thaisraiz 05/06/2022
Escrevi o romance em quinze dias, os mais atormentados de minha vida
Não sei muito bem o que dizer desse livro. É exatamente tudo que se espera de um romance no começo do século XIX.
Uma coisa que eu me lembrei quando terminava de ler esse livro é que meu professor do ensino médio mencionou ele em alguma instancia e eu tinha dito a mim mesma que nunca leria esse livro porque seria perda de tempo, já que ele seria a típica história da fase romântica e esses traços eu já sabia de cor e salteado. Pois bem, li e é exatamente tudo o que eu poderia ter previsto. No entanto, posso dizer que é legal ter acesso a esse referencial teórico. Não posso dizer que me senti particularmente apaixonada pelo romance, mas sei que isso deve se dar pelo fato de que os significados que foram escritos nesse livro não são os mesmos que eu leio hoje.
Posso dizer que em poucas linhas o romance se resume como Castelo Branco resumiu em seu primeiro prefácio "Amou, perdeu-se e morreu amando". Todos os conflitos teriam sido poupados e resolvidos se eles não tivessem agindo com as emoções afloradas e tivessem esperado um pouquinho mais para começarem a se envolver. Quanto mais penso, mais impossível é para mim escrever uma crítica séria pois os problemas desse romance parecem como Castelo Branco também disse: " O Amor de Perdição, visto à luz elétrica do criticismo moderno, é um romance romântico, declamatório, com bastantes aleijões líricos, e umas ideias celeradas que chegam a tocar no desaforo do sentimentalismo."