem de negócios, também devoto e religioso, porém corrompido pela ganância, pelo dinheiro e pela política. Não obstante, o casal vive em plena harmonia, um a ignorar os defeitos do outro, exaltando-se como os seres mais puros do universo e merecedores da graça de Deus.
Fora deste círculo, vive Fernanda com sua família, numa casa da rua Travessa das Acácias. Fernanda sustenta o lar com o seu ordenado e a sua maturidade, sempre a tolerar as impertinências e os agouros da mãe. Na verdade, Fernanda é quem faz o papel de mãe, tanto para dona Eudóxia quanto para Pedrinho, seu irmão mais novo. Esse anda apaixonado por uma prostituta chamada Cacilda, a mesma que já esteve com Salu e com o marido de dona Dodó. Fernanda vive a trabalhar, a sonhar um pouco, a encarar a vida com coragem e a encontrar-se com seu antigo amigo de infância, Noel. Ela sente vontade de protegê-lo, de ampará-lo, pois sabe o quanto Noel é frágil e triste, e porque, no fundo, por mais que relute um pouco em reconhecer, ela o ama. O que Fernanda ignora é que Noel sente o mesmo por ela, mesmo que timidamente. Ele passa os dias entediado, já não sente o mesmo conforto de antigamente nos livros e nos discos, está fazendo-se homem e quer mudar de vida. Sente agora a vontade de ter uma presença humana por perto, uma alma viva, a lhe alegrar, a falar, a amar. E existirá alguém melhor que Fernanda para isso?
Na frente da casa de Fernanda, mora o pontual e correto professor Clarimundo: um homem metódico e inteligente, que vive sozinho no seu apartamento. Muito dedicado ao estudo da ciência, Clarimundo é fiel seguidor de Albert Einstein, e também defende com paixão a gramática, o estudo das línguas e a matemática. Vive a organizar com grande método os seus horários e suas aulas e, nas horas vagas, fica a observar distraidamente o cotidiano da vizinhança. Dessas horas de observação e meditação lhe floresceu uma brilhante ideia: escrever um livro, O observador de Sírio, em que ele há de narrar, com uma mistura de ciência e fantasia, como um ser de outra dimensão observa a monotonia da vida na Terra. Imagina que esse livro há de ser revolucionário e abalar toda a sociedade.
No meio de toda essa trama que destaca as diferenças de personalidade e os contrastes da vida urbana, pode-se perceber um grande aspecto em comum em todas as personagens: a busca pela felicidade. Seja através dos livros, ou do dinheiro, ou da religiosidade, ou do amor; ou até mesmo na ânsia desesperada de reviver a juventude, como a mãe de Noel. Seja como for, todas as pessoas vivem irremediavelmente buscando a sua própria felicidade. Alguns são mais egoístas, alguns pensam na felicidade dos outros também, mas há sempre esse secreto sentimento a mover todas as pessoas que, de alguma forma, se interessam pela vida.
Com as personagens de Caminhos Cruzados, pude entender melhor como funciona a vida em sociedade, pude compreender claramente a riqueza e a miséria, e enxergar, com os olhos da alma bem abertos, as alegrias e as tristezas que acompanham a humanidade.
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g i g i 06/06/2021

Razoável
Caminhos cruzados, foi mais um livro que eu li por obrigação, então, obviamente, não comecei o livro com expectativas altas.
O livro tem muitos personagens, e cada um deles tem histórias diferentes, e também o caminho desses personagens se cruzam, literalmente, talvez seja por isso que o livro, para mim, ficou confuso, muito. Os capítulos são longos, mais uma coisa que deixa o livro cansativo, você lê e parece que não sai do lugar.
As últimas 60 páginas foram as mais "emocionantes", a leitura, a partir daí, foi mais rápida.
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