Paula

Paula Isabel Allende




Resenhas - Paula


239 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


lucianem 11/11/2023

Paula
"Escute Paula, vou contar uma história para que você não se sinta tão perdida quando acordar."

Em 1992, a filha de Isabel Allende, Paula, entra em estado de coma, causado por uma doença rara, a porfiria.
Para ajudar a suportar o sofrimento, Isabel começa a escrever um relato da história de sua família, para que Paula leia quando despertar.

Eu gostei demais do livro, é, ao mesmo tempo, um relato comovente do sofrimento de uma mãe, e a história de Isabel e sua família, contada de uma forma tão verdadeira que a gente consegue se ver dentro do relato.
Isabel Allende é minha nova escritora favorita!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



ealveselis 07/11/2023

Não se esqueça de que os outros têm mais medo que você!
Paula a primogênita de Isabel encontra-se internada em estado grave na unidade intensiva com uma doença rara conhecida como porfiria
Se passam dias e meses enquanto a filha permanece sem melhoras, Isabel mantém a esperança que ela vai acordar e começa a escrever para que quando ela acorde, tenha algo que possa ajudá-la a se encontrar de alguma forma; Enquanto escreve começa a relatar uma autobiografia, narrando diversos momentos da sua vida e conseguimos conhecer muito da história de Isabel, inclusive sobre personagens da obra bem famosa, ?casa dos espíritos? que foram inspirados em pessoas reais, e também o relato impactante de quem viveu o golpe de estado no Chile contra o governo de Allende.

?Sou o vazio, sou tudo aquilo que existe, estou em cada folha do bosque, em cada gota de orvalho, em cada partícula de cinza levada pelas águas, sou Paula e sou eu mesma, nada sou e sou tudo mais que existe nesta vida e noutras vidas, imortal?.. ???
comentários(0)comente



BrunaFe 05/11/2023

Triste porém belo
É um livro forte, carregado de sentimentos dos mais variados tipos. A autora nos relata suas experiências de vida e a dos seus parentes e conhecidos ao mesmo tempo que nos conta como foi o processo da inevitável perda de sua filha, processo este que foi "lento" e intenso. A vida da autora é interessantíssima, de altos e baixos, viveu coisas absurdas e outras extraordinárias. Uma mulher e tanto, de muita força. O luto, que seria este, o tema principal do livro é tocado de forma delicada e madura. Somos envolvidos na história de maneira surreal, não tendo possibilidade de não haver comoção perante as situações apresentadas. É uma história que leva a você repensar no valor da própria existência e, do quão frágil podemos ser ao mesmo tempo que fortes também. É uma leitura linda e muito valiosa. Enfim, recomendo bastante a todos !
comentários(0)comente



TaynA130 03/11/2023

Um misto de emoções
Sinto como se conhecesse a Paula, e isso é muito triste pois se dá a brilhante escrita da Isabel Allende e ao amor de mãe e a dor de ver uma filha tão jovem partindo dessa vida.
Esse livro é um misto de emoções pois a história da Isabel, a história dela que ela está contando para a filha dela é tããão interessante e quando você está completamente envolvida ela nos mostra o "presente" que é a situação em que a Paula se encontra e é impossível não se emocionar
comentários(0)comente



Ricardo.Silvestre 03/11/2023

Adeus Paula?
?Em dezembro de 1991, a minha filha Paula ficou gravemente doente e pouco depois entrou em coma. Estas páginas foram escritas durante as horas intermináveis que passei nos corredores de um hospital de Madrid e num quarto de hotel, onde vivi vários meses. E também junto à sua cama na nossa casa da Califórnia, no verão e outono de 1992.?

É com estas palavras que Isabel Allende inicia esta obra. Um livro autobiográfico onde a autora conta a sua própria história, de forma honesta e muito pessoal. O relato de uma mãe que acompanha a doença terminal da sua filha, sem nunca cair na lamechice, é extremamente tocante.

Mas também há tempo de conhecer outros elementos da família e da relação que Isabel mantinha com cada um deles. Os amores e desamores também fazem parte da trama, assim como outras pessoas com quem a autora se cruzou e que acabaram por influenciá-la nas muitas personagens que criou (como é o caso de ?A Casa dos Espíritos?, baseado na vida dos seus avós).

E se tudo isto não bastasse, temos ainda oportunidade de mergulhar na história conturbada do Chile onde a autora viveu até ser forçada ao exílio. Isabel abandonou o seu país depois do golpe de estado de 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet e que tomou o poder do então governo socialista eleito democraticamente. O presidente Salvador Allende, primo do seu pai, acabou sendo assassinado (ou levado ao suicídio).

Este livro é um enorme aprendizado sobre variadissimos temas e a beleza com que a autora faz uso das palavras só o torna ainda mais obrigatório.
Quero muito ler ?A Casa dos Espíritos? a seguir.
Marcia 03/11/2023minha estante
Pretendo ler em janeiro


Ricardo.Silvestre 04/11/2023minha estante
@Marcia,
Vais começar o ano literário de 2024 da melhor maneira. Livro 5 estrelas. ?


SimoneSMM 25/11/2023minha estante
Fico impressionada com a escritura desse livro, acho extremamente corajoso, escrever diante e sobre a morte da filha. Imagino a dor!! Também pretendo ler A Casa dos Espíritos, espero que no próximo ano. Só como informação inútil: tenho quase certeza que ela nasceu no Peru, não no Chile, apesar de todos acharem que ela é chilena ?


Ricardo.Silvestre 25/11/2023minha estante
Eu não tenho filhos e não consigo imaginar o quanto deve ter custado escrever enquanto a filha se aproximava cada vez mais da morte. Você tem toda a razão no que toca ao local de nascimento da autora. Fui pesquisar e de facto ela nasceu no Peru. Vou rectificar. Obrigado pela dica. ?


Josana.Baltazar 25/12/2023minha estante
A casa dos espíritos é excelente, muito, muito intenso


Ricardo.Silvestre 26/12/2023minha estante
@Josana,
Concordo plenamente. A intensidade foi aumentando ao longo da história e a última parte é bem impactante. Gosto muito da forma como as mulheres de Isabel Allende são representadas.


Selma 24/02/2024minha estante
Estou lendo e me emocionando muito com o relato de Isabel Allende. Ano passado li um livro infanto juvenil dela e gostei bastante e com certeza pretendo ler "A casa dos espíritos" também, pois o jeito de escrever da autora me cativou.


Ricardo.Silvestre 24/02/2024minha estante
@Selma, se estás a gostar deste ?Paula? também creio que vais gostar de ?A Casa dos Espíritos?. Duas obras imensamente ricas e provas do melhor que se deve fazer na literatura sul americana (na minha modesta opinião, claro). ?




gabrisingr 03/11/2023

Lindo
o livro começa com a Isabel decidindo escrever a história de toda a família para que a Paula consiga se reconhecer nas cartas após acordar do coma
ai começa uma jornada, a autora faz questão de misturar realidade com fantasia, trazendo magia no cotidiano? meu primeiro contato com a escrita dela e me cativou muito a maneira como ela conta histórias
é doído demais uma mãe passar pela morte de uma filha, esse livro é lindíssimo
comentários(0)comente



Maria 03/11/2023

Es el libro más triste y hermoso que leí en mi vida. Nunca había llorado con un libro, esta fue la primera vez y aún estoy compungida con este hermoso relato. Te amo Isabel Allende, aún no puedo creer cómo pasaron 35 años sin leerte.
comentários(0)comente



Camila 28/10/2023

Paula
Mais uma obra de Isabel Allende que me arranca o coração do peito. Engraçado que, diferente de Violeta, em que chorei horrores, Paula não me fez chorar. É um livro incrivelmente triste, mas justamente pelo fato do leitor já saber o final, a tristeza vem aos poucos e fica o tempo todo. A cada livro admiro mais Isabel Allende, mas talvez Paula a tenha colocado em outro patamar para mim. Paula é uma catarse pessoal, um livro autobiográfico de uma mãe que acompanha a doença da filha de 28 anos, acometida por uma doença rara, por um ano até sua morte. Não consigo imaginar a coragem e resignação que essa mulher precisou ter para suportar essa perda dia após dia, até o dia que Paula, numa espécie de coma desde o início da doença, se vai. O livro é uma especie de carta que Isabel foi tecendo ao longo deste período para Paula, um relato muito pessoal sobre sua vida e a história da família durante a ditadura militar no Chile, intercalado por um diário sobre a doença da filha. Paula nos apresentou Isabel e Isabel nos apresentou Paula. Um livro belíssimo. Recomendo demais.
comentários(0)comente



Ygor Araujo 24/10/2023

A Jornada de Isabel Allende
Em muitos livros, mesmo os não biográficos, tenta-se maquiar a história. Isabel Allende vai na contramão disso e tira todo resquício de maquiagem e escancara vários pontos de sua vida.

Allende usa as palavras e tece um diário de recordações duras, felizes, tristes, mas valiosas. Nas suas palavras: "Minha vida se faz ao ser contada e minha memória se fixa com a escrita; o que não ponho em palavras, no papel, o tempo apaga."

A dor pela doença da filha é palpável ao longo do livro. A autora descreve cada passagem de forma nua e crua.

Conhecemos várias experiências de sua vida. Lugares onde morou e conheceu. Acontecimentos históricos que presenciou. Pessoas que ajudou.

O tempo que passou no Líbano com sua família não foi nada fácil. As diferenças culturais eram gritantes, principalmente para as mulheres.

As passagens que tratam do Golpe Militar no Chile e como esse evento afetou sua vida e de toda a população daquele país permite vários momentos de reflexão.

Vale ressaltar cada trecho em que Isabel Allende fala sobre seu processo criativo e como nasceram algumas de suas obras como A Casa dos Espíritos.

Uma passagem do livro sintetiza tudo o que foi descrito ao dizer que "A escrita é uma longa viagem às cavernas mais escuras da consciência, uma lenta meditação."
Ariane.Monteiro 24/10/2023minha estante
Uau! Já quero ler!!!


Ygor Araujo 24/10/2023minha estante
Vale muito a pena. Está disponível no Kindle Unlimited.




Cathy 23/10/2023

Relatos sobre a filha entremeados pela trajetória da autora ao longo da vida
Apesar de já ter adquirido esse livro há bastante tempo, como já sabia de antemão que tratava do relato de uma mãe sobre a morte de sua filha, me custava retirá-lo da estante. Ele permanecia zombeteiro olhando para mim todos os dias, enquanto eu me apropriava de outros exemplares para ler. Somente após ler A Soma dos Dias, da mesma autora, tive a coragem, para não dizer a curiosidade de abrir as páginas de Paula.
Não doeu como eu supunha doer. Transcorreu como um rio, não de lágrimas, mas da corrente de formação dessa autora, como ser humano, como mãe e mulher. Simplesmente maravilhoso, como tudo que Isabel escreve, à exceção de apenas um que não gostei.
Não se trata de narrativa de uma mãe amarga que perdeu sua primogênita. Muito pelo contrário. É uma leoa que fez de tudo para tentar salvar sua filha de um diagnóstico terrível e se resignou por tê-la que deixar partir, com a certeza que guardou em seu coração tudo o vivido com a filha. Belíssimo o relato.
Os capítulos que tratam da filha são entremeados do relato da vida de Isabel, desde sua mocidade, passando pelo período de exílio, durante o golpe ditatorial ocorrido no Chile. Seus amores, suas desventuras, suas lutas, suas vitórias e perdas.

CITAÇÕES DE RELEVO:
 A escrita é uma monga introspecção, é uma viagem às cavernas mais escuras da consciência, uma lenta meditação. Escrevo tateando o silêncio e pelo caminho descubro partículas de verdades; cristaizinhos que cabem na palma da mão e justificam minha passagem por este mundo.
 (Hospitalização de Paula) A partir desse momento, a vida parou para você e para mim também, nós duas atravessamos o misterioso umbral e entramos na zona mais escura.
 Consciente de que se exige uma grande leveza para desprender-se do chão, foi jogando tudo fora, desfez-se dos bens terrenos e eliminou sentimentos e desejos supérfluos, ficando só com o essencial, escreveu umas tantas cartas e, por último, se estendeu na cama para não mais se levantar.
 Suponho que desse sentimento de solidão nascem as perguntar que me impelem a escrever, na busca de respostas se fazem os livros.
 Ao longo dos anos aprendi a decifrar os códigos e entender as chaves dos sonhos, agora são mais nítidas as mensagens e elas me servem para iluminar as zonas misteriosas da vida cotidiana e da escrita.
 Este homem me traz uma rajada de ar fresco, as adversidades fortaleceram seu caráter, nada o deprime, dispõe de uma força inesgotável para enfrentar as lutas cotidianas, é inquieto e apressado, porém uma calma budista o invade quando se trata de suportar os infortúnios, razão pela qual é um bom companheiros nas dificuldades.
 ...não tenha medo porque sairá fortalecida dessa provação, que nos momentos mais desesperadores, quando todas as forças se fecham e nos sentimos num beco sem saída, sempre acaba se abrindo uma fresta inesperada pela qual poderemos escapar.
 (Falando do golpe militar no Chile) Como tudo pode mudar tão súbita e radicalmente? Como a realidade se distorceu daquela maneira? Todos formos cúmplices, a sociedade inteira se enlouqueceu.
 Há um momento em que já não se pode deter a viagem iniciada, rolamos em direção a uma fronteira, passamos através de uma porta misteriosa e amanhecemos do outro lado, em outra vida. A criança entra no mundo e a mãe, em outro estado de consciência, nenhuma das duas volta a ser a mesma. Os filhos, como os livros, são viagens ao nosso interior, nas quais o corpo, a mente e a alma invertem seus rumos, regressando ao próprio centro da vida.
 Nestes longos meses, foi descascando como uma cebola, camada após camada, mudando, deixei de ser a mulher que era, minha filha me deu a oportunidade de olhar para dentro e descobrir os espaços interiores, grandes vazios escuros e estranhamente aprazíveis, que eu nunca havia explorado. São lugares sagrados e, para atingi-los, preciso percorrer um caminho estrito e cheio de obstáculos, vencer as feras da imaginação que saltam diante de mim. Quando o terror me paralisa, fecho os olhos e me abandono, com a sensação de submergir em águas agitadas, por entre os golpes furiosos das ondas. Acho que estou morrendo entre instantes que, na verdade, são eternos, mas pouco a pouco percebo que continuo viva apesar de tudo, porque, no torvelinho feroz, há um resquício de misericórdia que me permite respirar. Deixo-me arrastar sem opor resistência e, aos poucos, o medo retrocede. Flutuando, penetro uma gruta submarina e lá descanso por algum tempo, a salvo dos dragões da desgraça. Outro dia começa, como todos os dias.
 Àquela altura nossa casamento tinha virado uma bolha de vidro que exigia imensas precauções para não se espatifar; tratávamo-nos com cerimoniosas regras de cortesia e fazíamos esforços heroicos para permanecer juntos, embora nossos caminhos se afastassem cada vez mais com o passar dos dias.
 Talvez a gente esteja no mundo para procurar o amor, encontrá-lo e perde-lo, muitas e muitas vezes. Nascemos de novo a cada amor e, a cada amor que termina, abre-se uma ferida. Estou cheia de orgulhosas cicatrizes.
comentários(0)comente



Ana Paula 22/10/2023

Livro impecável....narra a dor de uma mãe se despedindo nessa vida de sua amada filha. E muito histórico a autora viveu o golpe militar no Chile!!!! As doces lembranças de uma mãe e as dores de uma fase horrível de seu amado pais .
comentários(0)comente



HAgata2 21/10/2023

Primeiro livro da Allende amei!
Comecei a ler esse livro por curiosidade e me surpreendeu demais, que escrita gostosa e tocante, extremamente tocante.
comentários(0)comente



Sandy 16/10/2023

Rico!!!
Depois de ter lido "Violeta" qualquer coisa da Isabel Allende eleva minhas expectativas, e que bom que elas foram alcançadas com sucesso. Essa é uma história tão rica, que não consigo dizer tudo que preciso, a forma como a autora escreve é poética, linda, trás tantos fatos históricos. A dor expressa nessas páginas e a esperança são tão presentes que se misturam numa coisa só. Simplesmente incrível!!!!!
comentários(0)comente



Yasmin V. 08/10/2023

Amor em todo canto
De tempos eu tempos eu deixo claro para as pessoas ao meu redor o que elas devem fazer quando eu morrer ou adoecer. Doem meus órgãos, me cremem e jamais me deixem numa cama com sequelas neurológicas irreversíveis.

Paula, filha de Isabel Allende, teve este último como destino (isso nao é um spoiler). Sendo um assunto que me atormenta desde sempre, esse livro trouxe muitas reflexões sobre adoecimento, morte, família e principalmente amor. Porque, na minha percepção, mais do que sobre a morte de um filho, esse livro é sobre amor também. Não só o amor de mãe e filha. Mas de todas as formas e vindas de todos os cantos. Allende transborda amor aqui. Amor pela família, pelo Chile, pelos amantes e amigos, pelas aventuras. E pela escrita. Por que somente amando escrever é que se consegue contar uma história tão triste da forma como foi contada. Com uma escrita sensível e potente ao mesmo tempo, Isabel Allende escreve uma autobiografia, que de início seriam cartas para Paula ler quando restabelecesse a saúde, intercalando momentos do passado com os meses em que passou com a filha no hospital. Relatando à ela (e a nós leitores) sua trajetória enquanto filha, mãe, esposa e escritora.

"Minha vida se faz ao ser contada e minha memória se fixa com a escrita; o que não ponho em palavras, no papel, o tempo apaga." (p.14)

E ainda bem que o tempo não apagou.
comentários(0)comente



239 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR