arthur_townley 19/03/2024
Eu diria que "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson, foi um livro simplesmente incrível de ler do início até o final, causando várias sensações em mim, como desconforto e ao mesmo tempo curiosidade para saber o que vai acontecer no próximo capítulo.
A história conta sobre Gabriel John Utterson, mais conhecido como Utterson, um advogado que investiga um caso curioso e estranho entre seu amigo Dr. Jekyll e o suposto Sr. Hyde. A "amizade" e confiança que Jekyll deposita em Hyde, chegando a um nível de passar todos os seus bens para Hyde em caso de morte ou desaparecimento, como descrito em um testamento encontrado por Utterson. Jekyll era uma pessoa respeitada e de prestígio, enquanto Hyde é uma pessoa questionável e estranha. Utterson acha isso estranho e resolve investigar. Afinal, qual era a relação entre o respeitável Dr. Henry Jekyll e o diabólico Edward Hyde? Isso o livro responde.
Essa obra clássica explora a dualidade humana entre o bem e o mal, reminiscente das ideias de Jung sobre Persona e Sombra. Ela sugere que todos carregamos um médico e um monstro dentro de nós: o médico representa nossa melhor parte, enquanto o monstro representa nossos impulsos mais sombrios e ocultos. Essa dicotomia psicológica pode ter influenciado as ideias de Jung e Freud.
Não quero dar muitos detalhes para não dar spoiler sobre o livro para quem quiser ler, mas de certa forma, esta obra contribuiu para a psicologia, filosofia, literatura, entre outros.
Algo que gostaria de destacar, agora sobre o autor, Robert Louis Stevenson, é que ele é um autor que escreve muito bem, e algo curioso é que ele é muito bom em descrever ambientes. Pode estar acontecendo algo muito tenso e agoniante na trama, mas ainda assim ele tem tempo de descrever os ambientes onde os personagens estão. Ele meio que tira uma com a nossa cara e usa duas páginas para descrever muito bem um ambiente, mas mata um personagem usando apenas uma frase... mas enfim, é apenas o charme do autor.