As sobras de ontem

As sobras de ontem Marcelo Vicintin




Resenhas -


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Marina 24/08/2023

Tenho lido muitos livros da literatura moderna brasileira e tenho gostado muito. Saiu um pouco da complexidade dos textos e entraram narrativas ácidas e reais. Com As Sobras de Ontem não foi diferente. O texto ágil e de humor sútil me pegou do começo ao fim no seu retrato da elite do Brasil e suas caricaturas. Vale muito a pena! E já peguei outro autor tupiniquim para ler.
?Ter muito dinheiro é sempre melhor do que não ter, mas existe um ponto a partir do qual os números param de fazer sentido. Dizem que o dinheiro não muda ninguém, apenas desmascara; e é num mundo sem máscaras que as predileções humanas ficam mais claras.?
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Paulo 26/06/2023

Anna Karénina Abrasileirado
É perigoso demais ter se identificado com algumas passagens? Ou conhecer alguns indivíduos assim?
Que livro bom! A algumas resenhas atrás fiquei indignado com a literatura atual brasileira, mas esse livro chegou para passar uma borracha nisso.
É quase um conto russo. Me lembrou Anna Karénina, principalmente a intercalada de narradores e o aspecto de cada um deles.
No final das contas, o tédio e a mediocridade estão presentes em todas as camadas sociais.
Nada como terminar ilhado e rodeado pela consciência disso, mas orgulhoso e prisioneiro demais dos mesmos, para dar um fim em tudo. O filme do Anjo Exterminador acompanhando a narração, enfatiza esse sentimento de querer sair do local onde se encontra, mas por algum motivo não conseguir.
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Renato 18/07/2022

Bom
O livro passa por algumas tramas em paralelo mostrando casos bem bizarros na alta ?elite?? achei bem interessante
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Lucas.Macedo 18/02/2022

O livro tem passagens interessantes e a escrita é bastante fluida.

No entanto, no que diz respeito à minha experiência de leitura, eu senti que ficou arrastada em diversos momentos. Me cansava dos capítulos.

A ironia e o sarcasmo são os pontos fortes do livro, sem dúvidas!
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Jess 16/02/2022

Interessante
Gostei do livro. Nos leva a reflexões interessantes, sobre ganância, sobre ?justificativas?, sobre futilidade.
Pelos personagens, senti raiva, senti pena, senti tudo.
Vale a leitura!
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Gois 13/02/2022

Acidez e riqueza
Olha, que livro ácido! Gente muito rica falando mal de gente muito rica (quem não gosta de uma fofoca?). Não falta crítica pra ninguém: o playboy rico e escroto que pensa que pode comprar tudo (e todos) no mundo, a menina bonita arrivista social que faz tudo pra ascender socialmente, o filho mimado de pais ricos entediado porque o único trabalho é administrar riqueza? por ai vai. Tem um capítulo falando mal das pessoas de São Paulo que eu AMEI! Haha Impressionante como os limites éticos de gente muito rica são extremamente borrados. Se você conseguir segurar o nojo e/ou raiva, o livro é excelente. Curto, direto, faz pensar.
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Zeka.Sixx 17/12/2021

Ácido e afiado
Ambientado em 2018, este romance é narrado por dois personagens: Egydio, um empresário milionário, beirando os 40 anos, de família aristocrática, que está cumprido prisão domiciliar após ser condenado por corrupção, e Marilu, uma bonita e cabeça-oca alpinista social que está beirando os 30 anos.

Consumido pelo tédio, Egydio passa seus dias remoendo lembranças do passado, tentando encontrar justificativa para seus atos, enquanto planeja um suntuoso banquete clandestino que pretende dar em seu apartamento.

Os capítulos narrados por Marilu são excertos de seu diário, abordando diferentes fases da sua vida, desde a adolescência até os dias atuais, passando por seus relacionamentos, suas diversas tentativas de se dar bem na vida sem fazer muito esforço.

São personagens, em geral, detestáveis, que não despertam simpatia do leitor, embora ao mesmo tempo tenham um certo charme escondido em suas visões ácidas e irônicas do mundo. Egydio, em especial, é um egocêntrico obcecado por poder e controle, lembrando muito Patrick Bateman, o protagonista de "Psicopata Americano" (inclusive, essa comparação é feita, de maneira muito pertinente, por um personagem secundário em determinada altura de "As Sobras de Ontem".

A partir dessas narrativas, que se cruzam levemente ao longo do romance, o livro expõe de maneira ácida e afiada os podres da elite brasileira, em especial a elite paulistana. Através dos protagonistas e do mundo que os cerca, testemunhamos a decadência moral da alta sociedade brasileira, num retrato que pode parecer até caricato para alguns, mas que me pareceu tristemente verossímil.

Sem querer fazer comparações, mas é um livro que, na minha visão, dialoga bastante com meu romance "Tudo o Que Poderíamos Ter Sido". Egydio é uma espécie de "César on steroids", e Marilu é uma espécie de "Lola menos ingênua". Também por isso, mas não apenas por isso, curti muito essa leitura. E o mais impressionante é que essa é a estreia de Marcelo Vicintin na literatura; estrear já de cara com um romance pela Companhia das Letras não é pra qualquer um. O melhor nacional que li este ano.
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Emanuell K. 18/10/2021

Onde os ricos não tem vez?!
Uma verdadeira surpresa! Bom saber que a literatura brasileira se renova com criatividade e sem perder a sagacidade da pena da galhofa!
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Vanessa453 30/09/2021

Marcelo retrata o Brasil através da degradação da sua elite econômica, explorando suas frivolidades e chatice. É um livro bem-humorado e com uma trama bem costurada.
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skuser02844 04/09/2021

Espelho da classe média
Crítica sincera e corajosa à classe média brasileira e toda sua ganância e vaidade através de uma leitura leve e fluida.
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Carolina Corrêa 09/07/2021

Irônico na medida
O romance se passa no universo dos ricos, com ironia e inteligência, escancarando as tragédias materiais e espirituais da elite brasileira.
A história acontece entre duas vidas paralelas: um preso domiciliar, que tenta resgatar seu prestígio social através do dinheiro da família; uma jovem apaixonada por dinheiro, sempre disposta a abrir mão da própria dignidade. Em algum momento, os enredos se cruzam.
Texto inteligente, crítico e assertivo.
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Tiago 01/07/2021

Nem Luxo Nem Lixo
A Companhia das Letras tenta vender na capa que o livro é algo maior do que ele realmente parece estar interessado em ser. Aparentemente repleto de crítica social, "As Sobras de Ontem" é apenas um estudo sobre dois personagens que alterna ótimos e tediosos momentos.

De cara já dá para dizer que a trama envolvendo a Marilu é muito, mas muito superior. Repleta de um humor bem peculiar, a escrita envolvendo a personagem feminina é extremamente sagaz e consegue extrair doses interessantes de reflexão social sem exagerar muito. Já a parte envolvendo Egydio é bem mais ambiciosa, e a falta de experiência do autor acaba não dando conta de gerir esse conceito mais complexo, deixando tudo um pouco vazio e afetado demais.

Apesar de muito sagaz e sutil em certos momentos (há uma leve interseção entre ambas histórias em dois momentos), em muitos outros trechos o autor se perde na tentativa de intelectualizar e dificultar o que poderia ser apenas simples, direto e mordaz.

Mesmo irregular é um livro interessante, vale a pena conhecer.
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Claudio 02/05/2021

A decadência das elites com muita ironia
2 histórias de declínio das elites. Cheio de ironias e humor, é um livro de fácil leitura. Muito legal. As duas histórias podiam ser melhor ligadas.
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Thales 25/11/2020

É um bom livro de estreia, mas tenho algumas ressalvas.
O livro perde muito tempo com digressões às vezes desnecessárias. Ex: cerca de 8 páginas sobre o interesse do protagonista em matemática.
O final achei meio anticlimático.

Os personagens são muito detestáveis, mas bem construídos.

Dá para ver que o autor está inserindo nesse mundo dos ricos só pelas referências utilizadas.
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douglaseralldo 19/08/2020

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS SOBRAS DE ONTEM, DE MARCELO VICINTIN OU DE CÓCORAS AO AMERICAN WAY OF LIFE
1 - Entre o azedo, o ácido e o amargo, Marcelo Vicintin propõe um olhar resignado e depressivo de uma nação estruturalmente selvagem, marcada por privilégios e decadências numa volúpia constante de um canibalismo social, aqui, não ambientado em nossa pobreza, mas sim um naturalismo levado às elites e a uma burguesia nacional pinceladas pela crítica de um agridoce que eleva a percepção da decepção e fracasso que envolve seus narradores;

2 - Aliás, vale dizer que este romance parece enveredar-se para algo talvez cada vez mais presente em nossa literatura e que em síntese pode encontrar um pedaço de sua tradução na palavra "estrutural". Talvez seja esse momento que vivemos, de tudo posto pútridamente aos nossos olhos e olfatos, mas cresce obras que parecem querer olhar para as estruturas de uma nação em declínio. No Marrom e Amarelo, de Paulo Scott temos em discussão, por exemplo, o racismo estrutural. Já Apátridas, de Alejandro Chacoff e este As sobras de ontem parecem querer adentrar os privilégios estruturais de um país marcado pelo poder do dinheiro, dos atalhos e, claro, dos privilégios;

3 - Nesse aspecto, temos então uma abordagem inteligente e distinta. Se ao mesmo tempo que mergulha nas estruturas privilegiadas de uma elite econômica, o autor, contudo, trata da peculiaridade do Brasil no que se refere à alternância nas pirâmides do topo social, lugar seleto e historicamente marcado quedas e ascensões. O argumento se torna mais válido quando o autor compara a permanência no topo de famílias nobres americanas e a constante mudança dos sobrenomes no cume da pirâmide social brasileira. É sobre quedas e ascensões "no paraíso" verde-amarelo que Vicintin apresenta uma crônica tragi-nada-cômica de um desencanto que corre na direção da desolação;

site: http://www.listasliterarias.com/2020/06/10-consideracoes-sobre-as-sobras-de.html
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