Paula

Paula Isabel Allende




Resenhas - Paula


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Charlene.Ximenes 08/01/2024

"A única coisa que tenho é o amor que dou a ela"
A leitura é o reflexo do tempo, seja o nosso, do autor, de como e por que ele escreve naquele momento específico. A vida de Isabel Allende se desenrola ao ser narrada, e sua memória se fixa através da escrita. Como ela mesma diz: "…o que não ponho em palavras, no papel, o tempo apaga".

Observar a escrita desse livro como uma longa introspecção é como entrar numa lenta meditação. Em 8 de janeiro de 1992, Isabel escreve para Paula, sua filha, com o objetivo de trazê-la de volta à vida.

O livro traz recordações dramáticas da infância de Isabel Allende. Segundo ela, as coisas banais caem no esquecimento, mas isso pode também ser atribuído à sua inclinação para a tragédia.

Ler esses relatos é testemunhar o amor incondicional de uma mãe, que compreende que sua filha é mais importante do que sua própria vida e a soma de todas as outras vidas.

Nessa leitura, refleti muito sobre o tempo, que passa devagar. "Ou talvez o tempo nem passe, quem passa somos nós, através dele". Também pensei sobre a dor, esse sentimento inevitável para quem vive.

Assim como escrever fazia bem a Isabel e ao mesmo tempo era como uma queimadura, é dessa forma que essa leitura se apresenta: cada palavra rasga, é inevitável. Isso não se dá apenas pela vida de Paula, mas também pela narrativa que abrange a história do Chile, das ditaduras e das opressões.

Andar em carne viva até que outra surja, mais resistente. Foi assim que Allende se sentiu após deixar seu país e ir para a Venezuela, onde educou seus filhos, ganhou nora e genro, e colocou um ponto final em seu primeiro casamento.

"...o presente tem a veracidade brutal da tragédia."

Por fim, esta obra trata do presente e também do passado, trata do futuro que imaginamos para nós mesmos, para o mundo, a escrita, a literatura. É um livro sobre as perdas. Perder é assustador, mas não se pode deixar de fazer algo por causa desse medo.

"Se escrevo alguma coisa, temo que ela aconteça; se amo demais alguém, tenho medo de perdê-lo. No entanto, não posso deixar de escrever, nem de amar..."
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Wadlia 05/01/2024

Só tenho a agradecer a volta que a vida deu para me fazer chegar a esta escritora e exatamente por este livro. "Paula" é literalmente um elixir de força e esperança diante da maior dor que se pode sentir.
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Renato293 28/12/2023

Uma auto-biografia de Isabel Allende contada em carta para sua filha Paula que sofre de uma doença incurável. Neste livro ela trás memórias da sua vida, ao mesmo tempo sua relação e cuidado com a filha, trás relatos importantes da ditadura Chilena e comove até o fim na partida da sua jovem filha para vida eterna.
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Lubis 26/12/2023

Forte demais..
Forte demais, apaixonante demais, as vezes frio demais, as vezes sofrimento demais.
Esse livro me fez chorar de alegria e de tristeza na mesma proporção. Hahaha
Primeiro livro que leio da Isabel Allende e me arrependo de não me encantar pela escrita dessa mulher antes..
Agora vou seguir com a leitura dos títulos mais conhecidos e remeter as histórias que fizeram Isabel escrever cada personagem e cada local de suas histórias.
Apaixonante, leia sem medo de ser feliz! Essa história nos engrandece depois de lida.
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Isa 04/12/2023

Este é o primeiro livro que leio de Isabel Allende, já vi a adaptação para cinema de A Casa dos Espíritos, mas pouco sabia da origem da história. Achei poderosíssima essa coisa de começar a ler um autor pela suas memórias, é a primeira vez que o faço, apesar de considerar autobiografias meu gênero literário favorito. A escrita de Isabel nesse livro é sincera, intensa, mágica e transformadora, o que me faz querer devorar toda a obra de ficção dela.
Além de toda a camada profunda do luto, há a história extremamente interessante de vida da Isabel, que por muitas vezes me arrancou risadas. Fiquei encantada com sua personalidade e maneira de ver o mundo, mesmo discordando de algumas opiniões. Acho que vou estar divagando agora, mas algo nela me lembrou muito a Rita Lee, acho que elas adorariam ter se conhecido.
Tenho certeza que esta não é a primeira vez que lerei este livro, prevejo que irá me acompanhar pro resto da vida. Da mesma forma que Isabel relata que nunca esqueceu da morte da menina presa na lama em uma catástrofe, acho que nunca me esquecerei de Paula.
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JAlia372 01/12/2023

Livro perfeito
Um livro impactante do início ao fim, sem dúvida o mais importante ja escrito pela autora. o livro faz a gente viajar.
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Narryman 27/11/2023

Que livro!
Sensacional! Como uma pessoa tem tamanha sensibilidade pra escrever?!

Com esse livro ficamos sabendo que A Casa dos Espíritos é quase uma biografia da família, rs. Bebeu na fonte que mais tem criatividade e que nunca seca: a própria vida.

Recomendo ambos.
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Mari.Butrico 26/11/2023

Longo....
Tiveram alguns momentos que quase desisti da leitura porque não só falava do que aconteceu com a filha da escritora, mas muito mais fatos históricos que nada tinha a ver com a doença dela, mas tudo bem, segui e li....
Darei uma outra chance para outro livro...
Ponto positivo: rico em detalhes.
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Fer 22/11/2023

"esse é um caminho que devo percorrer sangrando..."
Esse livro foi uma grande surpresa de 2023, caí nele por acaso... se eu acreditasse em coisas como destino, imaginaria que ele foi plantado aqui no momento certo.

quanta delicadeza na escrita, quanta sensibilidade na maneira de enxergar a morte... ainda tô extasiada em ter tido o primeiro contato com a escrita da Isabel Allende através de uma escrita tão intima e autobiográfica e ter descoberto a capacidade de alguém de encher as linhas não só de palavras mas de afeto...

é impossível não sentir todo o amor que ela colocou nesse livro, não só quando está se referindo à Paula e ao seu desejo de que a filha se recupere, mas também ao olhar de maneira cansada e carinhosa pra própria história que é contada em recortes sobre a sua própria vida e todos os percalços que passou.

lindo, sensível, detalhado, suave e visceral.
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Otávio - @vendavaldelivros 21/11/2023

“Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é puro ruído entre dois silêncios insondáveis.”

Progressos sociais à parte, a morte ainda é nosso maior tabu. A única certeza de todo ser humano não é plenamente compreendida pela humanidade. A morte nos sonda todos os dias, desde o primeiro momento. Nos cerca e os nossos, invisível e intangível, até o momento que dá seu derradeiro abraço. O que fazemos entre os silêncios é o que faz tudo valer a pena.

Publicado em 1994, “Paula” começou a ser escrito pela chilena Isabel Allende quando sua filha, ainda em 1991, é internada às pressas e acaba em um coma profundo. É na cabeceira de seu leito, ao longo dos dias e meses, que Isabel começa a contar a história de sua família e seus personagens principais, com o objetivo que a filha possa ler tudo quando retornar do sono.

Acompanhamos, então, duas histórias que correm para o mesmo fim. Uma é a história da família de Isabel, seus avós, pais, amores, casamentos, filhos, trabalhos e todo seu tempo no exílio político. A outra fala sobre os dias dessa mãe que assiste de perto o crepúsculo da filha, por muito tempo ainda acreditando em sua recuperação, mesmo com os diagnósticos médicos que mostravam que Paula estava ali apenas em corpo.

É no mínimo incrível como Allende consegue escrever um livro que nos mergulha em uma parcela de sua dor e que, ao mesmo tempo, consegue ser belo e poético. Uma mãe que sofre e, mesmo nesse sofrimento, consegue contar a saga de sua família, os medos da ditadura chilena e suas relações interpessoais. Nos envolvemos com os personagens, com as histórias reais, de pura imperfeição humana e particularmente, acho difícil quem não tenha sentido no mínimo vontade de confortar Isabel, mesmo enxergando nela uma força ancestral capaz de mudar a roda da vida.

Paula é a obra que expõe a alma de Isabel Allende através de dores, alegrias, vida e morte. Me envolvi com sua história, mas acima disso, pude refletir sobre a raridade da vida e a inevitabilidade da morte. Morreremos, porque vivemos, mas enquanto vivemos podemos amar, sentir prazer e fazer o melhor para quem amamos. Amar os nossos, amar a vida e entender que o fim faz parte do começo.
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JAlia372 01/12/2023minha estante
é como se estivessemos dentro dela




regifreitas 16/11/2023

PAULA (1994), de Isabel Allende; tradução Irene Moutinho.

Em dezembro de 1991, Paula, filha da escritora Isabel Allende, cai seriamente doente. O diagnóstico: porfiria, uma doença genética rara. Os sintomas, entre os diversos possíveis, são os danos causados ao sistema nervoso. Tal condição levou Paula a um estado comatoso de duração indefinida - poderia durar dias, meses ou mesmo anos.

Contudo, Allende nunca perdeu a esperança na recuperação da filha. Segundo os médicos lhe informaram, pacientes que retornavam de situações idênticas poderiam apresentar lapsos de memória e desorientação. Assim, concebido para servir de auxílio na futura recuperação de Paula, esta obra tem a própria Paula como sua destinatária e interlocutora.

Isabel Allende mergulha numa jornada pessoal e introspectiva, resgatando memórias da infância e juventude, bem como reminiscências de eventos do seu núcleo familiar. A narrativa salta por diferentes períodos da vida de Isabel, até a experiência de viver como exilada na Venezuela e, posteriormente, na Europa e nos EUA.

Por conseguinte, a obra acaba também por se constituir num recorte histórico do Chile, o país natal da autora. Allende entrelaça sua história pessoal com eventos políticos e sociais importantes do Chile do século XX, dos quais foi participante ativa em muitos deles. Disso resulta uma perspectiva particular e única sobre a história contemporânea do país, além de um esboço da complexidade da vida e da sociedade chilenas daquele período.

Trata-se de um trabalho magnético e comovente. Consiste, acima de tudo, no testemunho da força e da resolução de uma mãe que se recusa, até o final inevitável, em perder as esperanças na recuperação da filha. As páginas derradeiras são de uma sensibilidade e tristeza que acabaram provocando derramamento de lágrimas por aqui, como uma obra não fazia há muito tempo.
Gláucia 16/11/2023minha estante
Acho que não tenho coragem de ler


regifreitas 16/11/2023minha estante
é um livro muito bonito, Gláucia. e triste também! não gostei tanto de outras coisas da autora, mas este... me pegou.


Gláucia 16/11/2023minha estante
Dela só li A Casa dos Espíritos, gostei mais do filme e qd li achei superestimado. Que ninguém me ouça aqui rss


regifreitas 17/11/2023minha estante
eu gostei o livro. o filme eu vi no começo dos anos 2000. quero rever qualquer hora.




lucianem 11/11/2023

Paula
"Escute Paula, vou contar uma história para que você não se sinta tão perdida quando acordar."

Em 1992, a filha de Isabel Allende, Paula, entra em estado de coma, causado por uma doença rara, a porfiria.
Para ajudar a suportar o sofrimento, Isabel começa a escrever um relato da história de sua família, para que Paula leia quando despertar.

Eu gostei demais do livro, é, ao mesmo tempo, um relato comovente do sofrimento de uma mãe, e a história de Isabel e sua família, contada de uma forma tão verdadeira que a gente consegue se ver dentro do relato.
Isabel Allende é minha nova escritora favorita!
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